Sarah
A noite de ontem foi a melhor que tive em muito tempo, acho que nunca havia me sentindo tão bem desde que minha mãe se foi.
É difícil viver à margem das coisas e pessoas, ser quem as pessoas queriam que eu fosse me desgastou bastante, mas com o Philip sinto que posso ser eu mesma.
Depois que saímos do lugar especial do Philip, ele me trouxe em casa e da porta mesmo foi para o seu apartamento.
Dormi muito bem essa noite, claro que dormir pensando nele e sonhei com o Philip também, sempre fui fiel aos meus sentimentos e sei o que sinto por ele, o medo de falar isso para o Philip era maior do que admitir para mim mesma que me apaixonei por ele desde o primeiro dia.
Não combinamos nada nesse final de semana, na verdade, ficamos com as bocas muito ocupadas para conversar depois que saímos de lá.
Ouço meu celular tocar em algum lugar da minha casa. Saio da cama de repente e fico um pouco tonta com isso.
Procuro no quarto, na sala e cozinha. E só depois de revirar a casa eu lembro que não tirei da bolsa quando cheguei. Continuo procurando pelo celular, seguindo a música que tocava incansavelmente.
Pego a bolsa no sofá e atendo o celular que estava dentro dela.
Ligação on.
— Sarah falando! — atendo sem nem ao menos ver quem que estava ligando.
— Oh, que bom saber que você está viva — diz Sami do outro lado da linha.
— Não seja dramática — digo revirando os olhos. — Você viu que horas são?
— Aqui são nove da manhã.
— Para mim são cinco, lembre do fuso horário.
— Não tem fuso horário onde você está.
Fico em silêncio lembrando que ela esta certa e realmente devem ser nove da manhã.
— Anotou a placa? — ela fala de repente.
— Que placa?
— Do caminhão que te atropelou.
— Ha ha, muito engraçada.
— Obrigada, eu me esforço — ela fala enquanto ri. — Então Sarah, não vai me contar?
Respiro fundo tentando assimilar tudo.
— Vou fazer café primeiro — digo e vou para a cozinha ligar a cafeteira.
Ela fica em silêncio um tempo. Apoio meu celular na mesa e coloco no viva voz.
— Você está no viva voz, pode falar — digo um pouco alto enquanto coloco o café e a água na cafeteira.
— Eu te liguei ontem a noite, mas você não atendeu, estava trabalhando?
— Eu sai ontem, fui num barzinho com o pessoal do trabalho.
— Hum... — ela fala maliciosa. — Esse pessoal inclui o vizinho gostosão?
Só a Sami conseguia me fazer achar graça desse apelido.
— Sim — digo me sentado enquanto a cafeteira trabalha.
— E... — ela me incentiva.
— A gente dançou juntos, conversou... — faço suspense.
— Conta logo — ela choraminga.
— Nos beijamos — digo como se não fosse nada, e me preparo para ouvir os seus gritos.
Como era de se esperar, foi dito e certo, meio segundo depois tenho certeza que acordei o prédio todo com a voz da Sami gritando para todos ouvir.
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Minha CEO
RomanceDa saga "o destino me levou para" vem aí, minha CEO. Sarah acaba de se mudar para a cidade de Porto Alegre, onde a mesma viveu sua vida inteira. Com problemas não resolvidos do passado e concorrendo a uma promoção no trabalho, ela foi para lá para s...