1 mês depois
New York - 29 de Agosto - Terça-feira - 16:37 PM
Pov Melinda
— Tem uma curva bem ali, dê a seta. — Emilly me instruía.
— Sei o que tenho que fazer. — bufei. Dei a seta e acelerei o carro.
— Se você tiver um mínimo de descuido, o professor vai reprova-lá. — concordei e parei o carro em frente o prédio do nosso apartamento. Sai do carro e ela veio atrás.
— Você é uma péssima instrutora. — reclamei e entrei no prédio, dei a chaves do meu carro para Marcos e caminhei em direção o elevador. Ela me seguiu, eu estava irritada. As portas do elevador se abriram e apertei no número do nosso andar.
— E você, uma aluna desobediente. — falou após as portas se fecharem e o elevador começar a subir. A encarei e dei o dedo do meio para ela. Ela sorriu, eu não queria que ela sorrisse. Revirei os olhos e cruzei os braços virando para as portas do elevador. Acompanhei o ritmo dos números que trocavam cada vez que o elevador subia e agradeci mentalmente quando ele parou em nosso andar. Caminhei para dentro do apartamento e fui em direção as escadas.
Cheguei em meu quarto e fui logo em direção ao meu banheiro, retirei minhas roupas e coloquei uma música animada para tocar. Entrei no box e liguei o chuveiro. A duas semanas atrás resolvi que queria tirar a carteira de motorista e pedi para Emilly me ajudar. Mas não foi a melhor ideia que eu poderia ter tido, já que ela era bem irritante quando queria. Nessas duas semanas, apesar de todo o estresse que passo com ela, consegui aprender o básico que alguém tem que saber para tirar a carteira.
A água gelada percorria meu corpo e pude sentir meus músculos relaxarem. Vanessa se mudou de vez para Nova Iorque e está morando a algumas quadras daqui. Para achar um apartamento para ela foi uma luta enorme, todos que visitávamos não a agradava, ou eram pequenos demais, ou ficava muito longe do meu. Tínhamos o sonho de morarmos juntas quando completássemos nossos 18 anos, mas parece que teremos que adiarmos esse sonho.
Peguei um pouco de xampu e despejei no topo de minha cabeça, esfreguei bastante e enxaguei. A música que tocava na pequena caixa de som me fez ter um pico de energia, mesmo correndo o risco de cair no chão, comecei a dançar e balançar o quadril no ritmo da música. Não fazia ideia de que música era aquela, eu havia baixado ela quando estava no Brasil. Não me lembrei de olhar a tradução da mesma.
Terminei de tomar o banho e fui para o quarto, passei direto para o closet e peguei um conjunto de roupa. A temperatura estava quente lá fora, mas no apartamento estava meio frio. Emilly gostava de ambientes gelados, por isso estava sempre regulando a temperatura do aquecedor. Vesti minha roupa no closet e sai. Passei uma toalha no cabelo e estendi a do corpo.
Desci para o andar de baixo e fui para cozinha. Como Isabel está de folga hoje, meio que nos viramos durante o dia. Pedidos comida no almoço e saímos para comer na parte da tarde. Estava cansada de comer comida feita pelo os outros e resolvi vir cozinhar. Eu não sou uma cozinheira de mão-cheia, porém, acho que dou para o gasto.
Abri a geladeira e observei o que havia de bom para fazer. Me deparei com ela quase vazia, suspirei e olhei nos armários. Droga, estamos quase sem comida. Fechei os armários e subi indo para o quarto de Emilly, bati na porta e ela permitiu a entrada. Ela estava deitada na cama, com o notebook apoiado na barriga. Olhou em minha direção e fechou o notebook.
Não entrei no quarto, só fiquei parada na porta, segurando a maçaneta.
— Precisamos fazer compras. — falei simples. Ela me analisou por um tempo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
THE CONTRACT
RomanceCLASSIFICAÇÃO +18‼️ Não imaginaria que aos meus 20 anos eu estaria a ponto de me casar com alguém que nem conheço por dinheiro, mas o que fazer quando essa é a única solução que dão a você? Então, essa é a minha história.