-São poucos compromissos nesse mundo que me fariam não receber você! Carter falou se levantando e dando a volta na mesa. Me beijou rapidamente e depois perguntou
A Cassidy já havia saido, mas eu ainda não me sentia confortável em conversar sobre qualquer coisa ali tão perto, não que não tivesse acreditado no que a Cassie falou, mas algumas informações ela queria apenas entre os dois.
-O que está achando do seu primeiro dia ? A Cassidy disse que está com o Marketing.
- Sim estou, a empresa é grande e bonita como eu imaginei, mas ainda não pude explorar estou na sala de arquivos!
- ah sim o Júlio veio com aquela de treinar olho artístico?
- sim! O que eu achei uma péssima ideia...
- como assim?
- sabe qual foi um dos documentos "artísticos" que eu vi por ali...
- qual?
- Nosso testamento empresarial para quando eu começar oficialmente aqui.
- então entendeu por que pedi a Cassie que colocasse você inicialmente ali!
- sim entendi! A Cassie não se dá com o Marketing evite mandar ela até lá para evitar conflitos.
- qual é a nossa política para relacionamentos interpessoais?
- não são proibidos, mas não podem ocorrer em situação passível a assédio, ou seja o dono da empresa e a estagiária. Disse me dando um beijo
- que bom que sou a dona então, disse sorrindo ainda com os braços de Carter em volta de mim e lhe beijando de novo, mas logo que o soltei olhei no relógio em meu pulso
- preciso ir! Pegaria muito mal a estagiária chegar atrasada no seu primeiro dia, logo após o almoço
- preciso mesmo te deixar ir?
- te beijo o quanto quiser quando eu voltar da universidade.
- droga ainda tenho que esperar isso!
- não sai da faculdade sem que esteja com o Louis ou comigo e claro seu carro ou com o nosso motorista. Ainda temos aquela ameaça não corra riscos desnecessários ok?
- tá bom! Vou me cuidar, mas agora tenho mesmo que ir!
Logo peguei o elevador para o meu cativeiro temporário. Por mais que eu quisesse ficar nos braços do meu marido não podia mais perder aulas, afinal minha agenda escolar estava começando a se normalizar depois de tudo que vive esse ano.
Ainda não tinha um ano as vezes ainda chorava quando ouvia uma música, via um filme comia algo ou dependendo ouvia falar do meu pai não ter ele aqui me machuca, mas algo em viver a vida que ele imaginou pra mim também me acalenta, eu cheguei no meu andar e o Júlio veio de cara me ver
- sabe pra alguém que acabou de chegar não acha que está se amigando rápido demais com as pessoas?
- honestamente não sei o que quer dizer
- Cassidy é manipuladora e vingativa sei que é uma postura anti ética, mas você parece legal demais pra acabar se ferrando por conta dela.
- ela me disse que foi apaixonada por você e que tentou mesmo tirar sua noiva daqui por ciúme quando notou o interesse entre vocês
- ah então é isso que ela diz? Ele perguntou com um sorriso de canto
- entendo que não goste dela, mas gosto de tirar minhas próprias conclusões e honestamente deveriam falar no RH sobre o relacionamento de vocês a Messer tem a honestidade e a transparência como pilar, não acho que seriam punidos por amar, mas podem ser por omissão
- está ameaçando dois dos seus chefes imediatos por uma garota que não vale o prato que come. Está jogando contra si!
- não é uma ameaça Júlio, juro que não, eu amei a Mandy e vocês dois parecem ter uma parceria orgânica e sintonizada que faz muito sentido, mas se todo mundo sabe qual a chance de isso seguir irrelevante? Escuta o meu conselho prometo que vai ser a melhor decisão! Eu sugeri e segui de volta ao arquivo para continuar o meu serviço.
Nem mesmo vi as horas passarem li e organizei os arquivos da melhor maneira que pude e de fato marketing e planejamento não estavam com a sintonia adequada o planejamento parecia um setor um tanto antiquado e marketing um setor vanguardista eu queria muito saber quais as ideias de melhoria que Júlio e Mandy tinham em mente pretendia começar a dar uma espionada no dia seguinte.
Eu segui para a saída do prédio e meu suposto pai estava já a minha espera, mas antes de eu entrar no carro eu o vi tão asqueroso quanto me lembrava com um sorriso de canto, ele não pretendia me seguir tanto que seguiu para o lado oposto, ele queria que eu soubesse que ele sabia exatamente onde me achar. Eu ao contrário de alguns dias atrás me recusei a chorar não daria esse gostinho a ele eu fiz algo que nunca vi as mocinhas e heróis dos livros que eu lia fazer entrei no carro e pedi a Rogers que me levasse até a delegacia mais próxima, eu tinha um perseguidor e quanto a isso eu só tinha aquela opção Francis parecia determinado a tornar minha vida um inferno e isso me deixou em pânico, apesar de Carter querer me proteger eu tinha que aprender a me impor, a cuidar de mim mesmo que eu e Carter tenhamos uma vida juntos ele não pode me proteger todo tempo tenho que fazer isso por mim
- oi tudo bem? Um policial se aproximou
- olá sou Evangeline Davenport e gostaria de prestar queixa contra um perseguidor
- pra sua sorte sou o detetive Gabriel Keller
- desculpe mais não sei como agir
- só me conta o que está havendo e se quiser ele pode esperar lá fora! O detetive falou gentil
- não Roger é como um pai pra mim
- eu sou filha adotiva de um grande empresário já falecido Anton Messer, antes de ele me conhecer e me adotar eu fui adotada por um casal os Diggle eu tinha doze anos e o Francis Diggle me assediava constantemente quando a esposa não estava. Eu consegui convencer a esposa dele a me devolver ao lar adotivo antes que esse homem me tocasse, só que ele agora reapareceu em minha vida dizendo que vai me destruir como eu fiz com ele, já que depois do que contei as feiras do orfanato onde cresci ele deve ter sido retirado das fichas de adoção.
- vamos investigar com certeza
- ele mandou uma carta e hoje ele estava no outro lado da rua do meu serviço eu estou com muito medo do que ele pode fazer comigo ou com meu marido detetive! Declarei chateada
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Um Amor Por Testamento
RomanceO que se pode esperar da vida quando você se torna orfã antes mesmo de nascer? Confusão, tristeza e muita loucura não é? Eu garanto que não esperava nada até Anton Messer entrar na minha vida. Bilionário e sozinho viu em mim uma filha, mas a morte...