𝐧𝐞𝐰 𝐠𝐢𝐫𝐥𝐟𝐫𝐢𝐞𝐧𝐝 𝐈𝐈 • 𝐛𝐢𝐥𝐥𝐢𝐞 𝐞𝐢𝐥𝐢𝐬𝐡

Capitulo 16

Jade Bittencourt On

Tínhamos chegado em Los Angeles depois de cinco horas de voo que pegamos em Nova York. Passei no meu studio para agilizar e observar a reforma, e Billie foi com Finneas organizar suas mini férias.

Eu sabia que eles não iriam tirar férias, e vão gravar todos os dias e passar enfornados no studio na casa de Billie.

Já no meu studio, conversei com meu arquiteto e organizei alguns pagamentos com Maia, que ficou por lá depois que fui embora.

Agora Billie tinha me obrigado a ficar deitada com ela. Motivos? Nenhum, ela só não queria me largar.

Ela estava mexendo no Instagram, indo curtir e comentar em algumas fanpages feitas para ela. E eu estava quase dormindo as cinco da tarde, por estar extremamente entediada. Até o Shark tinha ido tirar um cochilo.

- Billie, tem remédio para dor no corpo? - eu perguntei, fazendo ela franzir o cenho e me encarar preocupada.

- O que houve? - eu ri com suas falas, indignada.

- Você literalmente me arrombou depois que eu te chamei de passiva. Me comeu quatro vezes, Billie.

Ela então gargalhou e se levantou do sofá em que a gente estava deitada, e foi a cozinha. Voltando com um comprimido e um copo d'água.

- Obrigada Latrell. - zombei. Billie revirou os olhos, voltando a deitar e me agarrar.

Ficamos assim por exatas duas horas, as quais eu cochilei e acordei umas cinco vezes. Billie estava inquieta, como se precisasse conversar comigo ou me contar alguma coisa. Ela mexia os dedos frequentemente e mordia o canto dos lábios toda hora.

Ela estava assim desde ontem, e isso estava me deixando preocupada. Não sabia que eu tinha feito algo, ou se ela tinha algo para me contar. Ou se ela estava apenas cansada.

- O que está te incomodando, meu bem? - eu perguntei, começando a me preocupar.

- Não é na...

- Está me deixando preocupada - a interrompi.

Ela suspirou e voltou a encarar um ponto fixo qualquer, coçando a cabeça.

- Tem alguns dias que eu queria conversar com você, sobre umas coisas. Sabe? - assenti pedindo silenciosamente que ela continuasse. - Quando você sofreu o acidente, eu me culpei e fiquei paralisada por um tempo. Não comia, dormia e muito menos falava com alguém. Eu me culpei todo aquele tempo por algo que não foi minha culpa. Sabe?

- Porque está me contando isso agora? Sabe que não teve culpa amor...

- Calma, você vai entender. - ela me interrompeu, e eu assenti deixando um selinho em seus lábios a pedindo para voltar a falar. - Pensei muito sobre a briga que tivemos antes do que aconteceu, e queria saber se pensa aquilo de mim ainda. Não quero que se sinta desconfortável perto de mim, e nem queria tocar nesse assunto mais, só que está na minha cabeça desde aquele dia.

- Eu sinto muito por isso, por ter se culpado. Não foi sua culpa, meu amor. - ela sorriu, secando uma lágrima solitária que desceu sobre seu rosto. - Eu não sei exatamente o que se passou na minha cabeça naquele dia para falar tanta merda. O assunto do meu pai mexe muito comigo, sabe? Eu minto sobre ele desde que ele sumiu, e isso machuca até hoje. Eu confio em você, mas não sabia o que falar e como falar sobre ele. Ele me machucou muito. - fiz uma pausa. - Me perdoe do fundo do meu coração por aquilo, você não é nada parecida ou não irá fazer nada que aquele pedaço de merda fez. Tudo estava muito confuso e eu fui uma filha da puta, mas já paguei pelos meus pecados.

- Eu te perdoo, só queria ter certeza de que se arrepende. Doeu e eu quero esquecer. - ela disse.

- É sério Billie, me perdoa. Essa merda passou na minha cabeça durante o coma todos os dias, e eu nunca tive a coragem de vir falar com você. Me desculpe, por favor. - eu implorei, sentindo as lágrimas molharem meu rosto.