꧁ 33 - Compras ꧂

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  New York - 29 de Agosto - Terça-feira - 20:00 PM

                   Pov Melinda

Chegamos em casa por volta das 8 da noite, o caminho de volta havia sido em um silêncio desconfortável. Eu sabia que ela estava cansada, mas ela ficou estranha muito do nada. Estávamos nos estranhando muito hoje, mas não tanto para ela se esquivar de mim. O pior de tudo é que ela não conversa comigo, eu sei que a nossa relação não é uma das melhores, mas já passamos dessa fase de esconder problemas causados entre nós.

Os seguranças nos ajudaram a subir com as compras que não era nada poucas e eu fui providenciar nosso jantar. Iria fazer um molho branco com carne. Enquanto isso vi ela subir para o andar de cima, não forcei nenhuma conversa desde o supermercado, pretendia tentar na hora que estivéssemos jantando. Enfim, coloquei as batatas para cozinhar e cortei a carne em pedaços pequenos, a temperei e a deixei reservada. Enquanto isso, fui guardando as compras nos armários e geladeira, lavei algumas louças sujas e esperei que a batata ficasse pronta.

Preparei o molho branco e fiz arroz, cortei alguns legumes para fazer uma salada e coloquei a carne para fritar. Ouvi barulho de passos na cozinha e a vi entrar pela cozinha, a olhei de relance e a vi ir até a geladeira.

— O cheiro está ótimo. — ela comentou. Concordei.

— Espero que o sabor também. — ela fechou a geladeira e saiu da cozinha com uma garrafa de cerveja na mão.

Terminei de fazer todo o jantar e a chamei para comermos, mas antes, subi rapidamente para o andar de cima e tomei um banho rápido, estava muito suada, tanto pelas compras quanto por fazer o jantar. Terminei de tomar banho e desci novamente, ela estava começando a colocar sua comida. Após terminamos de nos servir, sentamos no sofá e ligamos a tv. Colocamos em algum canal qualquer e comemos.

O jantar foi em silêncio como na volta do supermercado, eu estava me coçando para começar a conversar com ela, mas esperei. Terminamos de comer e levamos as louças sujas para a cozinha, ela me ajudou a limpar tudo e no final voltamos para a sala, ela ficou um tempo no telefone e eu assistindo. O silêncio era agradável, porém, ela continuava estranha.

— Ei, sei que já perguntei isso, mas, tá tudo bem? — toquei sua coxa e ela me olhou. Concordou e voltou a olhar para o telefone.

— Tem certeza que não quer conversar? — ela me olhou novamente e concordou de novo. Então, desisti, desliguei a tv e caminhei para as escadas. Não pretendia insistir mais, se ela quiser conversa ela vai saber onde me procurar.

— Mel... espera. — ouvi sua voz, virei-me e ela suspirou. — olha, desculpa. Sei que você só quer ajudar, é que isso tudo é novo para mim. — concordei e voltei para perto do sofá.

— Para mim também é tudo novo. — falei.

— Não estou falando do casamento, estou falando de você — franzi a sobrancelha. — é que faz muito que eu não tenho esse tipo de relação com alguém, faz muito tempo que eu não preciso contar meus problemas e coisas que me incomodam. Sarah foi quem me escutou e me aconselhou sobre qualquer coisa desde...

— A morte de Fernanda. — a interrompi. Me sentei de frente para ela e cruzei minhas pernas em borboleta.

— É, e desde então eu não me relacionei sério com mulher nenhuma. E não me senti confortável com ninguém, além de Sarah, para conversar sobre essas coisas. — ela confessou. Concordei e agarrei suas mãos.

THE CONTRACTOnde histórias criam vida. Descubra agora