Príncipe Tirano e Princesa Caída

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A princesa Lynae Beaucourt sofre uma tentativa de assassinato

Há mais de uma semana a então princesa da Grã-Francia, Lynae Beaucourt, quase foi morta por um snölês.

De acordo com fontes seguras, o homem se infiltrou dentro do castelo d'Mers ocupando o posto de um dos guardas. Ele chegou a encontrar a princesa e agredi-la seriamente, inclusive com uma faca, ferindo-a gravemente.

Felizmente, esse bárbaro ataque não resultou na morte da princesa. Ela está se recuperando bem e não ficará com nenhuma sequela do ataque, além da psicológica.

O snölês, cujo nome não foi divulgado, foi morto por um dos verdadeiros guardas do castelo, que resgatou a princesa, com uma bala direto no peito. Acredita-se que a motivação dele foi por conta da aliança, por achar que a recente união de Snöland com a Grã-Francia não será benéfica.

Ryland largou o tablet em cima da mesa sem sequer terminar de ler. Ele respirou fundo, apenas para não trincar a tela do objeto com um soco.

Achou que tinha sido claro quando exigiu que ninguém dissesse nada, mas é claro que dinheiro oferecido por um jornalista era mais interessante do que seguir ordens. Não era difícil de entender. Também não era a primeira vez que isso acontecia. Mas irritava Ryland todas as vezes.

Ele ergueu os olhos e encontrou sua mãe em pé perto da janela, olhando lá fora e para seu irmão, Mitchell, que estava sentado no outro sofá.

Sua mãe tinha chamado Ryland para ler essa notícia específica e ele sabia que não podia ser algo bom.

– Sabem quem foi que deu a informação para o jornal? – Ryland perguntou debilmente.

– Claro, Ryland. Eu sei perfeitamente quem foi, porque tenho um controle absoluto sobre o que cada pessoa desse castelo pensa, diz e faz. Eu sou Deus. – Emilie sequer se deu ao trabalho de olhar para seu filho, mas o sarcasmo escorria evidentemente por suas palavras feito veneno.

– Certo. – disse Ryland, amargo.

– O que vamos fazer? Porque acho que não deveríamos deixar uma coisa dessas passar. – Mitchell começou – Uma coisa é transmitir fofocas do castelo, outra coisa totalmente diferente é expor um assunto delicado como esse.

– Você está certo – Emilie finalmente se virou para seus filhos os encarando. Ela estava mais simples naquele dia. Vestia uma calça preta, salto alto vinho e uma blusa branca. O cabelo dourado dela estava preso em uma trança simples por sobre o outro. Ainda assim, sua altivez e realeza estavam presentes em cada gesto dela, até mesmo piscar. – Mas vai ser difícil nos fazer entender quando não sabemos quem foi. Então, vamos ter que estabelecer uma punição geral.

– O que? – Ryland franziu o cenho, confuso.

– Acho que devemos diminuir o salário dos funcionários.

– Mãe! – Mitchell se levantou, arregalando seus olhos – Não pode fazer isso. É contra a lei, a menos que diminua o salário mínimo de toda a população. O que eu não recomendaria – acrescentou o príncipe ao perceber que poderia dar uma ideia cruel para sua mãe.

– Então aumente a carga horaria de trabalho. Não, melhor ainda. Corte as regalias que esse emprego oferece, como plano de saúde e suporte familiar – Emilie dizia aquilo como se não fosse nada demais tirar o direito adquirido das pessoas. – Isso até a pessoa que vazou a informação se manifestar. Deixe claro o motivo desses cortes, Ryland.

Os olhos do príncipe regente se cravaram em sua mãe com incredulidade estampada em seu rosto. Estava esperando que ela voltasse atrás, mas Emilie estava implacável.

A Ascensão do ReiOnde histórias criam vida. Descubra agora