Livro dois.
Quase um ano após um acidente de carro, Jade e Billie voltam a passar por problemas, dessa vez no seu relacionamento. Dentre eles uma possível separação graças a atitudes e coisas ditas no passado.
Será que as duas estão realmente pron...
Nossa primeira semana em casa havia sido tranquila, Olívia dormia no berço do lado da nossa cama e acordava algumas vezes a noite, nada que não conseguíssemos lidar. E eu até pensei que continuaria calmo.
Mas eu estava enganada.
Depois de uma semana, Olívia não chorava, ela literalmente berrava. Em qualquer momento do dia aleatoriamente. E descobrimos que ela sentia cólicas, mas na maioria das vezes ela era apenas esfomeada.
Jade estava exausta e eu tentava ficar com Olívia durante o dia cantando para ela, e minha noiva ficava com a bebê durante a noite. E assim intercalávamos.
Mas Olívia era muito apegada ao peito da mãe e em algumas ocasiões ela queria ficar dormindo com o seio de Jade na boca. Até mesmo depois de mamar e estar satisfeita. As vezes ela até chegava a berrar quando eu parava de cantar.
Até o Shark não aguentava mais o choro de Liv.
Mas tirando essas partes cansativas de se ter um recém nascido em casa junto com um Pitbull, eu imaginava que tudo seria mil vezes pior e que eu derrubaria minha filha no chão na primeira vez que a segurasse.
E agora depois de um mês, percebemos que a maternidade não era tão assustadora assim. Não caso você realmente percebesse que não deve se basear com a experiência de outra pessoa, e era a verdade.
Cada pessoa passa e lida com a maternidade de um jeito diferente. Jade lida de um jeito e eu de outro, e é algo super normal.
Parece que depois de tudo o que sofremos antes de ter nossa filha nós deixou mais forte, e a maternidade não chega aos pés de toda a agonia que sentimos no decorrer da gestação.
Os primeiros dias em casa com um bebê foram de adaptação. Nos adaptar com aquele amor e responsabilidade, adaptar a Olívia com todos nós e com sua nova casa.
Olívia passava maior parte do tempo deitada em meus peitos, talvez seu novo travesseiro favorito. E era assim que ficávamos vendo Jade tomar banho e se trocar quase todos os dias.
A primeira consulta com a nossa médica foi complicada, com a bebê estava tudo bem, claro. Mas o problema era sair sem que exatamente ninguém nos visse, o que foi difícil porém conseguimos. E tudo estava ótimo e perfeitamente bem com Olívia.
Também não podíamos deixar de trazer Adelaide para conhecer nosso pacotinho, e devo dizer que ela se apaixonou. Deixamos ela segurar por alguns minutinhos e Ade até se conformou que não iria ficar no meu colo tantas vezes, porque a bebê precisava de mim mais do que ela. Uma fofa.
E eu parava para pensar que a partir de agora eu acompanharia a vida de uma pessoa do zero, e necessariamente a ouviria me chamar a de mamãe e dizer que me ama. Ou vir me abraçar quando algo está ruim, ou por estar feliz. Uma sensação realmente única, na minha perspectiva.
Pode parecer loucura ter uma filha com vinte e um anos, mas foi uma escolha nossa. Algo que se realmente não quiséssemos não teria acontecido. Dedo não engravida.
E é uma das coisas que mais escutei, durante a gestação. Se não quer, apenas não tenha.
E era com isso que finalizava nosso primeiro mês com nossa filhinha. Muito aprendizado e amor.
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@jadebittencourt
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