Philip
Antes de sairmos para trabalhar sugiro a Sarah de irmos para casa da Mônica, que desde que começamos a namorar não para de nos chamar para ficar lá. Antes disso já tinha um vínculo de amizade com a minha morena, mas agora não quer sair de perto dela.
Gosto da relação das duas, e fico feliz em ter as duas mulheres mais importantes da minha vida se dando tão bem.
A Sarah aceitou o convite e combinamos de ir juntos daqui de casa. Quando terminou meu expediente fui para casa sozinho como de costume, me arrumei e fui bater à porta para chamar a minha Sarah. Mas ela não atendeu, e foi aí que resolvi ligar e ver se estava tudo bem.
Ela está ainda no trabalho a essa hora é uma coisa tão dela, que é impossível não achar graça. Ela diz que estava vindo, e pediu 20 minutos para se arrumar, e foi exatamente o tempo que ela precisou para me deixar de boca aberta ao vê-la toda arrumada. Mesmo não estando elegante com muita maquiagem, ela era ainda mais ela quando me olhava daquele jeito.
Sou o homem mais apaixonado que existe, eu sei.
Fomos juntos para casa da Mônica, conversamos sobre diversos assuntos no carro e foi até bem divertido. Ela estava tão leve hoje, tinha algo diferente acontecendo, mas um diferente bom, não sei, só sei que essa mulher consegue transformar todos os meus dias, e espero fazer isso por ela também.
Chegamos na rua da casa deles, olho em direção a vaga que sempre estaciono, e estava ocupada.
- Não somos só nós? - Sarah pergunta estranhando a movimentação da rua.
- Até onde eu sei sim - digo também estranhando. - Podem ter estacionado errado, ou pediram para estacionar aqui.
- Tem razão - ela fala dando de ombros.
Saio do carro e sinto algo estranho ao pisar fora da minha zona de conforto, como se estivesse percebendo que algo não estava normal por aqui. Olho para o lado e tento entender esse sentimento, mas nada fazia sentido.
Olho para o carro novamente e percebo que estou sendo observado pela Sarah que já estava fora do carro me olhando.
- Esta tudo bem mesmo? - ela pergunta.
- Sim, só um pressentimento, mas deve ser coisa da minha cabeça - digo a tranquilizando.
- Não sei não, sempre que tenho um pressentimento minha tia aparece - ela diz e sorri. - Ou outras coisas acontecem, não ignore o sinal do universo.
- Tá bem - digo. - Mas estou sentindo outra coisa agora - digo colocando a mão na minha barriga. - Fome.
Ela da um sorriso lindo e verdadeiro. Essa minha morena sabe deixar o clima leve com apenas um sorriso.
- Então vamos entrar antes que a minha também reclame - ela diz rindo e estende a sua mão para que eu a pegue.
Entrelaço os nossos dedos e vou com ela para dentro da casa.
Assim que bato na porta aquela sensação estranha volta. Acho que o universo esta realmente me mandando um sinal.
Mais um vez iria bater na porta, a Sarah é mais rápida, e toca a campainha, mas não fomos atendidos.
- Será que saíram? - ela pergunta estranhando a demora. Normalmente eles já estão na porta nos esperando, ou saem assim que ouvem o carro chegar.
Giro a maçaneta devagar e percebo que a mesma está destravada. Abro a porta dando espaço ao meu total terror. Não poderia ser. Eu não estava vendo aquilo.
- Esta tudo bem? - Sarah pergunta preocupada. - Acho melhor voltarmos, você não parece muito bem hoje.
Ela puxa a minha mão mas me mantenho imóvel. Não consigo sair do lugar nem por um instante. Estava preso naquela visão a minha frente. Não sabia o que fazer.
Corro até eles? Ou fujo deles?
Penso em fazer alguma coisa, mas era tarde, pois tinham nos visto.
- Philip? - minha mãe fala ainda de longe me olhando. O que atrai outros olhares. Alguns não tão desejados, ou melhor, apenas um.
- Phil - Mônica fala percebendo o meu pânico. - Sarah - ela cumprimenta a morena que parece perceber o que está acontecendo. - Entrem.
- Acho que viemos em uma hora errada, já vamos indo - eu falo e ameaço ir embora.
- Fique - minha mãe diz. - Ou melhor, fiquem - ela sorri gentil para minha namorada. - Sarah, não é?
- Sim, prazer senhora... - ela faz uma pausa esperando que minha mãe diga o seu nome.
- Não precisa disso, apenas me chame de Margarida.
- Lindo nome, era as flores favoritas da minha mãe - Sarah sorri. Sorri mentalmente por isso fazê-la lembrar da sua mãe. Ela tinha um brilho lindo quando falava dela.
- Também são as minhas - minha mãe diz. - Filho, me apresente sua amiga.
Depois que ela diz isso, percebo a quanto tempo estou ali parado feito um bobo olhando tudo. Minha mãe se adiantou e veio até mim e me abraçou. Isso me ajudou a se mover do lugar. Depois ela foi até a Sarah e a abraçou também.
- Entrem - meu cunhado fala a primeira vez desde que cheguei.
Mônica vem até mim e me puxa para dentro por inteiro. Ben fecha a porta atrás de nós. E sou forçado a ficar aqui.
- Eu tentei te avisar, eles apareceram de repente sem ser convidados, sabe que eu nunca forçaria você a isso - ela fala tudo rápido enquanto estávamos afastados deles.
Só então vejo o meu pai, ele estava com a Liz no colo. Não parecia o mesmo que havia me expulsado de casa há alguns anos. Parecia mais leve, e talvez, só talvez, arrependido. Mas uma coisa eu tinha certeza, ele estava surpreso em me ver aqui.
- Pai - o cumprimento de forma fria.
- Philip - ele responde da mesma forma.
- Tio - Laurinha fala vindo correndo até mim. - Você viu? O vovô e a vovó estão aqui e você e a tia Sarah também - ela tinha um brilho no olhar que não resisto a sorri.
- Vi sim, meu amor.
Sarah ainda parecia perdida com tudo aqui que estava vendo, mas se mantém de pé e se pôs apenas a observar o que acontecia.
- É... - pigarreio. Vou até a Sarah e a puxo para mais perto, de maneira delicada. - Sarah esses são os meus pais - digo os apresentando, mas imagino que já tenha entendido. - Pai, mamãe, essa é a Sarah. Minha namorada.
Como imaginei, a notícia choca a ambos. Que se entre olham e depois olham para a gente. Eles abrem e fecham a boca algumas vezes, mostrando seu total espanto com a situação.
É tão difícil de acreditar?
Sarah fica em silêncio observando a todos nós. Só queria saber no que ela está pensando agora.
Continua...
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Beijos, Larissa.
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Minha CEO
RomanceDa saga "o destino me levou para" vem aí, minha CEO. Sarah acaba de se mudar para a cidade de Porto Alegre, onde a mesma viveu sua vida inteira. Com problemas não resolvidos do passado e concorrendo a uma promoção no trabalho, ela foi para lá para s...