꧁ 53 - Nos vemos no inferno ꧂

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Alerta de gatilho

Seattle - 04 de Outubro - Quarta-feira - 18:01 PM

                      Pov Alecxa

Dei ordens para os seguranças ficarem de plantão na porta de Stefani e sai do hospital, ignorava se Melinda acharia ruim.

Entrei no carro e pedi para Alfred seguir para o endereço que Dominick havia me enviado. Ficava um pouco afastado da cidade como eu a havia pedido. No bairro do distrito industrial, perfeito e com certeza totalmente cercado por armazéns vazios. Pelo menos era isso que esperávamos.

A ida até lá durou cerca de 30 minutos, o trânsito não estava caótico, o que era ótimo. Assim que chegamos, havia dois carros estacionados nos fundos, provavelmente de Felipe e dos tais caras.

Dispensei Alfred e pedi que ficasse com o telefone ligado, caso eu precisasse dele. Após observá-lo sair, olhei em volta e estava deserto, bati na porta do armazém e ela rangia enquanto era aberta.

Observei a silhueta que abria a porta e não reconhecia, o homem alto e forte me lançou um aceno e devolvi com um manear de cabeça.

Fui adentrando o local mal iluminado e apenas algumas luzes estavam abertas, era possível ouvir alguns grunhidos de dor vindo do fundo do lugar. Acho que eles não estavam sendo muito gentis com john.

Continuei caminhando e vários outros homens com expressões nada boas nos rostos, foram aparecendo. Ouvi uma porta na lateral ser aberta e olhei na direção do barulho. Era Felipe.

Suas mãos estavam ensanguentadas e sua blusa azul de linho estava suja de sangue. Ele limpava as mãos em um pano e sorriu quando me viu. Porra, ele parecia feliz.

— O que ouve? — perguntei o analisando de perto.

— Ele falou o que não devia. — concordei. — faça bom proveito. — falou por fim e segui até a porta.

Olhei para trás e avisei que não queria companhia, concordaram e fechei a porta atrás de mim, virei-me observando o filha da puta pendurado pelos pulsos e com os tornozelos amarrados, como se fosse um pedaço de carne em um açougue.

Seu rosto estava sangrando, em específico o nariz. Mas não parecia muito grave. Puxei uma cadeira que havia ali e coloquei a bolsa em cima dela. O barulho da cadeira arrastando no chão chamou sua atenção, ele então olhou para mim, seu lábio inferior começando a ficar inchado.

— Sabe porque está aqui? — perguntei com uma falsa calmaria na voz, o olhei enquanto dobrava as mangas da blusa social branca.

— Estou surpreso, pensei que fosse homens de alguém importante querendo que eu pagasse alguma conta pendente. — disse com um pouco de dificuldade e vi quando um sorriso se curvou em seus lábios feridos.

— Mas você tem uma conta pendente comigo. — o olhei.

— Se ainda é pela minha neta, você sabe, não a vejo há meses. — soltei uma risada nasal.

Voltei a me aproximar da bolsa que havia trazido e retirei de dentro o tripé, o estabilizei no chão e logo em seguida ajustei a câmera nele. Foquei a câmera no velho suspenso por cordas presas no teto e consertei o ângulo para que o pegasse por inteiro.

Olhei em volta do pequeno cômodo em que estávamos e de longe observei uma mesa cheias de ferramentas, Felipe havia pensando em tudo. Peguei de cima dela uma grande faca e algo parecido com um pé de cabra. Me aproximei dele e puxei a cadeira, me sentei nela e voltei a conversar com ele.

THE CONTRACTOnde histórias criam vida. Descubra agora