Capítulo 13

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Philip

Mais duas semanas se passaram, as coisas aqui no escritório começaram a mudar, na verdade, o que mudou mesmo foi a forma de trabalhar, está mais fácil a comunicação, o trabalho em equipe, e a convivência com as pessoas, tirando o Marcos, babaca que machucou o coração da Dani, e a Britney que não larga do meu pé. Mas nem tudo são flores não é mesmo?

Desde que comecei aqui acabo atraindo olhares, alguns bons e outros nem tanto, mas costumo ser educados com todos e dificilmente grosso, claro que sempre tem suas exceções, como no dia que conheci a Sarah.

Quando a Britney entrou aqui ela não parava de dar encima de mim, se insinuar e acaba com todas as garotas que tentam chegar em mim, inclusive, aquelas que só querem amizade ou ser gentil, creio que seja por isso que ela não suporta a Sarah. Mas o que ela não sabe é que agora é diferente, Sarah é alguém que eu quero ter por perto e não vai ser as provocações da Britney que vão afastar ela de mim. Eu não vou desistir de lutar e proteger a Sarah da Britney, se bem que a Sarah está se virando muito bem sem minha ajuda até aqui.

Falei com a Rebeca e o Jonathan mais cedo, eles também vem isso e acharam estranho a Britney está quieta esses dias, não aprontou nada ainda, faz cara de quem comeu e não gostou, mas fica apenas nisso.

— Eu to falando, Philip — Jonathan diz enquanto me ajuda a arrumar a sala. — Fica esperto que a cobra está sondando terreno.

— A qualquer hora ela vai da o bote, isso pode prejudicar a Sarah, você tem que deixar ela avisada, conversa com ela antes que ela apronte — Beca diz.

— Eu sei, vou falar com ela da Britney, apesar de achar que essa princesa não precisa ser salva — digo a eles.

— Ah — Beca diz de repente. — E quando for falar com ela, evite chama-lá de princesa, ela detesta esse apelido.

— Mas eu sempre a chamo assim — digo estranhando nunca ter percebido. Apensar de gostar de provocá-la, achei que ela fingia apenas não está gostando, e não que realmente não gostasse.

— Vai ver que é por isso que ela sempre está de cara feia para você — Jonathan ri e a Rebeca o acompanha.

Reviro os olhos.

— Muito engraçados.

— Sabemos — dizem em uníssono.

— Mas já vamos indo, prometi dar carona para a Dani depois daqui — diz o Jonathan. — Te deixo em casa também — diz a Rebeca.

Eles se despedem e vão embora.

Já está no fim do expediente e a Sarah ainda não saiu, na verdade, nem sei se tem mais alguém além de nós dois aqui.

Termino de arrumar a minha sala, que como sempre, todos foram embora e deixaram a bagunça para mim. E depois pego as minhas coisas e vou para a sala da minha CEO.

Chegando lá, vejo que a porta está entre aberta e ouço uma meia conversa ali dentro.

— Está sendo melhor do que pensei — ela dizia para alguém. — Achei que conquistar eles seria a tarefa mais difícil, mas acabou sendo mais fácil quando me aproximei do líder deles, nem sei se teria conseguido sem ele.

— Quem ouve assim pensa que foi caso pensando desde o início — outra mulher fala.

— Não, longe disso — ela ri fraco. — Nunca imaginei que iria fazer amigos aqui, e muito menos que algum desses amigos que me ajudaria com o trabalho, e que ele iria tornar tudo mais fácil. — ela diz e faz uma pausa. — Mas me parte o coração saber que falta pouco para eu ir embora, mas tento pensar que é como a frase que aquele meu livro favorito fala: "Sortuda sou eu por ter algo que faz com que dizer adeus seja tão difícil".

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