Mitchell deveria ter voltado para a reunião e avisado sua mãe que Ryland não compareceria. Ele supôs que seu irmão iria atrás de Alessa e não de Emilie. Ao invés de voltar, ele foi direto para seu quarto. De repente, sentiu-se muito cansado. O dia foi muito longo.
Quando abriu a porta, encontrou Anne saindo de seu closet. Assim que o viu, as bochechas dela coraram e ela fez uma reverencia apressada.
– Alteza, eu estava apenas colocando sua roupa passada...
– Tudo bem, Anne. Eu sei que só está fazendo seu trabalho. – Ele esboçou um sorriso gentil e as bochechas de Anne se coloriram ainda mais. Ela era uma mulher bonita, com seus cabelos loiros cacheados presos em uma trança cumprida, seus olhos castanhos claros e o rosto delicado, ainda mais com as bochechas rubras.
Ele desviou o olhar dela e levou a mão ao pescoço, sentindo um nó de tensão se formando ali. Se continuasse lidando com os problemas de Ryland e com sua mãe, ele acabaria enfartando aos trinta anos. Ainda mais com seus recentes sentimentos pela esposa de seu irmão, não tinha como manter a paz de espirito com uma coisa dessas na cabeça.
– Cansado, Alteza? Eu poderia preparar um chá de camomila ou de ervas para o senhor. – ela falou com ternura – Eu vou preparar imediatamente.
Anne estava prestes a sair, quando Mitchell a segurou delicadamente pelo braço.
– Não, não precisa ir – ele disse quase em um sussurro.
A criada o olhou com os olhos arregalados. Seus cílios, assim como suas sobrancelhas eram tão loiras quanto seus cabelos. Tinha uma boca bonita também, com lábios finos e rosados.
Mitchell sabia o que estava prestes a fazer e todo o seu lado racional estava gritando para ele se afastar. Não faça isso, Mitchell, você sabe como termina, ele pensou.
Ainda assim, ele deslizou a mão pelo braço dela, pelo antebraço até a sua mão, a qual ele segurou. Mitch ergueu os olhos para os dela e se aproximou, até que seu corpo quase se encostasse contra o dela. O príncipe ergueu as mãos, envolveu o rosto da criada suavemente e se aproximou lentamente, dando tempo para que ela se afastasse, se quisesse, mas Anne permaneceu imóvel.
Mitchell a beijou, sentindo um gosto de cacau nos lábios de Anne. Assim que ele enfiou a língua em sua boca, ela gemeu, o que fez o príncipe se afastar ligeiramente, deixando as mãos nos braços dela.
– Não quero que se sinta obrigada a fazer nada porque sou seu chefe – ele se apressou em dizer.
O rosto de Anne, àquela altura, estava completamente manchado de vermelho.
– Eu quero. – Para provar que falava sério, ela abriu o zíper de seu vestido e deixou que ele deslizasse por seu corpo até o chão, deixando-a apenas com a camisa branca de mangas cumpridas e com a meia calça. Ela começou a desabotoar a blusa, revelando os seios redondos e firmes, escondidos por um top cinza. Apesar de estar certa do que fazia, Anne parecia insegura e suas mãos estavam trêmulas.
O príncipe se aproximou e afastou as mãos dela de sua camisa, abrindo ele mesmo os botões. Ele beijou o pescoço dela enquanto retirava a peça de roupa. Abaixou-se e beijou a clavícula dela, depois o contorno de seus seios, desceu mais e beijou sua barriga, abaixando sua meia-calça e tirando seus sapatos.
Sabia que Anne sentia alguma coisa por ele, mesmo que não o conhecesse. Sentia-se profundamente sujo por usar isso, por estar usando ela, mas ignorou tudo isso. O fato era que não queria parar. Era isso que ele sempre fazia para afogar suas mágoas. Não whisky, como Ryland, mas mulheres.
Ele se levantou novamente, colocando as mãos na lombar nua de Anne, trazendo-a para junto de si. Beijou-a novamente. Mas não estava pensando em Anne enquanto beijava a boca dela, deslizando as mãos por suas costas, traçando a linha de sua coluna. Ele pensava em uma outra mulher, de pele pálida e macia, longos cabelos negros e olhos diferentes, um castanho e outro azul.
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A Ascensão do Rei
Romans*Continuação da história A Rainha da Neve* Snöland e o reino da Grã-Francia já se enfrentaram em uma guerra sangrenta mais de cinco décadas atrás. O reino nórdico perdeu a guerra, mas também perdera sua reputação com os outros países e a liberdade d...