꧁ 41 - Neon ꧂

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  New York - 15 de Setembro - Sexta-feira - 21:40 PM

Pov Melinda

— Você viu o tamanho daquele sapo no começo? Eu pensei que ele sairia da tela e pularia em cima de mim! — Emilly comentou, entre risos, tínhamos acabado de sair da sala de cinema e comentávamos sobre o filme que assistimos.

— Ah, mas foi fofo a atitude dele, eu com certeza faria uma coisa dessas por amor. — enfiei o resto de pipoca que havia dentro do balde em minha boca e segui Emilly até o estacionamento do cinema. Havíamos assistido love and monsters, o filme se passa em um mundo pós-apocalíptico, e o ator principal meio que abandona tudo e sai para a "superfície" a fim de encontrar a sua amada. O plot do filme era espetacular.

— Claro, ele só beijou um velho enquanto alucinava e no final a menina nem sequer sentia o mesmo sentimento que ele. — fiz uma pequena careta e soltei outra risada, nunca vou esquecer a cara que Joel fez após descobrir que beijou um velho e não a Aimee.

— Pelo menos eles se beijam no final. — pontuei, ela concordou e entramos no elevador, descendo para o subsolo.

Peguei as chaves do carro, que descobrir ser um audi r8 e destravei o mesmo, mas antes que eu pudesse entrar, a chave foi arrancada de minha mão por Emilly. Olhei confusa para ela.

— Eu dirijo dessa vez. — disse por fim e sentou-se no banco do motorista, dei a volta e me sentei no seu antigo lugar.

Ela dirigiu por algum tempo pela cidade, pensei que voltaríamos para o apartamento, mas parecia estarmos saindo da cidade, os prédios grandes e luxuosos ficavam para trás sendo substituídos por ruas sujas, casas e apartamentos meio precários. Senti um pouco de medo, confesso. Olhei para Emilly e ela dirigia concentrada, por um momento esqueci o medo que me rodeava, apesar de tudo sua presença me fazia eu me sentir segura.

Ela dobrou em uma pequena e escura rua, enquanto observei o lugar com atenção, havia pessoas dormindo sobre papelões despejados pelas calçadas, outras catando o que comer pelas lixeiras e outras coisas mais, as cenas me fizeram sentir pena após perceber como esse mundo era injusto. Enquanto tantas pessoas faltavam nadar em dinheiro, outras viviam em situações como essas.

Senti a velocidade do carro diminuir e perder totalmente o movimento após parar em frente a uma construção que havia apenas uma porta bem decorada. Emilly saiu de dentro do carro e abri minha porta fazendo o mesmo, ela o travou e olhei para trás vendo mais dois carros pretos estacionando próximos, consegui ver Marcos e Alfred num deles.

Deixei minha atenção nos carros e voltei ela para às portas de metal super decoradas, Emilly estava com a mão estendida na minha direção, a agarrei e abrimos uma das portas.

Para minha total surpresa o lugar era um bar, pela a falta de letreiro eu imaginava ser tudo, até mesmo um ponto de droga, mas não um bar. Entramos no ambiente muito bem decorado e fomos caminhando em direção algumas pessoas. Apertei firme o braço esquerdo de Emilly e caminhei ao seu lado.

No teto do lugar havia muitas figuras aleatórias de led coloridas, protegidas por uma camada de vidro e figuras de doces feitos de resina era possível encontrar em cada canto do local, havia também um enorme balcão, separando os clientes das garrafas de bebidas espalhadas pelas grandes prateleiras de vidro.

Na extensão das paredes do lugar havia muitas pichações, os bancos de madeira escura eram revestidos de couro marrom na parte dos assentos, mesas com capacidade mínima de seis pessoas eram espalhadas por um lado só do local.

O lugar estava meio cheio apesar do horário em que nos encontrávamos, de repente fui tirada dos meus pensamentos quando escutei Emilly me apresentando a algumas pessoas.

Acenei meio envergonhada para a maioria e apertei a mão de todos. Ela falou mais alguma coisa com eles e me arrastou em direção a umas escadas que levavam para a parte de cima. Subimos todos os degraus e entramos em um ambiente diferente do lá de baixo.

Aqui em cima, a iluminação era tomada por led azul escura e luzes ultravioleta, Emilly olhou para trás me conduzindo cada vez mais para dentro do lugar. Como lá em baixo, havia um grande bar, uma música lenta e sensual tocava um pouco alta e havia mulheres seminuas dançando em alguns poli dance que se encontrava por ali.

Caminhamos até uma pequena mesa, ela era mais afastada de onde havia um movimento maior de pessoas. Nos acomodamos nela e vi um homem baixinho se aproximar, ele falou algo no ouvido de Emilly e se retirou. Estranhei um pouco, mas fingi indiferença.

— Gostou daqui? — ela perguntou de repente, levei meu olhar para seu rosto e concordei.

— Sim, é bem diferente do que estou acostumada a frequentar. Eu gostei. — fui sincera. Apesar da localização ser meio esquisita, o lugar passa uma vibe acolhedora.

— Sei que eu disse que se caso tivéssemos um encontro, eu levaria você para a praia... — o que ela estava falando? Meu deus, realmente estamos em um encontro?

— Encontro? Estamos em um? — arquei uma das sobrancelhas, novamente o cara voltou a se aproximar com algumas bebidas em uma bandeja e se afastou logo que as colocou em cima da mesa.

— Não sei, como prefere rotular o momento que estamos tendo hoje? — sua voz foi sugestiva e saiu de uma forma um tanto maliciosa, ela passou seu braço direito por cima de mim e o apoiou logo atrás do meu corpo, no encosto da cadeira.

— Passeio entre amigas? — sugeri, ela levou o copo de sua bebida a boca e tomou um gole da bebida escura. Ouvi ela rir baixo após ouvir o que eu havia falado, e agora foi minha vez de tomar um gole da minha bebida.

— Passeio entre amigas? — indagou, concordei e pousei meu copo na mesa. Vi ela aproximar o rosto do meu e deixar um beijo em minha bochecha que logo desceu para meu pescoço. Olhei ao redor meio receosa de ter alguém nos observando, mas todos pareciam bêbados demais ou apenas perdidos no próprio mundo.

— Somos amigas, certo? — perguntei tentando impedi-la de começar a me beijar ali. Seu rosto iluminado apenas pelo led azul lhe deixava sexy, essa mulher é linda demais.

— Talvez, amigas se beijam? Se sim, eu adoraria ser sua melhor amiga. — falou baixo, próxima ao meu ouvido esquerdo, senti minha intimidade ficar úmida com sua insinuação.

Uma risada baixa escapou pelos meus lábios e procurei pelo seu olhar, ela encarava minha boca quando analisei seu rosto.

— Perdeu alguma coisa aqui? — a provoquei, sua boca se curvou em um sorriso de lado, aproximei nossos rostos e deixei um selinho sobre seus lábios. Recuei devolvendo distância entre nós, mas ela agarrou um punhado do cabelo da minha nuca e iniciou um beijo lento.

O gosto forte do seu whiskey se fez presente quando nossas línguas se tocaram, minhas mãos impacientes foram para sua nuca a puxando cada vez mais para perto do meu corpo, sentia que a qualquer minuto nos fundiríamos uma na outra. Minhas pernas foram agarradas com força e ela me puxou para cima do seu colo, ri contra sua boca e coloquei uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, sem quebrar o beijo.

Senti suas mãos entrarem por dentro da minha saia que a essa altura já não cobria tanto assim minha bunda, rebolei o quadril contra o seu e pude sentir o seu volume contra minha intimidade. Ela apertou firme minhas nádegas quando voltei a provocá-la, esfregando meu sexo no seu por cima da roupa.

— Se continuar com isso, vai ter que resolver essa merda, e quero muito mais do que só um maldito boquete, entendeu? — bateu em minha bunda e mordeu o meu lábio inferior. Concordei sem noção nenhuma, eu estava enrolando-a faz um tempo, mas cada dia que passa o desejo de descobrir como é tê-la dentro de mim, só aumenta.





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Seguinte, acho q não vou ter mais dias certos para postar, a saga sem internet continua e tá meio complicado cumprir com as datas de entrega dos capítulos e gente esse mês tá muitooo corrido, final de bimestre e semestre pra estudante não é fácil, mas relaxem, as férias está chegando, prometo não sumir, beijos <3

THE CONTRACTOnde histórias criam vida. Descubra agora