Sarah
— É... — Philip pigarreia. Ele vem até mim e me puxo para mais perto, de uma forma gentil que ele sempre fazia. — Sarah esses são os meus pais — diz nos apresentando, apenas ofereço um sorriso gentil. Mas já imagino o que esteja acontecendo aqui. Fico preocupada com o Philip, sei o que isso significa para ele. — Pai, mamãe, essa é a Sarah. Minha namorada.
Eles me olham com estranheza, e tento ter um olhar gentil todo tempo, mesmo sabendo o que eles fizeram para o Philip. O Phil mesmo me disse que toda história tem dois lados, então tento ser imparcial, mesmo estando totalmente ao lado dele.
Philip me olha curioso, como se quisesse saber o que eu pensava. Eu estava preocupada com ele, e darei o meu melhor aqui, para que ele não saía ainda mais machucado.
— Estamos surpresos, porque ele nunca nos apresentou uma namorada — o pai dele fala. — Mas bem vinda a família, Sarah. Pode me chamar de Paulo.
— Prazer senhor Paulo — digo gentil e estendo a mão para que ele a pegue. Ele sela o cumprimento com as nossas mãos.
— Que maravilha, já que estamos todos juntos, vamos jantar — a dona Margarida, mãe do Philip, fala.
Não falamos nada e apenas andamos em direção da mesa de jantar.
— Sabe, seria mais fácil para mim se eles fossem uns monstros — digo no pé do ouvido do Philip. Ele da um breve sorriso.
— Só você para me fazer sorrir numa hora dessas — ele diz e revira os olhos.
Sentamos a mesa com eles, e o clima pesou ainda mais, se é que isso é possível.
Ficamos nos entre olhando sem saber o que fazer ou falar. Nem na comida ousamos tocar.
— É... — Mônica fala quebrando o silêncio constrangedor que se instalou naquele momento.
— Podem se servir — o Ben fala adiantando o que sua esposa iria falar.
Começamos a nos servir em silêncio, e que silêncio terrível.
Nem a Laurinha se atreve a falar algo a mesa.
A Margarida e seu marido Paulo estão sentados em nossa frente, enquanto o Ben está numa ponta da mesa e sua adorável esposa assustada está a sua direita.
A Liz está na outra ponta da mesa na cadeirinha e a Laurinha de frente para sua mãe.
Quando viemos das outras vezes jantar com a família do Philip, ele sempre fica com a Liz e a ajuda a comer, e eu com a Laurinha. É um momento para eles descansarem dessa atividade também.
Após me servir, o Philip serve o prato da Laurinha. A Liz já come algumas comidas, mas não totalmente sozinha. Ela sempre faz muita bagunça, mas tentamos deixar ela comer para que possa aprender.
— Tia, coloca suco para mim? — Laurinha pergunta falando mais baixo que o normal.
— Claro, meu amor — digo colocando o suco em seu copo. — Mas não toma antes de comer, para não querer comer o jantar depois.
— Tá bem, tia — ela diz. Sei que ela não consegue, mas gosto de incentivar assim como a minha mãe fazia, e só hoje eu apreendi.
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Minha CEO
RomanceDa saga "o destino me levou para" vem aí, minha CEO. Sarah acaba de se mudar para a cidade de Porto Alegre, onde a mesma viveu sua vida inteira. Com problemas não resolvidos do passado e concorrendo a uma promoção no trabalho, ela foi para lá para s...