XIX - Henry Cavill. [Temporada I]

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Já haviam passado algumas semanas desde a primeira vez que levei May para um encontro, ela ainda não tinha se livrado da ideia de "não temos intimidade o suficiente para eu te dar meu número" e mais que isso, não tínhamos nem nos beijado. Essa mulher estava me deixando louco. 

Todos os dias eu passava pela manhã na cafeteria com o Kal, ela sempre tirava alguns minutos para ficar mimando ele, chegou até a comprar os biscoitos preferidos dele para dar sempre que eu o levasse, confesso que isso deixava meu coração quente. 

- Bom dia! - Disse a May assim que entrei na cafeteria e me sentei de frente ao balcão.  

- Bom dia, Henry. - Sorriu. - Está tudo bem com o Kal? 

- Está tudo bem sim e estou bem também, obrigado por perguntar. - Ri. 

- Desculpa... - Riu. - Você está bem? Conseguiu resolver a questão sobre LA? 

- Estou bem e ainda não. - A encarei. - Como você está? 

- Não sei. - Sorriu sem mostrar os dentes. - Tenho algumas pendências da faculdade e não sei por onde começar. - O celular dela apitou no bolso, ela o retirou e ficou concentrada, depois de alguns minutos me encarou. - A gente precisa conversar

- Aconteceu algo? - Estranhei aquilo. 

- Sim. - Respondeu seca. - Vem. - Fez um sinal com a cabeça e eu entendi que era para segui-la. 

- Então...? - Disse assim que entramos em uma sala ao fundo. 

- Por que me escondeu isso aqui? - Me entregou seu celular, havia uma matéria falando sobre meu suposto affair. 

- O que exatamente eu escondi? - Encarei. 

- Essas fofocas, você sabe que eu não acompanho nada disso mesmo me preparando para ser jornalista. - Respirou fundo. - É claro que eu sei quem você é, me toquei disso depois que você saiu daqui quando apareceu com o Kal a primeira vez, mas não quero fazer parte disso, não quero ser seu suposto affair, gosto de ser anônima, ter uma vida normal... 

- Olha May... - Cheguei mais perto e a abracei. - Nunca quis te jogar dentro desse furacão, por isso mesmo não te mostrei nada disso, mas pelo jeito não deu certo, te acharam. - Ela se aconchegou no meu corpo. - Só... Vamos tentar não surtar com isso...

- Não sei se posso seguir com isso, Henry. - Ela ainda estava aconchegada ao meu corpo, mas senti sua respiração pesar. 

- Ei. - Me afastei um pouco e segurei seu rosto fazendo com que me encarasse. - Está tudo bem. 

Ficamos nos encarando e quando percebi tínhamos dado o nosso primeiro beijo depois de semanas nos vendo, foi incrível, ela era tão doce quanto eu havia imaginado. 

- Está tudo bem. - Repeti assim que nos soltamos para recuperar o ar. - Isso foi...

- Melhor do que imaginou? - Ela riu com vergonha. 

- Exatamente. - Sorri. - Mas agora a gente precisa conversar, se sabia quem eu era, por que perguntou meu nome na primeira vez que vim sem o Kal? - Ri. 

- Por educação, você perguntou o meu e eu perguntei o seu para não ficar esquisito. - Riu. - Fora que não vou te tratar diferente porque você interpreta meu segundo herói preferido da DC

- Segundo May? - Estava indignado. - Quem é o primeiro? 

- Green Arrow do Stephen Amell. - Ela continuava rindo. 

- Não acredito nisso, você é uma traidora! - Fingi estar indignado, mas também ri. 

- Vocês que lutem pelo meu coração. - Disse saindo da pequena sala. 

- Escuta aqui mocinha. - Fui andando atrás dela. - Você vai ter que se explicar em um jantar e vai ser no Kingston, você não tem escolha

- Eu nem tenho roupa para isso, Henry! - Ela me encarou enquanto entrava atrás do balcão e eu me sentei no banco à sua frente. - Fora que, eu acabei de te dizer que quero ficar anônima. 

- Pode ser na minha casa então? 

- Vou pensar no seu caso, Homem de Aço. 

- Ah, seu celular. - Coloquei no balcão. 

- Salva seu número, acho que chegou a hora. - Sorriu. - A senha é 040718

- É uma data? - Disse pegando o celular do balcão e desbloqueando. 

- Sim, data de aniversário do Capitão América. - Respondeu servindo o café que peço sempre. 

- Capitão América? É sério? - Salvei meu número e coloquei o celular no balcão novamente. 

- Henry, ele é o herói da minha vida. - Me encarou. 

- Nossa, esse amor é impossível! - Disse sempre pensar. 

- Amor? - Ela parecia estar assustada. 

- Sim. - Ri. - Não posso gostar de alguém que tem o Capitão América como herói da vida

- Vocês apresentaram o Oscar juntos, poderia me apresentar ele, não é? Já que ele é o amor da minha vida. - Riu. 

- Você está pedindo demais, May. - Ri. 

- Deus me livre conhecer ele, vai que me apaixono mesmo? Ou tenho um ataque cardíaco? - Ela realmente se preocupou com isso, achei engraçado e fofo. 

- Você é maluca, sabia? - Ri. 

- Eu sei, mas é por isso que você se interessou por mim. - Piscou para mim e sorriu. 

- Talvez. - Dei de ombros, ela estava certa. 

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Revisado em 11.12.2022.

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