CAPITULO UM

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— Mãe, Confúcio disse "Exige muito de ti e espera um pouco dos outros

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— Mãe, Confúcio disse "Exige muito de ti e espera um pouco dos outros. Assim, evitarás muitos aborrecimentos" — começo meu choro assim que vejo que minhas chances são mínimas. — Sabe o quê isso significa? Significa que eu não estou pronta, pois se eu treinar alguém para ser o futuro estagiário desse lugar, do nosso setor, da nossa família, eu vou esperar muito dele. Porque eu vou treinar ele pra ser o melhor, mãe.

— Eu sei disso, Jade. É por isso que eu estou pedindo pra você, porque sei que é a única que vai conseguir passar todos os nossos ensinamentos, nossas manias, tudo — ela diz calma e eu cruzo os braços. — Não adianta cruzar os braços pra mim, não adianta.

— Helena...

— Mãe — ela corrige emburrada.

— Mãe, eu não tenho disponibilidade para treinar alguém. Peça ao Arthur, peça para Thaís, qualquer pessoa... Mas eu não.

— Você sim. Você ou o Nicolas — ela diz e eu bufo. — Você sabe que Nicolas vai enlouquecer aquele homem, não sabe? Pois bem, doutora Jade, você tem ciência de que é a única com a capacidade de treinar alguém e a única que terá disponibilidade.

— Eu não me sinto preparada para ter uma responsabilidade desse porte.

— Jade, você resolveu todos os casos arquivados que NINGUÉM havia conseguido, você conseguiu coisas... Minha filha, sua mente é incrível. Eu tenho visto isso, eu vejo isso nos tribunais, eu confio no seu potencial e sei muito bem do que é capaz — ela barganha e então se levanta. — Agora, como sua chefe, eu ordeno que obedeça a minha ordem.

— Mãe... — passo as mãos nervosamente pelo o meu rosto e ela continua me fitando com seriedade. — Eu não terei paciência com alguém inexperiente.

— Terá sim, você agirá como uma profissional e obedecerá as ordens de sua superior — diz e eu bufo novamente. — Se bufar novamente irei suspendê-la por um período.

— Ao menos assim eu não teria que treinar ninguém? — questiono arqueando as sobrancelhas.

— Se continuar de abuso, eu irei demiti-la — isso me faz endireitar a postura. — Aja como a profissional que estudou para ser. Aja como a advogada que fez mestrado e doutorado para se tornar quem é. Aja como a funcionária competente que é desta empresa.

— Vou agir, chefe — digo e ela arqueia as duas sobrancelhas agora.

— Este aqui é o cartão de acesso dele para tudo, o identifique por esta foto e por este nome — ela me entrega um cartão que eu mal o encaro, o guardando no bolso do sobretudo em seguida. — Ele não terá uma sala, por isso que pedi que mobiliassem a sua.

— O QUÊ?! — exclamo e Nicolas surge na porta dela.

— Perdão? — diz. — Atrapalho?

— Não, Jade já estava de saída — ela diz sem sequer me perguntar. — Não é, Jade?

THE LAST (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora