Capítulo 94

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Henry Cavill

Era como se o seu grito fosse um trovão entrando em meu subconsciente me fazendo despertar rapidamente olhando ao redor sem entender o que estava acontecendo.

Meu coração acelera quando vejo Rayne de joelho no chão chorando desesperadamente.

— RAYNE! — Falo correndo até ela.

Quando me aproximo dela colocando a mão em suas costas a mesma recua sobre meu toque.

Já me senti uma péssima pessoa em alguns momentos da minha vida, mas a forma como rayne me olhava me fazia se sentir o pior ser que existiu em toda a terra.

Seu olhar em minha direção parecia quebrado, como se algo no fundo dela tivesse sumido.

— Amor.. — Falo.

— Você mentiu pra mim .. — Sua voz sai como um sopro enquanto me olha — Porque? Porque mentiu pra mim?

Fico surpreso por sua pergunta mas o que mais me deixava apavorado era como ela estava. As lágrimas desciam de seus olhos como cachoeiras em dias de chuva, o olhar brilhoso pelas lágrimas mas totalmente triste.

Eu causei isso? Como?

— Amor, eu não entendo... — Falo tentando entender a situação.

Ela vem até mim novamente me olhando tão séria que não posso deixar de pensar que algo estava extremamente errado.

— Travis é meu filho? — Pergunta me fazendo ficar branco na mesma hora — Ou é seu filho com a Natalie? Porque.. porque você me traiu.

Não tenho resposta para a sua pergunta, não sabia se falava a verdade para ela, qual seria o tamanho do choque? Ela teria as convulsões novamente?

— Seu silêncio é a resposta — Ela diz me olhando e logo após abaixa a cabeça chorando mais ainda.

Um choro sofrido como se tivessem arrancado uma parte dela.

— Amor, vamos conversar não é assi.. — Falo indo abraçá-la.

NÃO ENCOSTA EM MIM! — Seu grito estridente me deixa chocado com sua atitude.

Ela se afasta rapidamente para longe de mim, o ódio que dominava as íris de seus olhos me arrepia.

— Ray .. — Falo perplexo com sua postura, sentindo as lágrimas molharem meu rosto — As coisas não são assim.

— Então você não transou com a Natalie? — Ela pergunta franzindo as sobrancelhas — Porque eu lembro DA PORRA DO CHA DE BEBÊ!

Porra.

Tinha que ser logo essa memória.

— Eu não sei! — Falo.

— Você não sabe? — Ela ironiza soltando um risada sem humor.

— Eu não sei porra, estávamos bebados, acordamos pelados e eu.. não me lembro de nada — A interrompo.

— Olha só .. — Diz sorrindo com os olhos cheios de lágrimas — Parece que você tem um fetiche! Já que foi exatamente assim que fizemos a minha filha.

Se beber não engravide Onde histórias criam vida. Descubra agora