Capítulo 25

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Philip

Eu sei que fui um babaca com a Sarah, não queria ter dito aquelas coisas.

É verdade que nunca namorei, mas eu também nunca senti o que sinto pela Sarah. Nunca namorei porque tenho medo que as coisas fiquem sérias demais.

Eu nunca confiei completamente em alguém, e quando isso acontece você para de ver pessoas como pessoas, e passa a ver ameaças.

Eu me sinto ameaçado pela Sarah, ela é linda, inteligente, forte, sorridente e tudo que há de mais perfeito em uma pessoa, mas ela tem prazo de validade aqui na cidade, não quero me apegar a ela e depois a ver indo embora. Ter o meu coração partido a primeira vez, e pelo motivo que já esperava, a distância.

Mas é tarde demais, eu já estou completamente apaixonado e a Mônica disse que eu deveria pensar no que eu queria fazer, de verdade.

Eu quero ela, eu vou lutar para conseguir ela, nem que seja a última coisa que eu faça.

E era isso que eu iria dizer a ela no café da manhã de hoje, mas nada saiu como planejado.

A família da Sarah está na cidade e ao que entendi, é para comemorar o seu aniversário e eu nem sabia que era aniversário dela, mas ela me explicou que não gosta de comemorar e eu entendo isso.

Esse vai ser um momento difícil para ela, e eu quero está lá pra ela, então decidi adiar essa conversa.

E foi assim que chegamos aqui, na casa da minha irmã onde está toda a minha família, e com família eu quero dizer, as pessoas que sempre estiveram lá para mim, minha irmã, meu cunhado e sobrinhas.

A Mônica é a louca dos aniversários e não pretendo deixar ela saber do aniversário da Sarah, ela não vai largar a morena, nem com reza.

— Escuta — chamo a Sarah para um canto. — A Mônica fica um pouco louca com esses lances de aniversário, seria bom deixar seus amigos longe dela, se não quiser mesmo comemorar.

— Obrigada por tentar avisar, mas acho que isso foi um pouco tarde — ela fala fazendo careta e apontando para onde nossas famílias estavam juntas.

— Sinto muito — sussurro quando vejo eles correrem até nós.

Ela da uma risada fraca, mostrando está lidando bem com isso.

Acho que quando ela disse que as pessoas não respeitam a sua decisão, ela não exagerou nem um pouco.

— Sarah! — Mônica chega a repreendendo. — Como não nos contou sobre seu aniversário?

— Não é importante, Mônica — ela fala com o rosto suave, sabendo que suas tentativas de convence-lá a esquecer seriam em vão.

— Claro que é, vamos fazer uma festa — ela diz animada. — Convidar seus amigos do trabalho.

— Eu vou roubar a Sarah um pouco, enquanto vocês enlouquecem com essa coisa de festa — digo a puxando pelo braço.

— Obrigada — ela sussurra para mim.

Ela tinha um rosto suave, mesmo ela odiando essa situação, parecia que era comum para ela.

Caminhamos até o jardim da casa, onde ficaríamos, finalmente, a sós.

— Quer dar uma volta? — pergunto assim que chegamos no jardim, com o intuito de tentar quebrar o gelo que logo iria se instalar.

A Sarah tem agido como se nada tivesse acontecido entre nós, apesar de toda tensão entre a gente, ela está sabendo lidar com as coisas melhor que eu.

Estou completamente apaixonado nessa morena linda.

— Talvez mais tarde — ela diz sorrindo gentil. — Obrigada por entender.

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