A Ascensão do Rei

Problemas Reais

Lynae não pôde ir com Ryland na reunião para discutirem o protesto porque aparentemente o príncipe estava levando muito a sério o seu ultimato e, como ela não foi ao psicólogo, não podia desempenhar seu papel como princesa.

Mas pelo que ficou sabendo, não havia muito a ser feito já que os funcionários estavam exercendo o direito deles de protesto. Como era pacifico, não precisava de intervenção policial ou dos guardas do castelo. Além disso, muitos dos funcionário não foram se manifestar contra as medidas impostas por Ryland. Muito provavelmente com medo de perder seus empregos, embora seja ilegal demitir alguém por se manifestar.

Não sabia o que Ryland pretendia fazer, já que ele não fora para o quarto naquela noite e tampouco fora tomar o café da manhã. Ela esperava que o problema não fosse maior do que ela pensava. Era só um protesto, certo?

É claro que assim que a mídia soubesse iria ser um prato cheio.

Não sabia porque, mas esse problema a estava deixando ansiosa. E ansiedade a deixava nervosa.

Assim que o café da manhã terminou, Lynae viu a rainha se levantar e se dirigir para o hall do castelo, ao invés de ir para o corredor que levava a sua sala, como sempre fazia. Lynae normalmente não reparava nessas coisas, mas queria mesmo fazer parte dos acontecimentos do castelo e do país, de forma que se levantou e a seguiu, de longe.

Anneli ficou em seu encalço andando rápido ao lado da princesa.

– Onde estamos indo?

– Eu quero saber o que está acontecendo.

A rainha estava parada no centro do hall conversando com um de seus secretários. Parecia estar esperando por alguém.

– A gente tem que se esconder? – Anneli sussurrou contra o ouvido de Lynae olhando para os lados como se procurasse algo.

Lynae não tinha percebido, mas estava parada atrás de uma pilastra com o pescoço levemente inclinado para o lado, para conseguir olhar o que estava acontecendo.

Era ridículo não poder perguntar isso para Ryland, porque sabia que ele não diria nada a ela. Lynae teve que perguntar tudo que sabia flertando com um guarda. Sentiu-se um pouco como Jonathan ao fazer isso.

– É. A gente tem que se esconder?

Lynae deu um pulo ao ouvir aquela voz, girando sobre os calcanhares para olhar para a pessoa logo atrás dela. Anneli apenas se virou, sem espanto algum.

– Mitch?

– Olá, Alteza! – Anne disse totalmente receptível.

– O que você está fazendo atrás da pilastra? – Mitchell perguntou com um sorriso divertido no rosto.

Lynae pigarreou para limpar a garganta e ajeitou sua postura.

– Ryland não quer que eu participe de nada enquanto eu não for no psicólogo. Então, eu estava tentando descobrir as coisas sozinha, sabe.

– Ryland é cheio de ideias – Anneli cruzou os braços e revirou os olhos. Ela não tinha gostado dessa ideia particular de Ryland e nem estava muito receptiva em relação a ele ultimamente, mesmo que o príncipe tivesse decidido manter Lynae na Grã-Francia. Anne tinha dito para a princesa falar caso Ryland usasse isso como chantagem e, se isso acontecesse, Anneli tinha prometido introduzir objetos dolorosos no reto dele.

– Na verdade – Mitchell coçou a nuca, desconfortável – Eu concordo com ele.

Lynae franziu o cenho.

Antes que pudesse dizer algo, pode ver Ryland se aproximando deles.

– O que vocês estão fazendo aqui?