Capitulo 7

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Janelle Phillipes

O abandono é algo que deixa mais sequelas que qualquer acidente de carro ou moto, do mesmo jeito que acontece um acidente o abandono também acontece.

Mas diferente do acidente, o abandono tem seu diferencial, ele é intencional, seja pelo pai, mãe ou até mesmo ambos, existia a ideia de abandonar já em mente.

Existia a hipótese de deixar na porta de um orfanato com 5 anos de idade alegando que iria voltar para buscar assim que terminasse de fazer suas compras.

E foi o que minha mãe fez.

Esse termino nunca chegou, ir para casa nunca aconteceu, não voltar para a minha cama que era cheia de ursos de pelúcias aconteceu, sem mais chances de dormi olhando para as estrelas neon que brilhavam no meu teto.

Ser abandonado nunca é uma escolha sua, mas ate você entender isso muita coisa da sua vida ja tinha acontecido.

Fui deixada na porta do orfanato aos 5 anos de idade pela minha mãe, era um dia comum de londres, tempo nublado, o cinza de sempre, nada de novo.

Porem minha mãe disse que iriamos sair e que eu iria ficar em um lugar ate ela acabar as compras, para uma criança criada em birghaman isso era a maior diversão, me arrumei e sai com ela.

Quando cheguei no grande prédio cinza que mais parecia uma igreja, fiquei receosa, não queria entrar, era como se meu futuro fosse mudar se eu entrasse la. Pode uma criança de 5 anos sentir isso? A resposta?

Sim, pode.

Era apenas a vida ja aplicando situações para o instituto de sobrevivência em mim a florecer logo cedo. Desde esse dia nunca mais vi minha mãe, ou melhor, como eu gosto de chamar, a vadia do qual o útero eu nasci.

Fiquei no orfanato por 11 anos, quando sai fui para o alojamento de adolescentes de 18 anos, então nesse tempo conheci o pessoal, rayne, daniel, stayce, guilherme, jordan.

Comecei a trabalhar na medical poison graças a parceria que eles tem com os orfanatos, dando chances aos jovens que acabaram de completa 18 anos terem sua vida financeira estável logo no início.

A verdade é que eu só topei pra tirar o sistema do meu pé e poder viver minha vida do meu jeito, mas não achei que iria me dar tão bem, muitos não queriam, por que teriam que trabalhar com cobras mas sinceramente isso tava longe de ser um problema para mim.

Quando comecei muitos me achavam estranha ou corajosa por cuidar desses animais, além de mim apenas rayne cuidava ou os manuseava. Principalmente quando os meninos estavam fora do país.

Muitas mulheres sentiam tanto medo que não chegavam nem perto do andar onde elas ficavam, se as pessoas soubessem realmente o que era medo, entenderiam que esses animais estava longe de ser um perigo sem motivo.

As cobras são instintivas, agressivas para se proteger, olhe pelo lado delas, sem pernas, rastejam, sem um rugido ou grito, o silêncio é sua maior característica perto de outros animais.

— PORRA COMO ISSO FOI ACONTECER ? — Stayce pergunta enquanto se vira pra olhar para nos no banco de trás do carro.

Rayne estava no meu colo e no do guilherme, ainda estava desacordada e a pele pálida, mas eu sei que mordida ela não foi.

— É melhor nos acalmarmos, temos que chegar no hospital rápido, jordan mostra pra gente que você assistiu todos os filmes de velozes e furiosos — Guilherme diz.

Reviro os olhos, tudo para ele era uma piada ou brincadeira, chegava a irritar. Mas jordan acelerou e logo nos chegamos no hospital, jordan pegou rayne no colo e entramos no hospital.

Se beber não engravide Onde histórias criam vida. Descubra agora