꧁ 51 - Cidade natal ꧂

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Alerta de gatilho

New York - 04 de Outubro - Quarta-feira - 11:45 AM

Pov Melinda

Caminhei pelos corredores analisando todos os detalhes do lugar, voltado para próximo da saída. O estúdio onde eu e Vanessa iríamos trabalhar era grande e bem equipado. Havia muitos funcionários andando de um lado para o outro, muitas modelos e algumas iguais a nós, iniciantes.

Basicamente hoje foi um dia de adaptação, como Bruna falou "reconhecimento do terreno", ela havia falado que como ainda somos leigas com relação a tudo referente ao trabalho de modelos, começaríamos pelo básico, posar para fotos e participar de exposições publicitárias.

Sarah resolveu nos acompanhar na visita ao estúdio, o que foi ótimo, nos deu um pouco mais de confiança e ajudou a não nos sentirmos tão deslocadas. Bruna também foi bem paciente, nos mostrou cada canto do lugar e deu detalhes de como tudo funcionava.

Acabamos fazendo alguns testes, tiramos algumas fotos para serem levadas para a análise, estávamos confiantes, o fotógrafo disse que tínhamos o "molho" para aquilo.

— Bom, espero que tenham gostado de hoje. Vocês foram ótimas, mas temos muito trabalho pela frente. — Bruna falava enquanto nos guiava para a recepção do lugar. Nosso horário de "trabalho" havia encerrado e estávamos indo almoçar.

— Obrigado por ser tão paciente. — falei com humor na voz, me lembrando que ela teve que repetir algumas coisas mais de três vezes para Vanessa.

— Só estou fazendo meu trabalho, vejo vocês amanhã? — concordamos em silêncio e nos despedimos dela.

O carro já estava a nossa espera, iríamos almoçar e ir até a sede da Nike, tínhamos que resolvermos os últimos detalhes da nossa nova rotina e também eles precisavam nos informar o empresário responsável por nós, já que agora eles estavam agenciando mais duas modelos.

Fechei a porta do carro e o senti se mover, indo em direção ao restaurante. Me sentia eufórica e estranhamente feliz, havia muito tempo que a sensação de ser útil e de assumir responsabilidades, não fazia parte de minha vida.

E agora tudo estava mudando, eu havia um emprego de verdade — mesmo que não fosse o que eu tinha planejado para mim. — ainda sim era um emprego, aparentemente bom e divertido.

Senti meu telefone vibrar dentro da minha bolsa e o peguei olhando o visor, era minha mãe ligando. Sorri para o aparelho e atendi ansiosa, queria conta-lhe todas as novidades.

— Mãe, tenho novidades. — falei com um sorriso largo nos lábios, mas ao decorrer que ela ia falando meu sorriso era substituído por preocupação e medo.

Sua irmã não está nada bem, preciso que venha para Seattle, hoje mesmo. É urgente, querida. — sua voz era melancólica e parecia embargada, como se ela estivesse chorando. A menção sobre minha irmã caçula fez-me entrar em alerta.

Eu não a via há meses, a última vez que havíamos nos comunicado foi a exatos dois meses e ela parecia entranha. Foi aí que medo líquido se espalhou pelo meu corpo, ela estava estranha e de repente uma ligação de minha mãe? Isso não parecia bom.

Desliguei a chamada após ouvir minha mãe implorar para que eu fosse até minha cidade natal e percebi as expressões preocupadas nos rostos de Sarah e Vanessa.

— E-era minha mãe, parece que Stefani não está bem. Preciso ir para Seattle. — senti minha voz falhar por um momento.

Sarah concordou e mandou que Alfred nos levasse para casa, nosso almoço e a reunião para resolver nossa agenda estavam ambos compromissos cancelados.

THE CONTRACTOnde histórias criam vida. Descubra agora