New York - 16 de Março - Sábado - 12:57 PM
Pov Alecxa
— A sua futura ESPOSA! — deu ênfase no esposa, revirei os olhos e sorri, eu sei que deveria ter avisado antes para ele, mas ele iria saber, então iria ser dois trabalhos.
— Caraca ela é uma menina para você. — admirou-se olhando para o papel, arqueei uma sobrancelha e o encarei, me senti ofendida. Ele me olhou e sorriu.
— Estou dizendo que ela é nova demais para você, seu tipo não são mulheres mais velhas?
— Não estou me casando por amor Felipe, a idade dela não faz diferença, e meu tipo não são mulheres mais velhas, são mulheres experientes.
— Resumindo, prostitutas. — balancei a cabeça em negação e Miranda entrou com meu almoço.
— Pode deixar aí Miranda, obrigada. — ela colocou o almoço na pequena mesa que havia no meio da sala. Levantei indo me sentar no sofá, o peguei e Felipe continuou.
— Enfim, ela tem 19 anos — isso eu já sabia — sua melhor amiga se chama Vanessa Hall, tem uma irmã, a ficha dela é limpa. — ele franziu as sobrancelhas.
— Que foi? — perguntei com a boca cheia.
— Ela não tem nada na ficha escolar, é praticamente uma santa, boas notas, nunca assinou um termo, várias medalhas e nada de drogas.
— Isso é bom? Não? — ele não falou nada, só continuou lendo.
— Sua cor favorita é azul, tem um gato de estimação chamado guacamole — parei de comer e ri até minha barriga doer.
— Quem coloca o nome do gato de estimação de guacamole? — falei ainda rindo.
— Ela. — ele veio até mim e pegou uma batata do meu prato, o repreendo e bato em sua mão.
— Continuando, gosta de ler, e nunca esteve em um relacionamento sério. — hm, isso sim é interessante. A garota tem quase vinte anos e nunca esteve com alguém? Está esperando o que? O príncipe encantado?
— Foi esses dados que encontrei sobre ela, tem também número de telefone, os cartões de crédito dela, número de documentos, ficha médica e um monte de outras coisas. — ele falou se sentando e entregando a folha. — falando em ficha médica, ela passou um tempo fazendo o uso de remédios para ansiedade.
— Hm — foi apenas o que eu falei enquanto analisava os papéis. — disse que tinha más notícias, não vi você falar nada demais sobre ela, tirando a parte sobre os remédios para ansiedade. — ele colocou a mão no bolso da sua calça e retirou de dentro um pendrive. Sua expressão estava seria.
— Você não vai gostar disso aqui. — o encarei e peguei o pendrive, me levantei e fui até o computador, queria ver o que tinha ali. Coloquei o pendrive na entrada do computador e apareceu apenas uma pasta na tela, cliquei em cima e havia outras pastas com nomes de mulheres. E entre os vários nomes lá estava o dela, franzi a testa sem entender nada e cliquei no nome dela, abriu uma nova aba e mostrava vários vídeos.
Cliquei no primeiro vídeo, a tela estava preta e não passava nada, logo em seguida foi surgindo imagens do que parecia duas pessoas transando.
— Que merda é essa Felipe? Colocou os vídeos que você se diverte no meio dos documentos foi? — ele levantou e veio até mim.
— Claro que não, então olha isso e presta atenção nas pessoas do vídeo. — dei play no vídeo novamente e havia um homem e uma garota, e quando digo garota, é realmente uma garota, que aparentava ter uns 14 anos. Ela estava debruçada sobre a cama e ele por cima agarrando seus braços para trás enquanto inseria seu membro nela, o corpo da garota continha algumas manchas roxas e marcas de tapas, senti nojo daquilo e quase que todo meu almoço volta. Foi então que consegui ver melhor o rosto do homem do vídeo, e o conheci. Era John Harding, avô de Melinda, ele veio com Peter a alguns dias atrás.
— De onde tirou isso? — perguntei olhando para Felipe.
— Eu resolvi invadir os computadores da família Cooper, então encontrei essas pastas no computador desse cara.
— Quem é a garota do vídeo? — por um segundo sua expressão ficou confusa, então ele saiu do vídeo e clicou em outro, como o outro a tela estava totalmente preta até começar a rodar as imagens, esse havia som, dava para escutar o choro e os pedidos da garota para ele parar o que estava fazendo, foi aí que percebi que não eram vídeos eróticos, era vídeos dele abusando ela. Senti uma raiva me invadir, não gostava desse tipo de coisa, nenhuma mulher ou até mesmo nenhum homem deveria ser forçado a fazer algo que não quer. Não conseguia ver seu rosto, como no vídeo anterior ela estava debruçada sobre a cama enquanto ele estava por cima dela, foi aí que ele saiu de cima dela e a virou na cama, e imediatamente a reconheci, era Melinda, sai do vídeo e vi muitos outros, eram em torno de 50 vídeos. Olhei para Felipe e levantei, eu estava com raiva, muita raiva. Tudo bem que eu não a conhecia, porém ele é avô dela, e os vídeos mostram claramente que isso não aconteceu apenas quando ela era mais nova, me sentei no sofá e passei as mãos nos cabelos recém cortados, como um ser humano tem a capacidade de abusar alguém que é praticamente um filho?
— Eu vou matar aquele desgraçado! — falei exaltada com a voz embargada de raiva. Com o rosto entre as mãos, senti o lado do sofá afundar.
— Você não vai matar ninguém, isso é uma merda, eu sei. Só que a mídia não pode saber Emilly, além de está expondo a garota vão perguntar a forma como conseguiu isso — apontou para o pendrive. — e como você vai explicar que eu invadi o computador do avô da garota que você nem se quer casou ainda? — ele tinha razão, não tinha como expor essa merda toda sem me prejudicar e sem prejudicar ele. Respirei fundo e fui até a mesa e peguei meu telefone. Já que não posso mandar esses vídeos para imprensa, eu iria cuidar da segurança dela e manter o avô dela bem longe.
Liguei para Marcos, ele era o chefe da minha equipe de segurança. Iria pedir para que ele mandasse os dois melhores seguranças para a casa dela, e com ordens de manter john o mais longe possível. O telefone chamou algumas vezes até eu escutar sua voz.
— Srta Hastings, aconteceu alguma coisa? — Ele perguntou um pouco preocupado.
— Não, não aconteceu nada demais Marcos, só quero que envie Andrew e Alfred para o endereço que vou mandar para você. — enviei o endereço dela por mensagem e continuamos a chamada.
— Posso saber do que se trata?
— Quero que eles cuidem da segurança de Melinda Copper, minha noiva. — ele ficou um silêncio por alguns segundos.
— Certo, mais alguma coisa?
— Sim, dê ordens para que mantenham John Harding longe dela. Entendeu?
— Ok. — desliguei o telefone e Felipe me encarava.
— Boa ideia colocar seguranças para impedir que o próprio avô da garota não chegue perto dela.
— Tem ideia melhor? Porque eu não posso mandar isso tudo pra imprensa sem fuder com tudo. — falei exaltada.
Ele ficou em silêncio e levantou indo pegar suas coisas, pegou todos os papéis que tinha as informações sobre Melinda e colocou dentro de uma pasta junto com o pendrive.
— Se eu fosse você eu queimava isso tudo. — peguei a pasta de suas mãos e fui guarda-lá dentro do cofre que tinha atrás de um quadro na minha sala.
— Um dia isso pode ser útil. — ele concordou em silêncio.
— Que dia vai anunciar seu casamento?
— Hoje. Seu nome vai estar na lista de convidados caso quiser ir. — disse simples.
— Eu com certeza vou. — caminhou até a porta e abriu a porta, antes que ele saísse fiz barulho para chamar sua atenção.
— Nada de comentar sobre o que vimos aqui. — ele sorriu e saiu. Felipe é de confiança.
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Gente não sejam leitores fantasmas, votem e comentem. Gosto de saber oq vocês estão achando da história.
Boa leitura, beijos🫶🏻
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THE CONTRACT
عاطفيةCLASSIFICAÇÃO +18‼️ Não imaginaria que aos meus 20 anos eu estaria a ponto de me casar com alguém que nem conheço por dinheiro, mas o que fazer quando essa é a única solução que dão a você? Então, essa é a minha história.