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~ 𝒯𝑜𝓂𝒶́𝓈 ~

Quando a enfermeira finalmente vai embora volto para dentro de casa e vou direto ao quarto da Catarina. Quero ver como ela está e avisá-la que a minha mãe e a Beatriz vêm visitar-nos daqui a uma hora, mais ou menos.

Entro no quarto com cuidado para não acordá-los, mas logo percebo que estão na casa de banho quando encontro o quarto vazio e ouço a água correr.

Abro um pouco a porta da casa de banho para perceber se a Catarina está a tomar banho ou a dar banho ao Diogo e antes mesmo de abrir o suficiente para conseguir vê-la, ouço-a falar.

- Sai. - É tudo o que ela diz, séria e eu paro de empurrar a porta, ficando com o olhar no Diogo que dorme na alcofa do carrinho.

- Só vim ver se estavas a dar banho ao Diogo e precisavas de ajuda. - Explico.

- Já viste que não, agora sai.- Ela repete no mesmo tom e eu fecho a porta, confuso.

Decido sentar-me na poltrona e esperar.

Não demora muito até a Catarina sair da casa de banho a empurrar o carrinho, com uma toalha enrolada no corpo e outra no cabelo. Sei que ela me vê na poltrona, mas gosto da decisão dela de me ignorar e agir como se eu não estivesse aqui.

Fico feliz em ver que a medicação resulta de alguma forma. Já que enquanto faz efeito ela recupera alguma energia e só volta a ficar mais fraca à medida que o efeito vai passando.

Decido observá-la em silêncio enquanto ela se limpa e, sem se esforçar, dá um show com o seu corpo.

Não consigo resistir e enquanto a Catarina procura a roupa que quer vestir na cómoda, ainda nua, e depois veste uma lingerie preta simples, sinto o meu pau endurecer.

Tento ajeitá-lo discretamente pois não é o momento certo para ficar excitado, mas isso parece chamar a atenção dela pelo espelho pois vira-se para mim no mesmo momento. Primeiro a expressão dela parece magoada, mas depois tenho a certeza que está zangada e confirmo isso quando ela caminha na minha direção, determinada.

- É preciso ter muita lata. - Ela praticamente rosna e para à minha frente.

Vejo-a apoiar as mãos a cima dos meus ombros e levar o joelho ao meu pau, deixando-o pousado numa ameaça velada.

Fico ainda mais excitado com a sua pose ameaçadora mas agarro a coxa dela, para me proteger caso decida levar a ameaça até ao fim.

A Catarina sustenta o meu olhar, zangada.

- Não acredito que estás aqui a olhar para mim enquanto tens o pau duro por causa dela. - Ela diz séria e eu sinto as minhas sobrancelhas subirem.

- Por causa dela? - Pergunto confuso. - Ela quem?

A Catarina revira os olhos pois para ela a resposta parece óbvia. Demoro para perceber que ela se refere à enfermeira e acabo por rir.

- É engraçado para ti? - Ela pergunta e sinto que tenta baixar o joelho, mas seguro-a.

- Nem me lembro da cara dela, Catarina.

- Claro que não, havia partes muito mais interessantes para olhar.

- Há partes muito mais interessantes para olhar agora. - Tento desviar a atenção dela para que esqueça a enfermeira, mas não resulta.

- Sai do meu quarto. - Ela rosna e eu nego com a cabeça.

- Estou muito bem aqui. - Murmuro e desencosto-me da poltrona, para encostar o rosto ao peito dela.

Inspiro fundo e arrasto o nariz até ao pescoço dela, que se arrepia, mas não se afasta.

De Volta A CasaOnde histórias criam vida. Descubra agora