XII - Sebastian Stan. [Temporada I]

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- Calma Gabe! - Ouvi ela dizer enquanto segurava as mãos do cara. - Respira... Comigo...

Fiquei encarando aquela cena, eu realmente estava sentindo ciúme da minha melhor amiga com um outro cara, meu Deus!

- Lind! - A chamei chegando mais perto.

- Já vou. - Ela me encarou e sorriu. - Você está melhor Gabe? - Ele apenas assentiu. - Tudo bem, vou pedir um táxi para te deixar em casa, okay? - Ele assentiu novamente, ela tirou o celular do bolso da jaqueta de couro.

- Vocês estão bem? - Perguntei no plural mas só queria saber dela mesmo.

- Estamos sim, Gabe teve uma crise de pânico, vou mandá-lo para casa agora que está mais calmo. - Sorriu e se voltou para o outro cara. - O táxi está vindo, vou te acompanhar até lá fora e esperar com você.

Ela deu a mão a ele e os dois saíram, fiquei observando os dois do lado de fora de bar, esperando o táxi, antes dele entrar no carro, ela o abraçou, meu corpo ferveu de ciúme, dei um gole na cerveja, quando a vi voltando me ajeitei na mesa e sorri.

- Tudo certo? - Perguntei assim que ela se sentou à minha frente.

- Acho que sim. - Deu de ombros e pegou a cerveja que tinha deixado em nossa mesa antes.

- Vocês parecem bem próximos. - Comentei e bebi mais um pouco.

- Crescemos juntos, Gabe é como um irmão, pena que não consegui te apresentar a ele. - Sorriu sem mostrar os dentes.

- Quem sabe na próxima. - Sorri tentando amenizar o clima.

- Bom, o que vamos fazer agora? - Ela me encarou. - Não quero mais beber.

-Nós podemos dar uma volta na praia, não está muito longe daqui. - Comentei.

- É uma boa ideia, Stan. - Ela sorriu.

Pagamos a conta e saímos, caminhamos lado a lado até chegar na praia. Ela desistiu de caminhar, tirou a jaqueta e jogou na areia para se sentar, me sentei ao seu lado.

- Vou sentir falta disso aqui. - Ela disse e meu peito disparou.

- Como assim vai sentir falta disso? - A encarei.

- Vou embora, Sebas. Não posso ficar aqui em LA, você está voltando para NYC e eu preciso ficar com a minha mãe em Cincinnati. - Sorriu sem mostrar os dentes.

- Eu... - Respirei fundo. - Vou sentir sua falta.

- Também vou sentir sua falta. - Sorriu.

- Sabe, você é a única que ainda me chama de Sebas desde que saí da faculdade.

- Foi uma época boa, a gente não se preocupava com muita coisa. - Ela abraçou as pernas e encostou a cabeça nos joelhos. - Sinto saudade.

- A vida adulta nem sempre é fácil, saudade de quando éramos jovens. - Continuavamos nos encarando.

- Achei que eu poderia conquistar o mundo.

- Você ainda pode.

- Não tenho tanta certeza disso. - Ela respirou fundo e eu sabia que tinha algo a mais ali.

- O que está passando pela sua cabeça?

- Está passando a ideia de que perdi o amor da minha vida. - Disse rápido.

- Uau! Então alguém finalmente conquistou seu coração de pedra, Lind? - Realmente estava surpreso.

- Ele sempre foi da mesma pessoa. - Riu sem humor. - Pena que ele não liga. - Ela olhou para o mar.

- Quem é esse idiota? Como alguém pode não ligar para você? - Continuei olhando para ela.

- É complicado. - Deu de ombros.

- Ou você está complicando por medo?

- Te odeio, Sebas! - Ela riu, me encarou e deu um leve soco no meu braço.

- É só a verdade. - Dei de ombros. - Acho que você tem medo.

- Do que? - Ela ainda me olhava, parecia perdida.

- De tudo. - Abaixei a cabeça.

- Parece que não está falando só de mim.

- Acho que não. - A olhei novamente.

- Dois medrosos. - Riu.

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Revisado em 08.12.2022.

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