Capítulo 14

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Entrei na casa dos meus pais meio receoso, estava com medo e com vergonha. Dês do dia em que minha mãe falou aquelas coisas eu não voltei aqui.

__ Oi...

Minha mãe me olha e dá um sorriso. Ela caminha calmamente até mim e me abraça forte. Eu logo retribuo, estava com tantas saudades dessa mulher que eu chorei algumas vezes.

__ Você desculpa a mamãe?__ ela fala com uma voz chorosa.

__ Eu que tenho que te pedir desculpas mãe. Eu tenho sido distante e ignorante com você e você é a pessoa que menos merece isso. Me perdoa.__ ela me abraça mais forte e eu me controlo o máximo para não chorar com ela.

__ Vamos almoçar juntos?__ ela pergunta se desfazendo do abraço.__ seu pai e seu irmão estão na mesa nos esperando.

Sorri e ela segurou a minha mão me levando até a cozinha. Quando chegamos meu pai me olhou e se levantou vindo me comprimentar.

Ele me abraçou forte e deu um tapinha nas minhas costas. Esse era o abraço carinhoso dele.

__ Como vai filho?__ ele pergunta.

__ Bem...

Olho pro meu irmão que estava me olhando sério. Ele não estava com cara de bravo, só tinha a mesma cara fechada de sempre.

__ Olá Klaus.

__ Oi Dylan.__ ele diz e vejo um pequeno sorriso brotar em seus lábios, bem pequeno, mas não passou despercebido por mim.

Nos sentamos e começamos a comer e falar sobre vários assuntos. Eu me senti bem com a minha família, como eu não me sentia a muito tempo.

Depois de comermos, minha mãe mandou eu e o meu irmão arrumarmos a mesa. Eu estava secando os pratos enquanto ele os lavava.

__ Você sabe da Bella?__ pergunto e ele responde sem me olhar.

__ Eu vi ela esses dias. Está bem, mas está meio pálida, magrinha também.

Pálida???

__ Sabe se ela... está saindo com alguém?__ ele para de lavar os pratos e olha para mim.

__ Eu não sei, e se eu soubesse não te falaria. Eu acho que ela já sofreu demais por uma pessoa que não soube dar valor a ela.

Engoli em seco e voltei a secar os pratos.

__ Sabe Klaus... eu não queria que as coisas tivessem acontecido desse jeito. Eu queria ter sido um irmão melhor pra você e um melhor amigo melhor para a Bella. Queria ter sido um filho bom prós meus pais, mas eu simplesmente não consigo.__ deixo o pano de prato em cima da mesa e saiu da cozinha indo até a porta.

__ Dylan!__ Klaus me chama e eu paro de andar e olho para trás.__ se você realmente queria, deveria tentar melhorar, isso já é um progresso.

__ Se eu tentasse mudar, você me perdoaria pelo o que eu fiz?__ pergunto sem olhar para seu rosto.

__ Eu ja disse que te desculpei, mas eu não esqueci. É difícil esquecer quando você anda com aquela mulher pra cima e para baixo. Mas se você tentar melhorar, já é um sinal pra mim.

Sorri e balancei a cabeça. Ele deu as costas indo até a escada e subindo. Eu saí de lá e fui para casa a pé, não estava afim de andar de carro.

Quando passei de frente a um restaurante vi a Bella. Sorri vendo que ela estava sorrindo alegremente, mas meu sorriso morreu vendo para quem ela estava sorrindo.

Uma raiva subiu pelo meu corpo e eu só queria entrar lá dentro e dizer que ela é minha para esse loiro. Queria arrastar ela até a minha casa para transarmos a noite toda igual a meses atrás. Queria dizer a ela que eu a amava... mas eu não podia, eu não digno do amor dela e nem do de ninguém.

Saí de lá com os meus olhos ardendo, andei em direção da casa da Valentina. Ultimamente eu só usava ela mesmo, não sentia a mesma coisa por ela igual eu sentia a alguns meses atrás.

Algumas atitudes dela me fez perceber que eu nunca amei ela, mas mesmo assim eu gostava da presença dela, não fazia eu me sentir sozinho.

Abri a porta e vi ela sentada no sofá comendo alguma coisa. Me joguei ao seu lado e ela colocou suas penas em cima das minhas.

__ Oi amor.__ ela deixa a vasilha que estava em suas mãos na mesinha de centro.__ estou te achando tão tenso hoje.

Ela sobe em meu colo e começa a fazer uma massagem em meus ombros. Eu estava me sentindo sujo ultimamente, eu tinha literalmente roubado a namorada do meu irmão mais novo.

__ Você sabe que eu te amo né?__ ela fala beijando o meu pescoço e meu maxilar.

Meu corpo reagiu, mas a minha mente estava em outro lugar.

__ Eu não quero fazer isso Valentina.__ digo e ela solta uma risada.

__ Seu pau não diz isso, meu amor.

__ Para de me chamar assim!

__ O que deu em você?__ ela pergunta saindo do meu colo.

__ Talvez eu tenha percebido que roubar a namorada do meu irmão é errado! só foi você aparecer na minha vida que tudo desandou.

__ Cala boca, você já era um fodido de merda quando me conheceu. Sempre tive dó da sua "melhor amiga"__ ela faz aspas com o dedo.__ ela sempre tentou te conquistar, aquela boba. Tentou te tirar do seu mundinho de drogas, mas não conseguiu.__ ela diz e depois solta uma risada debochada.

Eu apertava as laterais do sofá com força, não queria fazer nada com ela, mesmo que fosse uma vadia.

__ Me lembro as vezes que ela deixava de ir trabalhar ou sair pra cuidar de você, porque você não sabia nem se controlar e parar de cheirar os seus pós malditos.

__ Cala a sua boca! sua vadia!__ me levantei com tudo do sofá e vi quando ela ficou com medo.__ você não sabe de porra nenhuma!

__ Ah meu querido, eu sei de tudo. Eu via tudo.__ ela anda até mim e me abraça beijando os meus lábios.__ por mais que você seja um fodido, eu não te trocaria por ninguém.

Empurrei ela e saí da sua casa. Ela falava aquelas merdas e depois vinha querer transar. Pedi um Uber pro único lugar onde eu sabia que poderia ser bem recebido, pelo menos eu acho.

Me afogando no seu maldito amor Onde histórias criam vida. Descubra agora