Capítulo 43

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Paul sorriu novamente ao separar-se do beijo de Amélia, segurando o rosto da amada, em cada piscada de seus olhos, conseguia visualizar novamente o dia que estava se encerrando. Com ela oficialmente sua esposa, pode levá-la ao quarto, deitando-a na cama que seria agora deles. Com um pouco de dificuldade, tirava o tecido branco do vestido dela, beijando a pele de Amélia, descendo pelos ombros dela com beijos suaves, respirava fundo enquanto roçava seu nariz pelo corpo dela.

— Eu te amo, Paul — sussurrou mais uma vez.

Paul levantou a cabeça, sorridente, olhando-a de lado, com seu corpo por cima do dela.

— Nunca me cansarei de ouvi-la me dizer isso — disse, com a voz abafada.

— Eu não pretendo parar de dizer — murmurou.

Seus dedos caminharam pela barba rala dele, desenhando com a palma dos dedos pelo rosto de Paul, levantou a cabeça devagar para beijá-lo novamente, afundando as mãos nos fios de cabelo dele, enquanto sentia-o percorrer pelo seu corpo. Entregando-se mais uma vez para o homem que a fez render seu coração.

Um beijo molhado arrepiou o pelo de sua nuca pela manhã fria de Ouro Verde, recebendo o abraço de Paul, que saiu do seu quarto na procura da sua amada, entrelaçou os braços por baixo dos dela, abraçando-a pelas costas.

— Eu sabia que estaria aqui — sussurrou ele, levantando a cabeça para olhar a pequena criança que dormia calmamente no quarto que foi transformado inteiramente para ela, com enxovais rosas e lilás, escolhas da criança. Mary agarrava um dos ursos que Rita lhe deu de presente, com um bico de peixe, dormia, imersa no seu sonho doce.

— Perdão! Queria vê-la dormir no novo quarto que Morgali fez para ela.

— Ela gostou?

— Está brincando? Ela amou! Nunca teve um quarto só para ela. — Virou-se, ficando de frente para ele, entrelaçando os braços no pescoço dele. — Obrigada por recebê-la tão bem.

— Ela é uma criança adorável e, agora, também é uma Mentis.

— Uma Mentis? — Amélia levantou as sobrancelhas.

— Sim, pedido dela.

— Ela pediu? Eu não acredito — riu, tampando o sorriso com a palma das mãos. — O que sua mãe achou sobre isso?

— O que minha mãe iria achar? Adorou, obviamente. Não dou duas semanas para estar apresentando a Mary Mentis pela cidade.

— Eu sou...sem dúvidas alguma, a pessoa mais sortuda de Ouro Verde — gargalhou, tampando a risada com as duas mãos ao temer acordar a irmã. — Entrei na melhor família que eu poderia imaginar.

Algo que ainda deixava os Mentis desconcertados, era receber elogios sobre eles.

— E nós somos a família mais sortuda — Ele prosseguiu com os elogios. — por ter pessoas tão formidáveis entrando em nossa família.

Amélia encolheu-se nos braços de Paul, abraçando-o, com o rosto apoiado nos peitos dele, olhando para o sono pesado que Mary tinha. Tão serena e em paz. Assim como ela se sentia. Como ela gostaria de permanecer ali. Para sempre.

Nem mesmo o passar dos dias a fez se acostumar a ser atendida pelo chamado de Sra. Mentis. Escolhia verduras com Judite, dizendo das receitas de fim de ano que costumava fazer com sua mãe. Colocando as verduras na cesta, Amélia aprendia novas técnicas de como identificar se um tomate estava podre ou não.

Caminhando de volta para casa, deparou-se com Anastásia, dobrando seu fiel papel de metas e guardando na pequena bolsa em seu punho.

Recebeu um abraço apertado das duas crianças que brincavam na sala dos Mentis. Seguindo até a cozinha com Judite, encontrando Francis e Cristopher que colocaram na cabeça que fariam uma receita de um dos locais que visitaram em sua viagem. Cinco das tentativas do casal se encontravam no lixo, mas eles não desistiram, permaneceram sorridentes. Enquanto Cristopher batia a massa, Francis provava o recheio, passando o dedo no creme de morango e levando até a boca do jovem Pilmon, que se mostrou contente, pois estavam chegando perto do resultado desejado.

Por Todas as Palavras Não Ditas - Série Amores Em Ouro Verde: Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora