Minha CEO

Capítulo 26

Sarah

Sabe o que mais estranho em ter que me afastar do Philip? É a sensação de que estou fazendo a coisa errada, e quando claramente ele me diz que devo ir, seus olhos pedem para que o beije.

Foi a primeira vez que contei sobre meu pai a alguém, acho que guardei isso tão fundo que nem consegui sentir nada, não senti raiva, nem dor, não senti absolutamente nada, foi como se eu fosse indiferente aquela situação, na verdade, eu nem sou mais a mesma garota de cinco anos atrás, e agradeço por ter aprendido tanto.

Hoje eu só me sinto bem com o Phil, depois de contar tudo, só me senti eu mesma quando ele me abraçou e me deixou desmoronar em seus braços.

Ele é um babaca as vezes, acho que sempre na verdade, mas para uma mulher apaixonada, é impossível não sentir algo de bom perto dele.

Depois do almoço constrangedor, fomos para o quintal conversar, enquanto as crianças brincam por ali também.

— As meninas se deram super bem — Mônica disse. — Foi amor à primeira vista.

— Ah, igual a Sarah e o Philip — Sami debocha.

— Graças aos céus que não — Antony fala rindo. — Já estava cansado dela ter deixado de brigar comigo, porque ela só falava do Philip.

— O Philip reclamava e reclamava o tempo todo — Mônica disse.

— Já está bom de constrangimento por hoje — eu digo a eles dando um basta no assunto.

— São crianças, Sarah — Sami fala. — Elas falam besteiras de vez em quando, o Phil sabe disso, não é?

Ele balança a cabeça afirmando.

— A minha sobrinha inventa cada uma — ele diz. — Eu louco pela Sarah? Não sei de onde ela tirou isso.

— É, e eu nem estou apaixonada nem nada, elas exageram dessa vez — digo para eles.

Claro que a Paulinha estava certa, mas não irei admitir isso para ele.

— Sei — eles falam em uníssono.

Claro que estavam sendo irônicos, mas fingimos não nos importar.

— Vou trocar a Liz e já volto — Mônica fala e se levanta.

— Eu vou com você — Sami levanta empolgada.

Ela ama crianças, para ela, não é esforço algum ser mãe, ela ama o que faz.

— Então vou pegar mais bebidas para gente — o marido da Mônica fala.

Eles saem juntos ficando só eu, Phil e o Antony.

— E como estão as coisas no trabalho? — Antony pergunta.

— Estão indo muito bem, e você? Está curtindo seus últimos meses no poder? Sabe né, eu vou ganhar essa competição.

— Seu otimismo me impressiona — ele fala.

Phil ri da gente.

— Você não pode ser boa em tudo, me conta qual as suas falhas? — Antony pergunta cruzando as pernas.

— Nunca — digo dando um gole na bebida.

— Qual é? Você tem que ser ruim em alguma coisa — ele diz. — Vou começar a pensar que estou com uma robô bem na minha frente.

— No trabalho você não vai achar nada Antony — Phil fala. — Ela é perfeita.

— Então ela falha em algo? — Antony pergunta e ele ri negando com a cabeça.