Capítulo 24

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Sarah

Saio do apartamento do Philip entrando no meu logo em seguida.

Entro e já procuro meus amigos pela casa, logo os vejo na sala.

— Agora que estamos sozinhos — Antony fala me achando primeiro que eu os acho. — Vamos conversar.

— Nem acredito que vocês fizeram essa loucura de aparecer por aqui — digo a eles assim que os vejo sentados no meu sofá na sala.

— Não podíamos te deixar sozinha, apesar de você está sempre bem, sabemos que esse lugar mexe com você — Sami fala.

— E parece que um certo gaúcho também — Antony fala abraçando sua esposa por trás.

Ele senta e ela se encosta nele, ainda de costas para ele. Me sento na sua frente, numa das minhas cadeiras acolchoadas que havia ali.

A Paulinha não estava com a gente, acho que estava no banho pelo barulho de água caindo.

— Nada disso, eu e o Philip somos só amigos — digo para eles. — Não vai rolar nada mais que isso.

— Claro — Sami revira os olhos. — Meu bem, pode levar nossas malas para o quarto?

Antony assente e leva a pequena bolsa que estava na sala. Isso foi só um pretexto para ele sair.

— Você está fazendo de novo — ela fala assim que ficamos sozinhas.

— O que? — pergunto.

— Só se protege com a parede que levanta — ela fala calma, como sempre diz quando está querendo me ensinar algo.

— Não há nada de errado em ser cautelosa.

— Mas Sarah — ela passa a mão pelos meus cabelos como um sinal de carinho. — Essa sua parede pode afasta-la da dor, mas também pode afasta-la do amor.

Ela beija minha testa e vai para o quarto.

Detestava quando ela fazia isso. Sei que ela tem razão, e sempre que faz isso me faz pensar sobre a vida e o que estou fazendo com a minha.

O Antony e a Samara são meus ideais de casal perfeito. Não importa o que aconteça ou o que o outro faça, eles sempre arrumam uma maneira de estarem juntos. Acho que todas as pessoas frustadas com a vida deveriam ter um casal desse, um que te mostrasse que é sempre possível sonhar, e para nunca desistir de ter um amor algum dia.

Sento frustada no sofá, olho para o teto e fico fitando ele, e passo um tempo sozinha ali na sala, até que escuto passos, e logo vejo o Antony aparecer no meu campo de visão.

— Então, o que está acontecendo? — ele fala assim que chega sem sondar muito, indo direto ao ponto como de costume. Riu fraco com sua sinceridade.

— O que não está acontecendo na verdade — digo para ele bufando.

— Talvez eu te ajude — ele fala. E me convenço a me abrir com ele.

— Nos beijamos — falo indo direto ao ponto inicial.

— Já fiz isso — ele fala se sentando no sofá ao meu lado, e fitando o teto junto comigo.

Era tão bom ter ele aqui, deixava as coisas mais fáceis e até mais leves.

— Brigamos — volto a falar.

— Já superei isso.

— Estou apaixonada — digo.

— Isso também.

— Ele disse que não quer nada sério — digo por fim e suspiro.

— Não passei por isso, desculpe.

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