꧁ 24 - Confusão ꧂

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New York - 19 de julho - Terça-feira - 01:12 AM

Pov Melinda

Eu já estava exausta de tanto dançar, decidi abandonar a meninas na pista de dança e procurei por algum banheiro. Acabei esbarrando em Tália, que vinha de seu escritório.

— Oi, tá tudo bem? — ela perguntou simpática.

— Está sim, estou procurando o banheiro, onde fica?

— Fica naquele corredor. — apontou para trás de mim.

— Ah, obrigada. — a agradeci e caminhei até onde ela havia indicado. Entrei no mesmo e caminhei até encontrar uma porta com o nome feminino.

Abri a porta e encontrei um banheiro enorme, com led no teto, e várias cabines espalhadas, havia um espelho ótimo para bater foto e era todo bem decorado, e por incrível que pareça, não estava tão imundo quanto eu imaginava. Procurei pela a cabine mais limpa dali e entrei. Forrei a privada com papel higiênico e tentei fazer xixi, sem encostar na privada.

Terminei de fazer minha necessidade e me limpei, sai da cabine e fui lavar minhas mãos. Algumas meninas entraram e me olharam, se dirigiram para as cabines e alguns segundos depois ouvi barulho de beijos e pequenos gemidos. Dei uma risada baixa e sai do lugar. Estava caminhando de volta para a festa quando vi john caminhando muito rápido até mim. Entrei em pânico e tentei voltar em direção ao banheiro.

Ele foi mais rápido, agarrou meus braços e me jogou contra a parede, senti o ar dos meus pulmões escaparem e um dor insurportável me atingir nas costas. Fechei os olhos e tentei me soltar dele.

— CONTOU PARA AQUELA ABERRAÇÃO SOBRE A GENTE? — ele gritava. O encarei já com lágrimas nos olhos e neguei com a cabeça.

— Eu não sei do que você está falando. — ele apertou mais meus braços e me empurrou mais uma vez.

— ESTOU FALANDO DAQUILO QUE VOCÊ CHAMA DE ESPOSA, ELA ME AMEAÇOU, VOCÊ CONTOU ALGUMA COISA PARA ELA?? — eu realmente não sabia do que ele estava falando, olhei para ele novamente e mais uma vez neguei.

— Eu juro que não contei nada para ela. — Ele me soltou e agarrou meu pescoço. Senti meu ar ser cortado e me debati em sua mão.

— Sua sorte que não estamos em Seattle, se não você estaria levando a maior surra da sua vida. Sua vadia. — sussurrou próximo ao meu ouvido.

— Solta ela, AGORA! — tentei olhar para o lado e ele me soltou, automaticamente cai no chão, sentindo todas minhas forças indo embora. Tentei ver quem era e não consegui, minha visão escureceu e apenas me permiti desmaiar.

***

Aos poucos eu fui retomando a consciência, me movi e logo me arrependi. Minhas costas e meus braços doíam, meus joelhos também estavam doídos e a área do pescoço. Tentei me lembrar do que havia acontecido e fleshes invadiram minha memória. Lembro de john, estávamos no corredor, e lembro dele me sufocando, lembro de alguém chegar e só. O resto é tudo um borrão e um grande nada.

Abri os olhos devagar e estava no quarto de Emilly. Em nosso apartamento, olhei para os lados e ela não estava. Levantei e me sentei na cama, encostada na cabeceira. Ouvi a porta ser aberta, olhei e ela entrou com uma bandeja de comida. Franzi o senho e olhei para a janela, a cortina estava fechada, mas havia uma pequena fresta. O dia lá fora já se encontrava claro. Não sei quanto tempo fiquei apagada. Ela veio até mim e colocou a bandeja em cima da cama.

— Como está se sentindo? — perguntou. Seu rosto continha uma expressão preocupada.

— Bem eu acho, o que aconteceu? — sua expressão ficou séria, olhei para suas mãos e as mesmas haviam hematomas.

THE CONTRACTOnde histórias criam vida. Descubra agora