Capítulo 5

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Quando as festividades acabaram, a ideia do internato retornou a passar pela cabeça do Collins. Entregou um panfleto e matérias dos jornais com matérias falando boas coisas do tão falado internato para Amélia. Confirmando ser o melhor destino para a irmã de sua noiva, mas Amélia não desistiu, e a quietude de Mary ajudou a acalmar o Colton por mais duas semanas em sua decisão. Com o tempo, Colton estava tão ocupado nos afazeres da fábrica que quase não permanecia em casa. Ou seja, quase não tinham discussões a respeito do internato.

Amélia acabou com a leitura de todos os livros que trouxe para a irmã. Vendo a oportunidade perfeita para, finalmente, sair pela cidade. Petúnia mostrou duas funcionárias letradas que poderiam ir por ela, mas Amélia insistiu:

— Agradeço pela consideração. — ela inclinou-se na direção das jovens empregadas. — Mas sou muito seletiva sobre qual livro ela pode ler. Preciso ler as páginas e saber sobre o que se trata a história. A Sra. Collins entende.

A senhora Collins não entendeu. Nunca leu para os filhos, tão pouco fora em uma livraria.

— Claro. — disse Petúnia. Segurando os lábios com a mão apoiada no braço da poltrona. — Eu entendo. Pode ir, leve nossa carruagem.

— Agradeço.

Ela colocou seu melhor chapéu, mas teve que tirar com a entrada de Mary que exigiu que ela fosse de tiara. E assim ela fez. Recusou a carruagem alegremente para caminhar pelas ruas da cidade.

Encantou-se.

Sem modéstia.

Passou pela praça vendo o grande sino no centro dela. As crianças correndo com pipocas nas mãos, outras correndo atrás dos cachorros de suas famílias. Todos sorriam e cordialmente desejavam bom dia para Amélia. Até mesmo uma flor a dama conquistou ao passar pela floricultura e soltar seu belo sorriso. Passou pela banca de jornais, surpreendendo-se ao ser a primeira matéria, sendo anunciada como a noiva do Collins, anúncio que nem mesmo o Colton designava para ela, mas não foi isso que mais chamou a atenção da dama, precisou pegar em mãos para ver se estava lendo certo, mas, sim, a matéria era de mulheres jogando nos campos da cidade. Tratava-se de uma matéria entrevistando as ganhadoras do torneio do ano passado, todas mulheres. Todas foram entrevistadas por um jornalista que assinava como L. Mentis, menos uma, a vencedora do troféu de ouro que não se encontrava na cidade para a entrevista. Francis Mentis, a principal ganhadora estava em uma viagem pelo mundo.

Certamente, Ouro Verde não era uma cidade qualquer.

Ela devolveu o jornal, recebendo um sorriso alegre do dono da banca que não se incomodou pela leitura sem uma compra ser realizada.

Estava completamente perdida e ela não se incomodou. Passou por uma cafeteria com deliciosos doces que ela pôde sentir o cheiro de frutas e açúcar derretido passando pela frente da porta. Quando finalmente avistou a livraria com um letreiro verde e uma porta de madeira azul ao lado da fachada de vidro com livros à mostra. A jovem atravessou a rua correndo para entrar.

O sino que tocou assim que passou pela porta avisou sua chegada e o cheiro de livros penetrou em sua mente como um perfume francês.

A dona da loja levantou de uma bancada que era formada mais de livros do que de madeira e acenou para ela.

— Bom dia, Senhorita. — A dama de cabelos vermelhos e sorriso doce acenou para Amélia.

— Bom dia, estou procurando livros infantis.

— Ah, claro, na última estante, lado direito. — ela deslizou a palma da mão no ar ao ensinar o caminho.

— Agradeço.

Por Todas as Palavras Não Ditas - Série Amores Em Ouro Verde: Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora