Capítulo 48

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Sarah

Semanas depois...

No trabalho as coisas se acalmaram, conseguimos elevar os lucros em 70%. Mesmo não sendo o suficiente, continuamos com as iniciativas e as tentativas de melhoria todos os dias.

Percebo que posso contar com muitos ali, mas fico triste em saber que não pude ser 100% sincera com eles. Mas no fim, acho que o senhor Gomes tem razão, eles ficariam muito eufóricos e poderiam atrapalhar ao invés de ajudar a salvar seus empregos.

Hoje, numa quarta-feira e feriado, estamos na casa da Mônica, incluindo a Rebeca, Jonathan e a Dani. As meninas, Liz e Laura, estão na casa dos avós.

A minha relação com o Philip está cada dia melhor, e pode dizer que o amo a cada dia mais.

Hoje viemos fazer um passeio de adultos, e a Dani convidou o Tomás, mas ele ainda não chegou. Não disse ao Philip sobre eles, pois não sei como ele reagiria, já que ele cuida da Dani como se fosse o irmão mais velho ciumento dela. Mas avisei aos donos da casa que teríamos uma pessoa nova no grupo, o que eles não se opuseram em recebê-lo.

- Poderíamos jogar algo, assim passava mais o tempo - diz a Beca depois de algum tempo que estamos conversando.

- Sim, em dupla? - pergunto a eles.

- Não tem como - Jonathan diz contando o número de pessoas.

- Sim, falta uma pessoa chegar, aí ficaremos em número par - comento a eles.

Philip me olha e arqueia uma sobrancelha.

- Quem? - ele pergunta curioso.

- Quando chegar você vai saber - digo o olhando. Ele semicerra os olhos.

- Está legal - ele fala. - Então vou pegar o jogo - ele diz saindo da sala.

- Vou ajudá-lo - diz o Ben e o Jonathan vai junto.

Depois que eles saem, Rebeca chega mais perto para falar algo.

- Quem é? - ela cochicha.

- A Dani convidou o Tomás - digo falando baixo. - E está com medo do Philip ter ciúmes.

- Não com medo, mas com receio da reação dele.

- Oh céus - súplica Mônica. - Eu sei como ele é com garotos perto das suas protegidas. E sinto muito Dani, ele vai espantar o garoto.

- Para Mônica, está assustando a garota - digo a ela. - Não liga para ela, e não se preocupe com os surtos dele, iremos te ajudar.

- Isso vai ser interessante - diz Rebeca rindo. Olho feio para ela. - Mas sim, ajudamos sim.

- Obrigada meninas - Dani sussurra.

A campainha toca e os meninos surgem na mesma hora e caminham mais rápido para atender a porta.

E adivinha justo quem atende a porta? Se você disse Philip, parabéns, você acertou.

- Boa tarde - diz Tomás do outro lado da porta.

- Tomás, o que faz aqui? - Philip pergunta entranhando.

- Eu fui convidado - o pobre Tomás diz sem graça sem entender a estranheza.

- Sim, pode entrar Tomás e se junte a nós - digo ainda sentada no sofá.

Philip olha para mim com a sobrancelha arqueada e continua imóvel vendo o Tomás entrar.

Ele fecha a porta e vem ao meu lado e se senta.

- O que eu perdi? - ele pergunta no pé do meu ouvido.

- Peço que se comporte, é importante para Dani que vocês se deem bem - digo no seu ouvido enquanto Tomás cumprimenta a todos.

- Para Dani? Então ele que a convidou... então a garota que ele tinha convidado foi a Dani? - ele pergunta parecendo tentar fazer uma conexão entre os acontecimentos. - Então ele estava falando dela - ele diz e começa a rir. - Eu achei que era de você, achei que ele tinha te convidado.

- Tá maluco - digo sem entender. - Eu teria te contado.

- Obrigado por me convidarem - Tomás diz se sentando ao lado da Dani.

- Não por isso, fique à vontade - digo a ele. - Iremos jogar, você topa? Pode ser em dupla, e você joga com a Dani.

- Sim, sem problemas - ele diz meio tímido. Percebo que a Dani fica sem graça perto dele. Sorri com isso.

O jogo seria um de tabuleiro que nunca tinha jogado antes. Mas estranho ao ver a marca desse jogo.

- Não sabia que essa marca tinha jogos de tabuleiro - digo olhando mais uma vez a caixa. - Achava que era só digitais.

- Hoje sim, mas jogávamos isso quando crianças, depois eles mudaram para esses jogos digitais. Como você conhece essa marca? - Mônica pergunta após explicar de onde vinha o jogo.

- Sim, uma longa história. Na verdade conheço os donos. A esposa do novo CEO é minha prima, Maya Li Taylor.

- Sério? Que mundo pequeno - Mônica fala.

- Sim - digo sorrindo. - Mas como que joga isso?

Eles começam a explicar as regras e objetivo do jogo. Basicamente, a dupla vencedora tem que chegar no meio do tabuleiro juntas vence. É um jogo que visa o trabalho em equipe, e no meio do caminho terão vários obstáculos e tentações, só quem trabalhar junto vence.

Depois deles explicarem começamos a jogar. E bem, a tarde parecia que ficaria longa.

- Ah, só para vocês saberem - diz Benjamim quando começamos o jogo. - A Mônica é muito competitiva. Então nem se esforcem, que vamos ganhar.

- Da tempo de vocês desistirem - diz ela nos fazendo rir.

- Nunca! - dizemos todos juntos.

Começamos a rir em seguida. Ben pega alguns salgadinhos e coloca na sala para comer durante o jogo, e voltamos à jogar.

- - ❤️ - -

Mais tarde naquele dia, terminamos finalmente o jogo.

Quem venceu foi a Dani e o Tomás, por incrível que pareça. Deu empate no fim, entre Dani e Tomás, e eu e o Philip, mas fizemos mais uma rodada, e o Philip não conseguiu resistir a um jogo de futebol.

Depois de algumas brigas entre o Ben e a Mônica, conseguimos terminar a tarde vivos.

Ela não está nada feliz que perdeu, podem acreditar.

Depois de uma tarde diferente, fomos ao quintal assistir o pôr do sol.

O Philip não comentou nada sobre a Dani e o Tomás, mas ficou bem calado só os observando, o Tomás sempre respeitoso, e só segurou a mão da Dani quando viemos ao jardim, o que rendeu uma olhada brusca do Philip. Mas ele se conteve.

- Essa tarde foi incrível - digo enquanto estamos sentados olhando o sol indo embora.

Continua...

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Beijos, Larissa.

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