Capítulo 47

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Sarah

Chegando no terraço havia uma mesa com duas cadeiras, em cima havia pratos, talheres e copos para duas pessoas, e havia duas velas.

Olho para tudo aquilo com um sorriso imenso nos lábios.

- Gostou? - Phil pergunta me tirando do transe. Olho para ele com o mesmo amor que olhava para a mesa a minha frente.

- Está incrível - digo sorrindo. Ele respira aliviado.

- Fico feliz que tenha gostado, mas isso é só o começo - ele diz e oferece a sua mão, e eu aceito ser guiada até a cadeira.

Ele me leva até a mesa e puxa a cadeira para que eu me sente. Em seguida ele da a volta e se senta a minha frente.

Olhamos um para outro e abro um pequeno sorriso. Ele sorri de volta.

- Está com fome? - ele pergunta.

- Um pouco - digo sendo sincera, pois havíamos comido bem o dia inteiro.

- Bem, vamos começar com um prato que eu sei que você ama - dito isso entra a Mônica com uma bandeja onde havia dois pratos.

- Até você? - digo enquanto ela vem até mim.

- Boa noite, senhorita - ela diz parando ao nosso lado. - Iremos servi-los essa noite.

- Iremos? - questiono a ela, e vejo um aceno do Ben, que estava com a Liz no colo, e da Laurinha, ambos no canto do terraço.

- Bom apetite - ela diz depois de colocar os pratos na mesa e se retira.

Olho para o prato e sorri ao ver de qual comida o Philip se referia. Era macarronada, um prato que sempre fazíamos quando tínhamos pressa para comer, ou melhor, que ele fazia.

- Espero que goste, todos os pratos servidos foram pensados especialmente para você - Phil diz.

Antes de começarmos a comer, o Benjamim vem nos servir com nosso vinho favorito.

- Com licença - ele diz antes de despejar o líquido em nossas taças.

- Obrigada - digo antes dele se retirar.

Começamos a comer juntos, realmente estava uma delícia. Não sei quem fez, mas acredito que não tenha sido o Philip, já que passamos o dia juntos.

Brindamos a nós e tomamos um gole daquele vinho fruto de uma safra incrível.

- Está tudo lindo - digo. - Mas não estou entendendo o por quê disso tudo - falo a ele de forma sincera e com um sorriso estampado no rosto.

- Nem tudo na vida tem que ter sentido. E eu acho que você merece ser paparicada de vez em quando. Não sempre, para que não fique metida - ele diz e me faz rir.

- Metida eu? - me faço de desentendida. - Mas você não pode reclamar, que é você que vive me mimando.

- Eu sei morena, mas não consigo evitar de fazer tudo por esse sorriso incrível - ele diz e manda um beijo no ar. Faço o mesmo retribuindo o seu pequeno gesto.

Depois de mais um tempo, terminamos a nossa incrível e perfeita refeição.

- Adorei - digo limpando os meus lábios sujos de molho, com a toalha que estava em meu colo.

- Ficamos felizes, mas ainda tem a sobremesa - diz a Mônica acompanhando a pequena Laura que trazia um prato em suas mãos.

Ela coloca na frente do seu tio um prato com um pétit gateau, o doce que tanto amamos comer juntos.

Depois ela volta com o outro prato que havia o mesmo doce, só que no meu tinha algo escrito no prato.

Estava escrito: "Quer ir ao baile comigo?"

- Aceita ir ao baile de natal comigo? - Philip pergunta ao mesmo tempo que eu lia o que estava escrito.

- Achei que nunca fosse me convidar - digo e dou um sorriso gigantesco. - Claro que aceito.

Ele sorri bobo e beija a minha mão. Nossos amigos pulam de alergia satisfeitos.

Eles vem nos cumprimentar e se despedir, pois já iriam embora. Eu fico com o Philip conversando e aproveitando nossa sobremesa.

Esse foi o melhor dia de todos ao lado do meu amor. Nunca pensei que falaria uma coisa dessa, mas fico feliz pelas coisas terem mudado.

Terminamos de jantar juntos, a luz de velas. Depois que terminamos, ele acendeu as luzes, que era uma corda cheia de lâmpadas, realmente muito bonito de se ver.

Tinha um canto mais alto, onde ele colocou algumas almofadas, e estava forrado o chão.

Sentamos ali e ficamos admirando o céu e todas aquelas estrelas.

Eu sempre amei olhar o céu e as estrelas, ou as nuvens de dia. Mas depois que a minha mãe se foi, olhar as estrelas se tornou algo constante e involuntário.

- Sabe aquela ideia que há vida após a morte, ou que aqueles que amamos e perdemos ficam no céu nos olhando? - pergunto de repente, depois de um tempo que estávamos calados deitados observando o céu. - Eu sempre pensei que a minha mãe virou na estrela, a que brilha mais no céu. Foi uma forma de confortar o meu coração e a saudade que eu sinto dela.

- Sente muita falta dela, não é? - ele faz uma pergunta retórica. - Ela me parece uma pessoa especial.

- E ela era - digo sorrindo. - Tinha um jeito único de fazer nossos dias ficarem melhor. - falo sorrindo ao lembrar dela. - A minha mãe era incrível comigo. Ela sempre me abraçou quando eu chorei, cuidava de mim quando estava doente... ela sempre me fazia se sentir amada.

- Não sei se já te disse, mas sinto muito por sua perda - ele diz e aperta a minha mão.

- Obrigada - digo.

- Qual acha que ela é? - ele pergunta se referindo as estrelas.

- A mais brilhosa - digo rindo.

- Aquela? - ele aponta para um ponto no céu. - Espera, esta se mexendo.

- Acho que aquele é um avião - digo rindo.

- Oh, sim - ele diz e começa a rir também.

Ficamos olhando para o céu, vendo as constelações, foi assim até sentirmos nossos corpos congelarem de frio.

Descemos as escadas, e depois pegamos o elevador que nos levou até o nosso andar. Dentro do meu apartamento, continuamos a nossa noite romântica, entre beijos e amassos. No fim, assistimos um filme que amo desde adolescente "10 coisas que eu odeio em você".

Acho que nunca me senti tão mimada e amada da forma que o Phil me fez sentir hoje. Como sou grata por ter alguém como ele ao meu lado.

Continua...

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Beijos, Larissa.

Minha CEO Onde histórias criam vida. Descubra agora