- Eu não vou viver a sua vida Henry! Nunca quis isso e não vai ser agora que vou querer, porra! - Ela disse em um tom mais alto.
- Só quero que você passe esses meses comigo, não vou aguentar ficar longe de você tanto tempo.Argumentei mesmo sabendo que a resposta continuaria sendo um belo não. E agora que cometi meu maior erro.
- Qual é o problema Jenna? Eu banco tudo, a viagem, esses meses que você vai ficar sem trabalhar... - Disparei.
- Você acha que seu dinheiro compra tudo, não é Cavill? Pois saiba que eu NÃO estou a venda, eu NÃO sou um objeto, porra! - Retrucou sem aumentar o tom de voz.
- Caralho! Garota, você é impossível de lidar! - Gritei e percebi que ela se assustou. - Desculpe...
- Quer saber? - Respirou fundo. - Pega a aliança, seu dinheiro e engole. - Ela tirou a aliança de prata do dedo e deixou na bancada.
- Não faz isso... - Passei a mão pelos cabelos.
- Henry, tem três anos que estamos juntos, três anos que brigamos pela mesma coisa. - Ela respirou fundo, sabia que estava acumulando todas as brigas. - Você tem que entender que eu não vou deixar minha vida para viver a sua, eu não vou deixar de trabalhar, estudar e muito menos viver as suas custas, nesse ponto você já deveria ter entendido que não dependo de ninguém e nem quero. - Ela abraçou o próprio corpo, eu não tinha mais o que dizer. - Vou para o meu apartamento, fica com a aliança, quando você voltar a gente conversa.
- Mas eu vou ficar seis meses fora, Jen! - Me segurei para não chorar na frente dela.
- Eu sei. - Ela se aproximou e me deu um beijo no rosto. - Até o Natal, Henry.***** Seis meses depois *****
Assim que o avião pousou, peguei minha bagagem de mão e desci. Passei pelo portão de desembarque e fui para a esteira pegar a mala maior que despachei. Estava andando em direção a saída quando a vi sendo puxada pelo meu Akita, sorri com aquela cena.
- Ei garotão! - Abaixei e passei as mãos pelos seus pêlos assim que se aproximou. - Papai estava com saudade também. - Ele lambeu meu rosto. - Espero que não tenha dado trabalho para a sua mãe. - Me levantei e a encarei.
- Estávamos com saudade. - Ela me abraçou e eu retribui.
- Nunca senti tanta saudade como senti de você. - Coloquei meu rosto em seu pescoço e percebi ela se arrepiar.
- Vamos? - Ela se afastou, vi seu rosto vermelho, parecia a primeira vez que saímos.
- Vamos... - A encarei, queria mesmo era pegar ela no colo e levá-la para qualquer canto e transar até perder as forças. - Para onde exatamente?
- Para sua casa, panacão! - Ela riu, meu peito explodiu de felicidade, ali eu soube que ela ainda era minha.Jen foi andando na frente com Kal, ele na verdade que guiava essa caminhada, fui andando atrás, vendo minha mulher e meu filho se divertindo juntos.
Abri o maior sorriso do mundo. Na saída o carro estava à nossa espera, ela abriu a porta e prendeu Kal, coloquei minhas malas no porta malas e entrei me sentando ao seu lado.
- Estamos bem? - Perguntei entrelaçando nossas mãos.
- A gente precisa conversar, mas acho que sim. - Ela me encarou e viu que eu usava sua aliança presa no meu colar junto a minha. - Acho que isso aí é meu. - Riu e eu sabia que era de nervoso.
- Você me devolveu, então agora é minha. - Fingi, eu só queria por esse anel no dedo dela desde o momento que ela tirou.
- A audácia! - Riu. - Você é grande mas não é dois, Cavill! Tiro isso de você em menos de um minuto.
- Eu que digo, a audácia da garota! - Rimos. - Seus tapas não fazem cócegas. - A encarei.
- E quem disse que vou tirar isso de você te batendo? - Piscou para mim e deu um sorriso malicioso.
- E como vai tirar? - Disse assim que minha boca se aproximou do seu pescoço.
- Você vai ver. - Ela sorriu e se ajeitou no banco.O carro já tinha dado a partida há alguns minutos, ainda demoraria para chegarmos na minha casa, nossa casa, pois estava morando afastado do aeroporto e do centro, achei a paz naquele canto da cidade.
Ficamos de mãos dadas o caminho todo, ela acabou dormindo no meu ombro, provavelmente acordou cedo, ou nem dormiu, por causa da ansiedade. Sempre soube quando ela tinha alguma crise e estava sem dormir, mas dessa vez não consegui identificar o que tinha acontecido.
Chegamos em casa e não quis acordá-la, a ajeitei no banco, peguei Kal e o coloquei para dentro, pedi ao motorista que entrasse com as malas. Peguei Jenna no colo, ela grudou no meu corpo, e subi para o nosso quarto. Assim que a coloquei na cama ela abriu os olhos.
- Não, não, não... - Sussurrei. - Pode voltar a dormir.
- Deita aqui comigo... - Ela sorriu.
- Tem certeza? Você não está brava? - Encarei.
- Estou, mas a saudade por estar seis meses sem você é maior do que qualquer coisa, eu amo você Henry. - Sorriu.
- Eu amo você, panaca! - Sorri.
- Ei, sou eu que te chamo de panaca nessa relação. - Riu e se aconchegou ao meu corpo assim que deitei na cama. - A gente ainda está de sapato.
- Não ligo. - A apertei mais contra meu corpo. Descansamos.Acordei e não senti ela grudada em mim, passei a mão pela cama e só o travesseiro estava ali. Levantei, fiz minha higiene, ajeitei a cama, coloquei uma roupa mais confortável e desci.
Ouvi a nossa música vindo da cozinha e um cheiro maravilhoso de café. Assim que adentrei o ambiente a vi de costas para mim, cantando e terminando de fazer algo que não consegui identificar.
- Bom dia. - A peguei pela cintura e dei um beijo em seu ombro.
- Bom dia. - Ela me deu um selinho e voltou a atenção para o que estava cozinhando.
- O cheiro está maravilhoso. - Disse assim que me sentei na bancada.
- Na verdade, eu deveria preparar o almoço, mas achei que iria querer café e panquecas para se recuperar da viagem. - Disse ainda concentrada.
- Você acertou em cheio, porque estou morrendo de saudade do seu café.
- Só do café? - Ela colocou a xícara e a garrafa térmica à minha frente.
- Você sabe que de você também. - Sorri e me servi.
- Acho bom, William! - Riu. - Nós precisamos conversar. - Respirou fundo e trouxe o prato com as panquecas.
- Sim, mas agora? - Percebi o quanto ela estava séria.
- Me promete que nunca mais vai dizer que vai me bancar? - Apenas assenti. - Eu preciso ouvir da sua boca, Henry.
- Sim, prometo. - Dei um gole no café. - Isso está perfeito.
- Não muda de assunto, panaca! - Sorriu e eu sabia que estava tudo bem. - É sério, não quero mais esse assunto, desde o começo você sabia que eu não ia deixar minha vida por causa da sua.
- Eu sei e sei que errei, principalmente por ter gritado com você.
- Você foi um idiota por ter gritado comigo. - Revirou os olhos. - Mas, tenho uma novidade.
- Qual? - Arqueei a sobrancelha.
- Dei um jeito de trabalhar de casa e se você quiser, é claro, posso passar uns dias aqui com você... - A encarei, ela estava esperando uma resposta minha. - Mas só se não for te atrapalhar.
- É sério? Claro que não vai atrapalhar Jen! Vai ser um teste para quando você vier morar de vez aqui. - Falei muito rápido e ela riu.
- Você não tem jeito, Henry! - Deu um gole no café. - Mas pode ser uma boa, quem sabe a gente não casa mesmo.Ouvir isso fez meu corpo esquentar e meu coração quase sair do peito, depois de tanto tempo juntos nós ainda nos pertencemos.
Levantei do banco em que estava, fui em sua direção e a coloquei sentada na bancada, não me importei se derrubamos algo, transamos ali mesmo, depois de meses separados.
___________________________________________________
VOCÊ ESTÁ LENDO
OneShots - Diversos - LIVRO I.
FanfictionOi chuchus, tudo bem? As histórias que vou publicar aqui, já foram publicadas, ou estão sendo publicadas, no Spirit também. [https://www.spiritfanfiction.com/perfil/rebellovesong] Pedidos estão abertos [não escrevo hot]. E o livro II está rolando...