Lucca e Louis

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Eu sou Louis Starling e tenho 21 anos, estou cursando Administração e foi lá que eu conheci a minha melhor amiga Evangeline. Ela parecia tão perdida e deslocada no meio da multidão do campos, depois de viver a minha vida como um excluído por ser um dos poucos gay "assumidos" de Austin no Texas um lugar bastante conservador para dizer o mínimo. Foi natural me aproximar começamos a conversar, descobrimos que seriamos calouros juntos no mesmo curso e somos inseparáveis desde então a minha outra melhor amiga Cassie acabou se aproximando da Evy o que facilitou a nossa interação.

Eu trabalho cuidando de um senhor muito gentil que era pai do meu primeiro namorado. Eu tinha 16 anos e Gregory 19 anos. Nos conhecemos por que meu pai em um dos seus dias ruins decidiu bater na minha mãe no meio da rua, usando a religião para justificar ser um cretino. Gentil como só ele poderia ser Greg a ajudou e ainda chamou a policia nos livrando do fardo que meu pai era, mas ainda sim ele continuou a nos ajudar quando noto que a minha mãe estava indo a delegacia para tentar soltar o meu pai no que só poderia ser descrito como síndrome de Estocolmo eu morava com a minha avó Temperance inicialmente, uma senhora encantadora e muito forte que já estava aposentada e a quem eu amo incondicionalmente.

Meu pai não era apenas toxico, era um manipulador de marca maior eu já trabalhava como barista,mas por conta de ser menor ele que recebia o meu salario e obviamente o bebia inteiro. Eu me sentia culpado por que depois ele fazia nossa vida um inferno por conta do que bebeu, mas ele ameaçava a minha mãe sempre que eu tentava me posicionar ou falar que ia parar de trabalhar e sustentar o vicio dele, mas um dia assumi que era gay em casa já esperava a surra, mas ele me expulsou de casa, pois não queria que os vizinhos soubessem que ele tinha um filho gay, foi um alivio me ver livre dele, mas saber que minha mãe estaria sozinha com ele me deixava tenso e naquele dia em particular eu estava no meu serviço minha mãe tinha vindo falar comigo meu pai a seguiu e a arrastou para fora do lugar dizendo que ela devia esquecer que pariu esse "viadinho", ele a puxou porta a fora do lugar e eu obvio fui atrás, aquilo não tinha como terminar bem, mas para minha sorte ele surgiu e mudou tudo. Gregory conversou com a minha mãe e a levou até a mansão em que o pai dele morava no Texas, logo estávamos morando na mansão também, minha mãe Beth havia se tornado faxineira na casa.

A convivência era pacifica, Greg só aparecia aos fins de semana, mas sempre me chamava para fazer algo e foi com ele todas as minhas primeiras vezes, mas uma bebedeira com os amigos o tirou de mim e de Alfred que sofreu tanto que foi se acabando cada vez mais até ficar totalmente debilitado. Ele já era velho quando engravidou a empregada e fez a esposa criar seu filho como se fosse deles o que lhe fez sumir assim que pode com uma boa quantia e o jardineiro.

Alfred fez tudo que o pensamento arcaico lhe permitiu para tentar fazer o único filho seguir as regras padronizadoras da sociedade nem que fosse por um herdeiro, mas não adiantava e em algum momento depois de inúmeras brigas eu vi Alfred apenas aceitar que o filho era tudo para ele e me aceitar por tabela alguns anos mais tarde.

Quando Greg morreu Alfred se desgostou totalmente do Texas e ofereceu para que eu e minha mãe viessimos com ele de alguma forma ele via o filho em mim e se recusou a vir para Nova Iorque sem que viessimos também. Minha mãe continua morando na casa junto com o Alfred, agora como governanta dele e nunca mais ouvimos falar do crápula do meu pai, mas eu estava com 18 anos prestes a entrar para faculdade e apesar da dor, não daria para tentar tocar a minha vida e levar algum homem com Alfred lá. Eu então aluguei um canto lá e Alfred que desenvolveu enfisema depois de muitos charutos precisava de ajuda e decidiu me pagar para isso um valor absurdo. Eu sabia que era o jeito dele de me ajudar a ter um pé de meia quando algum dos parentes mesquinhos dele herdasse seus bens que os imbecis inventariaram antes mesmo de Alfred partir. 

O idoso sempre foi gentil comigo me ensinou sobre suas fazendas e outros negócios que fizeram dele um homem rico e eu fazia questão de aprender eu não voltaria para o Texas, mas queria conseguir uma vaga na empresa dele e quem sabe ir crescendo lá dentro.

Era um jeito de seguir os planos do Greg de certa forma e embora eu já tenha saído com alguns caras em Nova Iorque (vários na verdade), por que eu precisava seguir com a minha vida nunca mais entrei em um relacionamento, eu não tinha tempo. Eu vivia surtando com o meu curso de administração Alfred achava graça, afinal  Gregory sempre foi contido, tímido. E eu totalmente o contrário... bom de boca fechada eu até sou bem passável, mas o fato de eu ser uma drama queen entrega que eu sou muitas coisas, menos hetero.  Mas hoje a praga que o professor Kendric passou  estava especialmente pior,  um trabalho que vale um terço da nota de contabilidade gerencial não podia fazer menos que derreter os seus pensamentos e caramba aquele professor asqueroso fez isso com louvor. Eu não acertava nenhuma única questão e serio estava prestes a queimar meu caderno quando Alfred enfim desistiu de me ver dando chilique e disse que ele ficaria bem com a minha mãe e que eu podia procurar a Evy, minha nerd favorita e eu claro não fui, eu voei até a mansão da minha amiga fabulosa que ficava perto da de  Alfred. Atenderam o interfone com o jeito formal e eu já estava meio sem ar. Entrei na sala dela no meio do meu chilique eu sinceramente não ligo se o boy dela não ia com a minha cara. Eu precisava de ajuda e não ia reprovar pra viver mais um ano tendo aula com aquele chato, foi quando um gato se ofereceu para ensinar a matéria que até a gastíssima da Evy não sabia que eu percebi que eu estava no meio do paraíso, três gostosos em tão pouco espaço meu coração não aguenta. Carter o zangadinho que casou com a minha amiga parecia feliz com algo e ofereceu ajuda junto com o gato supremo que estava sentado no sofá com a maior pinta de poderoso chefão mexendo no celular. Carter logo puxou minha amiga de lá e  meu celular vibrou em meu bolso, peguei meu telefone, e eu havia recebido um tapa no grindr, era ele, o gostoso misterioso, amigo do babaca do namorado da minha amiga, eu claro... correspondi o tapa olhando pra ele por cima do meu ombro, em meio a um sorriso, e ele se aproximou de mim.

-Sou Lucca Pretchelli, você? Ele disse meio formal, com um sorriso escondido nos lábios, enquanto guardava o telefone do bolso.

-Sou Louis Sterling! Respondi, mordendo meu lábio inferior enquanto olhava ele guardar o telefone.

-Sabe você faz muito o meu tipo de homem... acho que percebeu pelo tapa ne? – Sorrio com o canto dos lábios - que tal eu te ensinar o trabalho e a gente sair logo daqui?

 - Você é um gato, não me leve a mal, seria ótimo fugir desse tédio aqui com você, mas não quero arrumar problemas com a minha amiga.

- E por que nós seriamos um problema para sua amiga?

- Por que você é amigo do macho dela que já não gosta de mim e não quero forçar ele a me engolir! Informei honesto sentando no chão onde as coisas da minha amiga ainda estavam 

- Se eu bem conheço aquele babaca, e acredite eu conheço. Ele ainda não havia notado que você é gay e estava se roendo por ver que alguém tinha a atenção que ele quer!

- Eu também acho! Então vamos fazer uma pequena aposta se os dois saírem daquele escritório desalinhados, eu saiu com você!

-Se eu fizer o Carter admitir que estava com ciúmes de você o que eu ganho? Ele propôs tornando tudo mais interessante

-Um beijo hoje e logo na hora que ele disser! Eu disse duvidando que o macho alfa da minha amiga fosse dizer algo, mas admito que torcendo para que diga.

- fechado! Lucca disse e apertamos as mãos pra firmar a aposta.

Carter saiu do escritório ainda com as mãos juntas as de Evy e visivelmente desalinhados e no caso da minha amiga vermelha de vergonha e como meio constrangimento não vale.

-Carter diz ai você não gostava dele por ciúme da sua esposinha ou ainda não notou? Lucca foi direto e Carter parecia estar bastante acostumado por que apenas respondeu

- Você é muito enxerido pra que serve saber isso?

- Por que não responde afrouxou?

-Sim Eu estava com ciúme, desculpa ai mano! Carter disse e Lucca simplesmente puxou meu rosto me beijando intensamente e que beijo o italiano tem.

Um Amor Por TestamentoOnde histórias criam vida. Descubra agora