Sem correção
Noah se movimentou inquieto no banco traseiro, ao lado de Cindy, com o nariz grudado no vidro do carro.
__ Falta muito para chegarmos na escola? - o garoto indagou impaciente.__ Não muito. O motorista não pode avançar os sinais. Temos que ter paciência por que ela é uma virtude.
A cabecinha escura virou, as sobrancelhas se juntando.
__ Virtude...O que é isso?__ Não ter o hábito de mentir é um exemplo de virtude. Saber esperar também.
__ Hummm...Meu pai vai estar a minha espera?
__ Ontem, à noite, quando ele se despediu, nos prometeu isso, não foi?
__ Sim.
__ Então as chances dele estar no estacionamento da escola a sua espera são de 99%.
Noah argumentou.
__ Mas tem o 1% até chegar no 100%. Não podemos descartar esse valor.A conclusão de Noah fez até o motorista rir.
__ Meu Deus, filho, onde aprendeu isso?!
__ Meu pai que disse. - deu de ombros.
__ Óbvio que só podia ser ele. - ela riu.
Noah, suspirou.
__ Queria que ele morasse com a gente, assim ia ter mais tempo para nós dois brincarmos de fazer contas.Cindy olhou para o rosto do filho. Não sabia se William havia falado sobre aquele assunto com ele e não querendo frustrar suas expectativas, caso William mudasse de idéia quanto a ficar na mansão, afinal não havia deixado nada muito claro, passou a mão pelos cabelos do menino falando:
__ Talvez, ele possa ficar alguns dias conosco. Vamos conversar com seu pai mais tarde sobre essa possibilidade, está bem?
__ Você promete que não vai esquecer?
__ Prometo.
Minutos depois, o motorista parou numa das vagas do estacionamento da escola.
Enquanto, Cindy saía do carro, já via o filho correr pelo espaço calçado, apesar dos protestos dela, com a mochila nas costas para onde William esperava conversando com um dos seus seguranças.
William girou o corpo, quando ouviu a voz de Noah primeiro e, depois, a dela à distância, trazida pelo vento.
Prestou detida atenção, Cindy estava tentadora num jeans claro, que lhe emoldurava cada curva do corpo, a blusa cashmere, de cor lavanda por baixo da jaqueta de couro preta, os cabelos loiros, curtos, atrás das orelhas e a franja desajeitada com o vento que soprava gelado. Will respirou fundo. A cada dia, Cindy recuperava o seu peso e ficava ainda mais bonita e elegante, e naquele momento, teve a certeza de que fizera a coisa certa tirando-a do trabalho doméstico e desumano a que era submetida na casa dos Fletchers.Depois, de saltar um montinho de neve, que se acumulara no meio do seu caminho, na calçada do estacionamento, Noah deixou sair outra exclamação contente, e se jogou em seus bracos. O rosto de William se encheu de alegria. Ela ainda vinha na direção dos dois, equilibrando-se nas botas de salto alto, e ao chegar perto, exibindo um lindo sorriso e se demorou os olhos nos dele. Tremeu diante do modo como Wiliam a fitou enquanto ele aninhava o filho nos braços. O olhar escuro e aveludado era tão intenso e hipnótico que Cindy não conseguia desviar os olhos.
__ Estava com saudades de você.- Noah reclamou grudado no pescoço do pai. __Quero que durma com a gente, que acorde com a gente...que não vá para o seu apartamento nunca mais. Não quero aquele quarto lá de onde você mora.
__ Mas você nem o conhece ainda!- Will argumentou e indagou.__ Você, realmente, quer isso, Noah?
__ Quero. E quero também que case com a minha mãe para nunca mais precisar ir embora na noite de domingo.

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Diamante Negro 🔞
RomanceQuando Cindy Collins intentou em servir como voluntária num campo de refugiados na França, antes de iniciar a faculdade, não imaginou que ao final da experiência, seus sonhos iriam ser sufocados pelas garras cruéis do destino. Agora, quatro anos d...