New York - 03 de Outubro - Terça-feira - 19:47 PM
Pov Melinda
Desci as escadas carregando comigo uma pequena bolsa contendo algumas coisas essenciais que toda mulher carrega e esperei Emilly descer. O clima entre nós estava péssimo como tem sido há alguns dias.
Pensei que realmente ficaríamos bem depois de hoje de manhã, mas parece que foi tudo por água a baixo depois da pequena "conversa" que tivemos no carro hoje mais cedo.
Minha inquietação não escondia o quão nervosa eu estava nesse momento, Bruna e Emilly juntas não é bem uma boa combinação. Mas bem, não é como se eu fosse conseguir impedir elas de alguma coisa.
Ouvi passos nas escadas e ela desceu, caminhando direto para o elevador. Entramos no cubículo de metal e descemos em silêncio até o estacionamento. Por mim era melhor assim, quando resolvemos nos entender parece que só piora tudo.
Caminhamos até seu carro e entramos no mesmo, dei o endereço do bar onde havíamos combinado e ela pôs no GPS. Durante o caminho o trajeto foi em silêncio, apesar do total silêncio instalado dentro do carro me incomodar, não procurei puxar conversar alguma com ela.
Seguimos em uma rota diferente da que o GPS indicou e franzi o senho. Logo estávamos indo para uma área menos nobre e movimentada da cidade. E como eu estava começando a perceber aonde estávamos indo, ela parou o carro perto do meu fio e saiu do carro, falando que voltava em alguns minutos e que não era para eu sair de dentro do carro.
A obedeci, não fazia a menor ideia de onde estávamos, exatamente. E não sabia me locomover naquela área, fora os perigos espalhados pelas ruas de New York City.
Estávamos naquele mesmo bar, o que era muito bem decorado e que um de seus amigos era o dono. Esperei que ela voltasse e a todo instante eu olhava o relógio digital no painel do carro, iríamos chegar atrasadas devido à sua pausa.
A porta cinza do lugar foi aberta e Emilly saiu de dentro, Julian, o dono do lugar, me lançou um pequeno aceno de mão, retribui e ela entrou no carro.
— Tudo bem? O que foi fazer lá? — perguntei curiosa.
— Só dar um "oi". — respondeu simples e arrancou com o carro, dessa vez, indo direto para o lugar que combinamos.
Achei estranho o fato dela ter parado apenas para dar um "oi" tinha algo de errado, eu sentia. Resolvi deixar para lá e seguimos em silêncio para dentro do bar.
O the dead estava parcialmente cheio, fomos caminhando por ele até avistarmos o resto do pessoal em uma mesa no fundo do bar. O rolê lembrava muito encontros de casais, Vanessa e Felipe já estavam prestes a realmente assumirem o relacionamento que só eles acham que as pessoas não perceberam.
Sarah e Eduardo já são um casal oficial, que estava rolando boatos de que querem se casar. E bom, sobra eu, Bruna e Emilly. Que bem, não somos nada uma da outra, apenas duas mulheres que se odeiam e eu fico entre uma e outra.
Juntamos outra mesa na que a galera já estava sentada e nos acomodamos, pedindo bebidas e petiscos.
Apesar do clima nada agradável que rola entre Emilly e Bruna, felizmente elas não se atacaram ou jogaram piadas uma na outra, o que foi ótimo, todos estavam animados e conversamos bastante. O clima de comemoração se estendeu pelo resto da noite.
Era por volta das dez quando Felipe e Emilly foram para outro lado do bar, onde haviam algumas sinucas e um bom pessoal jogando. De longe dava para ver perfeitamente eles jogando, enquanto isso, ficamos conversando.
— Aquilo é cigarro? — perguntou Vanessa perto do meu ouvido e apontou para Emilly, ela segurava algo como um cigarro entre os dedos e por vezes dava uma tragada.
— Não sei. — eu já sabia do seu histórico de fumante, só não sabia que ela ainda mantinha o hábito de fumar.
Sarah, que também prestava atenção na cena, levantou e se aproximou da mesa de sinuca, onde Felipe e Emilly disputavam com Bruna e Eduardo. Ela falou algo no ouvido da irmã e tirou o cigarro dela.
Felipe riu da amiga e eles voltaram a jogar. Sarah voltou para a mesa e jogou a bituca do cigarro no lixo.
— Desde quando Emilly fuma? — Vanessa perguntou, dei um beliscão em sua perna por de baixo da mesa a repreendendo e ela grunhiu baixo.
— Parou de fumar a muitos anos, não sei porque estava com essa merda. — falou irritada se referindo a bituca de algo que julgo não ser cigarro. A expressão no seu rosto não era ótima, acho que a situação lhe deixou com raiva.
— O que era, a bituca que tomou dela? — perguntei, Sarah voltou a atenção para mim e olhou de volta para a irmã.
— Maconha. — é, eu previa isso.
A mesa ficou em silêncio depois desse momento, ainda não entedia bem o porquê da irritação de Sarah, afinal Emilly não seria a primeira e nem irá ser a última a fumar maconha.
Bom, ela deve ter seus motivos. Às vezes o medo de ver a pessoa que você ama se afundar nas drogas pode ser uma justificativa, e bem compreensível.
Depois de um instante, Bruna e Eduardo voltaram a se aproximar da mesa, Vanessa levantou e foi até Felipe. Sarah ainda estava emburrada, mas depois de alguns beijos e carinhos do seu namorado, ela voltou com o bom humor.
Bruna se sentou ao meu lado e passou um de seus braços pelos meu ombros, num pequeno abraço de lado. O bar estava praticamente vazio naquele horário, apenas alguns bêbados caídos pelo balcão ou sentados em mesas mais afastadas prestes a apagarem.
— Estava tudo bem? — perguntou baixo.
— Sim, por quê? — respondi no mesmo tom.
— Percebi o clima estranho que estava aqui na mesa quando voltamos. — comentou e tomou um gole de um drink qualquer que tinha pedido.
Olhei para a sinuca e os olhos de Emilly estavam vidrados em mim. Ela estava acabando de fazer uma tacada, quando voltou a ficar ereta e continuou me encarando.
— Ah isso? Não foi nada de mais. — falei e fitei os olhos cinza de Bruna, é claro que ela percebeu que eu estava mentindo, mas não insistiu no assunto.
— Hoje está sendo estranho. — comentou tomando mais um gole da sua bebida. A olhei e arquei a sobrancelha direita.
— Ela não me insultou, ou discutimos. — apontou para a sinuca.
— É, ela está estranha. Talvez seja porque eu falei que não iria convidá-la a vir hoje a noite, por sua causa. — ela franziu a testa e soltou um pequeno sorriso brincalhão.
— Sério que falou isso? — concordei. — bom, obrigado? — acabei rindo. Era realmente uma situação icônica, mas preocupante.
— De nada. — falei soltando um sorriso e aproximei nossos rostos, deixando um selinho casto nos seus lábios.
Depois disso, ficamos trocando conversas e carícias por debaixo da mesa, nada além de apertões nas coxas e troca de sorrisos cúmplices. Sarah e Eduardo disseram que já estava ficando um pouco tarde demais, então resolveram ir chamar o resto do pessoal para irmos embora.
Bruna me convidou para irmos para seu apartamento, acabei dispensando o convite. Esperamos todos vir e fomos cada um para seu carro. Me despedi com um rápido beijo em Bruna e esperei Emilly destravar seu carro para que eu pudesse entrar.
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Jubileu tá estranho né gente? Será se vem declaração no próximo cap? Enfim, beijinhos e boa leitura, não esqueçam de votar e comentar🫶🏻
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THE CONTRACT
Storie d'amoreCLASSIFICAÇÃO +18‼️ Não imaginaria que aos meus 20 anos eu estaria a ponto de me casar com alguém que nem conheço por dinheiro, mas o que fazer quando essa é a única solução que dão a você? Então, essa é a minha história.