꧁ Lua de Mel On ꧂

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         New York - 1 de Maio - Domingo - 00:11 AM

Pov Melinda

   
O relógio já estourava mais de meia noite e o tanto de bebida no bar não condizia com o tanto de pessoas na festa. O local ainda estava lotado, pessoas bebendo, dançando, fumando e até mesmo se pegando. A festa que era para ser uma comemoração, virou um bordel vamos dizer assim. Não dá nem para cobrar exemplo de uma das donas da festa, pois ela está sentada em um dos bancos do bar, virando uma garrafa de uísque na boca a cada 10 segundos.

Nunca vi Alecxa nesse estado, na verdade, nunca pensei em vê-la desse jeito. Sempre se mostrou muito controladora e que gosta de estar sempre no controle de tudo, vê-la assim só entrega que as coisas não estão nada bem, e claro que tem a ver com o casamento, eu me encontro tão mal quanto ela, porém temos formas diferentes de descontar nossas frustrações.

    Enquanto eu procuro ver as coisas de certa forma positiva, eu sei que é bem contraditório, a alguns dias eu só queria que essa merda toda não estivesse acontecendo mas acredito que tem males que vêm para o bem, enfim, ela está descontando no álcool, o que não é recomendável.

    Saí de onde eu estava e caminhei até ela, Sarah está com o namorado e minha família já foi embora, disseram que não tinham o mesmo pique para ficar em festas até o final, diferente de Elena e binha que estão a duas horas seguidas naquela pista de dança e não cansam, são as famosas: inimigas do fim.

    Me aproximei dela que estava debruçada em cima do balcão e retirei a garrafa de uísque da suas mãos. Ela bufou e falou algo que não compreendi, apenas entreguei a garrafa para o barmen e a puxei para sair do banco.

— O que está fazendo ruivinha? — Falava de uma forma embargada e o cheiro de álcool ficou presente no ar.

— Te levando para casa, já deu por hoje. — tentei caminhar com ela para fora do local mas ela tem o triplo do meu peso, complicando a minha caminhada.

— Não quero ir para casa, a festa ainda não acabou. — tentou me afastar mas foi em vão, coloquei um de seus braços no meu ombro e a levei para fora do local mesmo com dificuldade.

— Você já estourou sua cota de festa Alecxa, não acha que já está bêbada o suficiente? — a escorei no carro enquanto tentava abri a porta do passageiro para ela.

    Marcos chegou em outro carro e me ajudou a colocá-la nele, a ajeitei no banco de trás e me sentei ao seu lado, Andrew entrou e nos levou para casa. Após chegarmos, ele me ajudou a levava para seu quarto já que ela havia dormido. A deitei na sua cama e sai indo procurar alguma roupa confortável e um remédio para ela. Voltei para o quarto e ela dormia debruçada na cama, foi um cena engraçada pois provavelmente ela tentou tirar a roupa e não conseguiu, já que sua calça estava abaixada até os joelhos e a camisa com apenas um dos braços para fora, ri com aquilo e tentei ajudá-la. Retirei suas roupas e a deixei apenas de cueca e top, era a primeira vez que eu via o seu corpo sem muitas roupas e a vista não é ruim.

    Agora consigo ver tatuagens que as roupas tampavam, e observar melhor as que eu já havia visto, ela parecia tão vulnerável e isso só prova que todos nós somos assim, independente das armaduras que coloquemos sobre nós. Coloquei suas roupas no cesto de roupa suja e tentei acorda-la. Ela resmungou bastante mas acordou. Me olhou e sorriu, se apoiou nos cotovelos e olhou para seu corpo, depois me encarou.

— A gente não transou né? — perguntou. Neguei com a cabeça.

— Que bom, odiaria não me lembrar. — ela fala algumas coisas que me deixam totalmente sem graça e não sei se isso é bom ou ruim. Virou-se novamente e deitou.

THE CONTRACTOnde histórias criam vida. Descubra agora