Encontro (Louis e Lucca)

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                                                                    *PONTO DE VISTA DO LOUIS*

Saímos correndo daquele sofá, e eu me sentia engraçado até porque o date veio depois dos amassos que demos naquela sala e na frente da minha amiga, que eu nem sei o que deve estar pensando disso, mas conhecendo como eu conheço deve estar imaginando uma linda história de amor pra mim, isso é claro se o boy dela não estiver mantendo ela ocupada, Mas voltando ao meu encontro. Eu achei importante termos um date antes mesmo dos próximos beijos, que diga-se de passagem eu queria bastante.

Eu estava com a bizarra impressão de que com Lucca poderia ser mais, eu entrei em seu carro que digasse de passagem é maravilhoso e nem ganhando o melhor salario da minha área de formação eu conseguiria alugar, quem dirá comprar, mas não fiquei muito tempo dentro dele, nem mesmo o momento de silencio dentro do carro chegou a se tornar constrangedor como achei que seria até que chegamos ao Paris Baker.

 Um café bem próximo de onde estávamos, pegamos uma mesa e me sentei ao lado dele, estávamos meio quadrados, acho que é mais fácil começar do beijo do que da conversa porque sou péssimo em situações sociais, tão ruim nisso que não percebi que eu precisava sentar de frente pra ele e não ao seu lado.

- Acho que você sentado aí dificulta muito o nosso diálogo, afinal não é um encontro de casais- disse ele enquanto meu rosto queimava de vergonha com seu tom irônico e brincalhão, eu sei que não se tratava de um crítica embora fizesse muito sentido. - Desculpa, eu sou meio novo nisso - disse enquanto me arrastava pelo banco e tropeçava na mesa fazendo o saleiro balançar. Ele sorria de lado como se quisesse gargalhar mas se conteve.

-Não precisa se preocupar tanto, eu também não costumo sair tanto quanto deve estar imaginando! Lucca me respondeu

- Então que a gente faz nesses dates, por que acredite você tem mais experiência nisso que eu? - Perguntei afinal eu sempre achei mais fácil a agilidade do grindr de felicitar o contato com os caras que eu queria pegar.

- Bom... a gente se conhece - Disse ele, com um ar de tudo era muito fácil, a segurança dele me irritava, me intrigava e eu ficava um pouco excitado. - as redes de relacionamento são uma benção e uma maldição não são ? Eu as vezes fico pensando como nossos pais se conheceram sem toda facilidade do tinder e do grindr. - disse ele me olhando fixamente, eu estava desconcertado afinal ele dizia tudo com muita facilidade, era como se as palavras fossem se formando em sua cabeça enquanto ele me analisava. - É eu acho que gosto da praticidade que essa redes me trazem, eu não sei muito me expressar.. acho que fico confuso com o que devo falar e sei lá fica mais fácil no físico. - Disse com medo de como as palavras irias soar fora da minha boca. - Eu te entendo, acho que somos condicionados em nossa geração a se apoiar na felicidade de um diálogo raso, mas eu não curto muito isso... bom só quando estou excitado as 03:00 da madrugada e quero receber um nude aleatório ai recorro a esta facilidade, mas no geral prefiro um diálogo assim, cara a cara.  Corei, ele era confiante de mais eu estava totalmente fora da minha zona de conforto, eu queria arrancar a minha roupa naquele momento e ir com ele no local mais próximo, mas de certa forma ele queria me conhecer, ele queria algo mais profundo, ele queria algo inédito no nosso meio e em nossa geração... ele queria me conhecer. - Ok, vamos lá.. me fale um pouco de você, e se você não souber por onde começar essa "entrevista"-  sorriu - pode começar falando sua cor favorita. - Tá, tenho certeza que você não vai acreditar e vai achar estranho, mas laranja é uma cor maravilhosa não acha ? - falei já gargalhando pois sei da reação adversa que as pessoas tem com laranja. Em um sobressalto ele disse: - Não, laranja não pode ser a cor favorita de ninguém, como assim? Lucca respondeu me fazendo rir.E defendendo o caso de como laranja podia sim ser a cor favorita de alguém começamos um diálogo bem divertido, nossos cafés chegaram e esfriaram enquanto conversamos sobre as coisas mais banais, e foi absurdamente divertido, foi algo bem diferente do que eu já estava acostumado e a sensação de que com ele eu poderia passar dias apenas conversando se fez tão presente em mim quanto a eletricidade, que seu toque em minha mão me causava.

Meu celular começou a tocar e acabei pegar para atender um pouco contrariado de ter que pausar a conversa

- Oi Lou! Ouvi a voz da Cassidy uma amiga da universidade ela é legal a maior parte do tempo, mas as vezes dava umas cortadas irritantes que de certa forma me deixava com um pé atrás com ela.

- oi Cassy, to meio ocupado agora é importante? Responde sorrindo para Lucca

                                                                                * PDV DA CASSIDY*

- O Alfred não te deu o fim de semana de folga dessa vez? Perguntei me fazendo de interessada, mas do que nunca esse trouxa me é útil, desde que eu coloquei meu olhos na orfãzinha sem sal eu quis a vida dela e eu vou fazer o que puder para conseguir.

-Deu mais eu to na rua com alguém agora!  Ele respondeu com a voz baixa.

- Isso é que é novidade, vou querer saber de tudo depois amigo, tchauzinho! Era muito irritante ser falsa assim o tempo todo me fazendo de gentil, mas eu precisava disso para conseguir o que eu queria.

-Claro até depois! Louis desligou

Até que enfim aquele babaca acordou para vida não é por que você perde alguém que a sua vida para.

Eu sei que agora que a minha irmãzinha não é mais esposa do meu chefinho gostoso. O amigo estrangeiro nerd dele vai vir atrás dela como um romântico apaixonado, eu é claro, vou me aproveitar disso para colocar meu plano em pratica e garantir que o babaca do meu chefe e a minha irmã me pagam uma grana para simplesmente não entregar a verdade.  O melhor é que posso fazer isso de modo anônimo, vou apenas precisar de uma boa festa para a oportunidade certa e ai  vou ganhar uma boa fortuna e no fim ainda vou destruir o romance da órfã com o maridinho, justo quando ela estiver acreditando que o amor deles é verdadeiro.

 Vão ser dois anos muito divertidos para mim! Mais para que tudo corra da maneira certa preciso dar um jeito de contratar alguns idiotas facilmente manipuláveis para fazer o que eu quero.

Segui para a parte mais pobre da cidade, não queria alguém conhecido estragando os meus planos.  Precisava de dois homens fortes e burros para me ajudar a forjar a cena e ai vai ser necessário apenas aguardar a hora certa, que eu já tinha em mente quando seria a empresa faz aniversario em breve e todo o ano Anton faz uma grande festa para que os funcionários se divirtam e como secretaria do Anton eu obviamente tenho toda a lista de convidados e será fácil colocar estranhos na festa. Agora eu precisava me aproximar mais da minha queria amiga Evangeline.
Afinal o que poderia ser melhor do que assistir o circo pegar fogo?

Um Amor Por TestamentoOnde histórias criam vida. Descubra agora