Capítulo 04

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Sarah

Antes de ir ao trabalho passo na cafeteira perto do trabalho, sim, a cafeteira que ouvi meus novos colegas falando mal de mim.

Peço um café expresso e um pão de queijo. Amo pão de queijo.

— Aqui senhora — o atendente me entrega.

— Grata — agradeço.

Penso em apenas ir ao trabalho e comer lá, mas ao mesmo tempo, penso em ficar e socializar com as pessoas.

Mas mudo de ideia assim que penso naquela garota falsa, Britney o nome dela. Reviro os olhos só de pensar.

Vou ao trabalho, e lá realizarei minha refeição matinal, e dessa vez, tomo cuidado para não esbarra em ninguém.

Assim que chego, subo ao meu escritório e sento na minha cadeira colocando o saquinho com o pão de queijo na mesa e o café no meu porta copos, na minha mesa também.

Após me organizar, entre alguns goles de café, abro o saquinho onde o meu pão estava. Sorri logo que o vi.

Uma curiosidade sobre o pão de queijo Sergipano. Ele é diferente a maioria dos pães de queijo do restante do país. Não digo todos, pois ainda não visitei a todos os Estados.

Em Sergipe, o pão de queijo é literalmente um pãozinho com queijo ralado por todo ele, uma massa de pão, não sei se tem queijo nela, e mais queijo encima do que ao redor. Tem pão de queijo recheado, geralmente o recheio é de queijão, o pão é molinho e apesar de terem a mesma cara. Tem sempre um mais gosto que o outro, dependendo do que o seu paladar mais gosta.

E para os Sergipanos esse é o pão de queijo, e o só há outro tipo de pão de queijo, o mineiro. Porém, esse pão de queijo, que eles dizem ser mineiro, é o que comemos aqui em Rio Grande do Sul.

Ao abrir o saquinho e ver o pão de queijo que comi a minha infância e adolescência toda, me causou lembranças felizes. Mas confesso que me acostumei a comer o pão de queijo deles.

Com esses pensamentos termino rapidamente o meu café, e em pouco tempo já começo o meu dia.

- - ❤️ - -

A manhã passou voando, e quando vejo, já estava quase no horário do meu almoço.

São tantas coisas para fazer e ler, que sinto que se não ficar olhando para o relógio, deixarei de almoçar algumas vezes.

Estava revisando a papelada quando ouço uma movimentação do lado de fora.

Saio da sala para ver o que está acontecendo, e se estava tudo bem com a Dani.

— Sarah — a Dani sorri desconfiada ao me ver ao lado de fora. — Posso ajudar?

Quando eu ia responder vejo que há uma menina atrás dela.

— O que está acontecendo Danielle? — pergunto surpresa. Será que seria sua filha? Ou algum parente?

— Desculpa, acontecendo um imprevisto — ela tenta se explicar.

— Como assim? — pergunto ainda confusa.

— Ela estava passando mal na escola e me pediram para cuidar dela enquanto terminam uma reunião.

— Ela não é sua? — pergunto e sigo a olhando escondida atrás das pernas da Dani.

— Não, é de um dos funcionários da empresa — ela diz por fim. — Prometo que ela não vai me atrapalhar, vou ficar com ela até ele terminar.

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