Capítulo 27

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Philip

Nosso almoço foi um tanto constrangedor. Nossas sobrinhas nos entregaram fácil, na frente de todo o resto da família. Claro que a Mônica e o Benjamim já sabem que estou perdidamente apaixonado pela minha vizinha, mas ainda não admiti isso para era. Mas se a Paulinha disse aquelas coisas, será que pode também ser verdade?

Depois do almoço viemos para o quintal da casa da Mônica e ficamos conversando, até o clima pesar entre eu e a Sarah, e ela entrar na casa sem dizer uma palavra.

Olho para a cadeira que ela estava e não consigo entender o que se passa. Por que ela reagiu assim? Ela leu o que estava na carta?

Me declarei para ela, levei um puxão de orelha do seu amigo que me fez perceber que tinha que arrumar as coisas o mais rápido possível, que seria agora mesmo. Mas aí ele sugere que eu tenha feito uma lista, e realmente eu fiz.

Fazer uma lista de prós e contras e da clareza das coisas, mas não queria que ela tivesse lido assim, se ela me ouvisse...

Percebo que ela possa ter me entendido mal, então entro às pressas na casa para ir atrás dela.

Quando vejo que ela ignora nossa família e caminha até a porta, só penso em uma coisa, segura-lá.

— Deixa eu terminar de falar — digo para ela, a prendendo contra a parede.

Sei que sempre que ela está irritada não escuta a ninguém, quando a prendo em mim, ou contra a parede, ela parece desacelerar e finalmente começar a me ouvir.

— Você é louco se pensa que ainda tem o direito de falar mais alguma coisa — ela diz em uma tentativa falha de se soltar.

— Você entendeu errado — digo a apertando um pouco mais, mas sem machucar. — Me escuta.

Em um pequeno vacilo afrouxo minha mão, para começar a soltá-la aos poucos, para que me escutasse.

— O que eu entendi errado? Está claro para mim, está escrito no papel — ela diz finalmente conseguindo se soltar do meu aperto.

Ela caminha se afastando de mim.

Com isso consigo perceber que a Mônica, Antony, Samara e o Benjamim nos observavam como se nossas vidas não estivessem complicadas o suficiente precisássemos de plateia.

— Está assim por causa daquela lista? — olho incrédulo para ela sem saber o motivo. — Você leu tudo? — pergunto e tento me aproximar dela, mas ela recua.

— Não preciso ler uma lista onde diz tudo de ruim que você acha de mim — ela diz com toda mágoa que aquela lista a fez sentir. — Imagina as coisas que mais odeia em você.

O silêncio permaneceu na sala. Era um clima pesado, ninguém ousaria se meter na nossa briga, eles ainda não faziam ideia do que aconteceu depois da saída do jardim.

Continuo olhando para ela, esperando que ela continuasse o que estava pensando.

— Como se sentiria se a pessoa que você ama também odiasse e ainda usasse isso para não ficar com você? — ela fala me deixando totalmente surpreso com suas palavras. E percebo que todos estão decepcionados com o que escutaram.

Percebo que realmente ela não leu tudo, ela entendeu tudo errado, mas como consertar quando tudo parece tão quebrado?

Ela deve está pensando que não quis ficar com ela por causa da lista de contra. Nunca, nada que ela fizesse ou falasse iria me fazer ficar longe dela. Muito menos uma lista boba.

— Se a situação fosse inversa, quero que saiba que não a nada que você colocasse em uma lista, que me impedisse de ficar com você — digo deixando claro o que penso, acho que é importante ela saber que realmente nada a separaria de mim.

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