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— Helena — Nathaniel acaricia meu rosto. — Helena, meu amor, não fique assim. Eu não aguento ver você assim, você não é assim.
— A minha filha tentou se matar... — um soluço escapa da minha garganta e eu juro que não sei de onde saem tantas lágrimas.
— Helena, mas ela está conosco. É o que importa agora. Além disso, ela confiou em nós finalmente, precisamos nos prender a isso — sinto seus braços em volta de mim. — Helie... Não precisa ficar dessa forma.
— Como você não quer que eu fique dessa forma? — Nathaniel vira meu corpo para o seu agora e suas írises alcançam as minhas.
— Helie, você também precisa entender ela. Sei que é capaz disso, sempre foi visionária e madura para lidar com os nossos filhos.
— Eles não tentavam se matar antes — deixo meu rosto afundar em seu tórax e os braços dele rodeiam. — Eu só queria que ela tivesse vindo me pedir ajuda.
— Nós conhecemos a Jade para saber os motivos dela, não é, Helie...? Então vamos respeitar e somente permanecer ao lado dela. Ethan e Donna foram pacientes com Maitê e ela se aproximou sozinha.
— Maitê não tem metade da personalidade arisca de Jade.
— Helena, vamos pensar assim... Jade é um cavalo arisco, como você acabou de dizer — levanto os olhos para os seus novamente. — Para se montar em um cavalo arisco...
— Você deve ganhar a confiança dele primeiro — sussurro as palavras que meu pai cansou de dizer para mim, desde os meus malditos sete anos de idade.
— E isso deve ser feito...? — e Nathaniel sabe delas como ninguém, porque eu ensinei Arabella da mesma forma.
— Com calma, paciência, precisão e confiança — respiro fundo agora. — Você está certo, Jade não precisa de mais desespero agora.
— Céus, se eu soubesse teria falado isso ontem — reclama baixinho e beija minha testa em seguida. — Se acalme agora, ok? Vamos comer após você tomar um banho quentinho.
— Tudo bem — concordo me recordando que apenas deitei na cama depois que cheguei do cemitério ontem.
— Eu vou preparar algo para você comer, Helena, e se você não descer para comer, eu virei te buscar — ameaça e, em outro momento, eu teria dado uma resposta mal criada e provocativa de volta, no entanto agora apenas não sinto vontade de abrir a boca.
O ponto positivo de ter o Nathaniel como marido é que ele nunca me pressiona pra absolutamente nada. Ele sempre entendeu os meus momentos, as minhas crises existenciais e tudo que eu sinto. Quando eu chego estressada, ele deixa eu falar e depois pergunta quem eu quero que ele dê um tiro; quando eu chego triste, ele me abraça; quando eu chego feliz, nós arrancamos a roupa no primeiro cômodo assim que coloco os meus olhos nele, seja no banheiro, no quarto, na sala ou na cozinha. No fim, Nathaniel é meu melhor amigo, apesar de tudo entre nós terminar em sexo.
