꧁ 21 - Feliz aniversário ꧂

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   New York - 18 de Julho - Segunda-feira - 2:23 AM

           Pov Alecxa
 

Caminhei até seu quarto e entrei no mesmo, continuava igual desde a última que o vi. Sarah estava no banheiro e eu aproveitei para me deitar. Já havia passado da hora que eu costumava dormir, mas o sono simplesmente não vinha. O que não era nada bom, já que amanhã cedo tenho que estar na empresa. Ela saiu do banheiro de pijama e veio até a cama.

— Senta aí, vamos conversar. — falou autoritária. A olhei de relance e sorri.

— Já estourei minha cota de conversas sérias hoje Sarah. Quero só deitar aqui e esperar o sono chegar. — falei me acomodando melhor na cama, dessa vez, de uma forma que eu conseguia visualizar seu rosto perfeitamente.

— Como se eu ligasse para isso. — amarrou o cabelo em um coque mal feito e se ajeitou melhor.

— Quer conversar sobre o que?

— Você tá gostando da mel? — falou de repente. Engoli a seco. Como assim??

— Que? Por que essa pergunta do nada? — perguntei confusa e me sentei na cama, me encostando na cabeceira.

— Só responde. — insistiu.

— Não Sarah, não estou. Por que eu estaria gostando dela? — respondi sincera.

— Sei lá, hoje mais cedo quando você desabafou comigo, você falou dela de uma forma diferente, como se ela tivesse uma importância a mais para você. Estava falando como se você fosse apaixonada nela. — encarei ela e ri.

— Sabe que isso está fora de cogitação.

— Estar fora de cogitação não quer dizer que seja algo improvável de acontecer. Você é um ser humano com sentimentos, está tudo bem se você se apaixonar por ela. — revirei os olhos.

— É, mas isso não vai acontecer. As únicas coisas que sinto por ela é carinho e empatia.

— Que pode se tornar algo maior. — que merda de insistência.

— Sarah... — ela me cortou.

— Não Emilly. Eu estou falando sério, você tem que superar tudo que aconteceu. Sei que foi algo traumático, só que já passou. Você não pode voltar no tempo e mudar as coisas, a única coisa que você pode fazer é superar e começar a viver.

— Quem disse que eu não vivo? — perguntei incrédula.

— Passar o dia enfurnada naquela empresa e depois indo para boates aleatórias, beber e transar com várias mulheres diferentes, é isso que você chama de viver? — fiquei calada. Ela estava certa. Eu só camuflo tudo o que eu sinto me entupindo de trabalho e no final acabo na cama com qualquer mulher.

— Sério, eu vi entrar e sair várias mulheres extraordinárias da sua vida e você nem se quer se dava a oportunidade de conhecer algumas delas. Você já está nisso a mais de dois anos, já passou da hora de começar aproveitar as oportunidades que a vida está lhe dando.

— Tá querendo dizer que uma dessas oportunidades é a Melinda? — ela concordou.

— Qual é Sarah, sabe que isso nunca daria certo, ela é uma garota praticamente. E olha a relação que a gente tem. Por favor me poupe. — já estava começando a sentir o cansaço bater.

— Olha, eu sei que tudo que você passou te causou trauma e muitos medos, mas você tem que deixar tudo isso para trás e se permitir amar novamente, permita que outra pessoa ame você. Que cuide de você, que queira formar uma família com você. — prometi a mim mesma que nunca mais deixaria ninguém entrar no meu coração novamente. E não vai ser agora que isso vai acontecer. Não preciso de alguém para ser feliz. Eu sou minha própria felicidade e estou bem, com a vida que estou levando.

THE CONTRACTOnde histórias criam vida. Descubra agora