Minha CEO

Capítulo 20

Sarah

Chego ao meu apartamento e paro em frente minha porta sentindo o olhar do Philip sobre os meus ombros.

— Quer entrar? — pergunto segurando o choro.

— Sim — ele fala.

Entramos juntos e tiro os sapatos, bolsa e todas as peças adicionais a roupa, como o casaco que usava.

— Desculpa pelo que aconteceu, não deveria ter deixado me envolver tanto, perdi o controle da situação.

— Não tem o que se desculpar, eu vi como sua família te desgasta, nunca tinha visto essa Sarah, nem quando brigava comigo no trabalho — ele diz e solto uma risada fraca. — Ah — ele diz sorrindo. — Um sorriso, é alguma coisa.

Philip sempre tentava me alegrar, até quando me irritava me fazia rir, odiava perder a pose perto dele, mas era inevitável. Como alguém consegue te fazer sentir tão bem, só por existir?

— Quer conversar? — ele pergunta e eu nego com a cabeça, não falo pois sei que minha voz estava embargada.

As lágrimas que tanto segurei teimavam em cair, olho para baixo na intenção de me recompor. Mas parecia que tudo que eu segurei durante antes estava finalmente pronto para sair.

Olho para ele de novo e desmorono. Sento no chão de forma automática e fico ali mesmo aos prantos.

O Philip vem ao meu encontro e me pega no colo, choro em seu peito tentando aliviar toda a dor que sentia.

Ele me leva até o meu quarto e me deita na cama. Ele tenta se desvincular, mas o puxo para mais perto. Ele atende ao pedido e se deita comigo, me abraça forte e me deixa desabar em seus braços.

Ele me apertava ainda mais em seu abraço e passa a mão por debaixo da minha cabeça e me beija no topo da cabeça.

— Quando tiver pronta para contar eu vou estar pronto para ouvir — ele fala enquanto alisa meus cabelos.

Essa é a última coisa que lembro, pois depois de um tempo chorando ali com ele, eu adormeci.

- ❤️ -

Acordo e percebo que já é fim de tarde, olho para o lado e Philip ainda está ao meu lado me olhando.

Olho confusa tentando me lembrar do que havia acontecido.

— Ficou aqui o tempo todo? — pergunto para ele assim que consigo me acostumar com a luz.

— Não sairia por nada — ele fala me fazendo sorri.

Minha barriga faz um barulho estranho e sei que estou com fome.

— Que tal pedirmos uma pizza? — ele pergunta parecendo adivinhar o que aquele barulho significava. E eu apenas concordo com a cabeça.

— Vai fazendo o pedido que vou tomar um banho, a carteira está na minha bolsa, que está em algum lugar — digo ainda com voz de sono. — Me espera, que já volto.

Ele não fala nada e fica apenas me observando.

Me levanto deixando ele na minha cama. O que é uma frase estranha para mim.

Entro no closet e procuro uma roupa confortável, mas nem tanto assim, afinal, ele já viu muito da Sarah hoje, não precisa ver a parte física também, ele viu uma parte de mim que eu nem sabia que ainda existia.

Escolho uma roupa qualquer, mas descente para receber visitas, e levo para o banheiro.

Sei que meu rosto deve está inchado e evito encarar o espelho.