| Christopher |
Flashback on
A segunda-feira começou a todo vapor. Deixei Dulce por volta de oito horas da manhã em sua casa e fui para a von-Uck, pela manhã tive uma reunião com alguns colaboradores e recebi alguns fornecedores, na hora do almoço minha mãe me chamou para almoçar com ela mas neguei, preciso ficar sozinho por um tempo. Durante a tarde cuidei de toda parte bancária e fui pra casa um pouco mais cedo. Chegando em casa, me jogo no sofá, apoio um braço no alto da cabeça e mordo os lábios pensando na minha vida. Depois de um tempo de reflexão, respiro fundo e me levanto indo preparar algo para comer. Vou para o banho e ligo a hidromassagem, preparo um cigarro de cannabis e relaxo na banheira. Começo a me lembrar das últimas vezes que a usei, foram momentos maravilhosos nela com Dulce. Dulce... Ah, Dulce... Respiro fundo. Lembro das suas curvas que me agradam tanto, acho o corpo dela perfeito e natural, as sardas em seu colo me enlouquecem. Seus traços únicos e delicados a tornam ao mesmo tempo fofa e muito, muito sexy. Ela é linda demais! O sexo que fazemos... Não tenho dúvidas de que é a melhor parceira sexual que já tive, e olha que não foram poucas... Mas teve encaixe, muita química, desde o primeiro momento. Não sei, é algo que não consigo explicar... Existe muita conexão e isso torna nossas transas diferenciadas, diferenciadas a ponto dela conseguir se destacar em meio a tantas mulheres que já transei e não faço nem idéia de quantas foram. Diferenciadas a ponto de eu pensar em sexo nos últimos dias e desejar fazer isso com ela, mas algo nisso irá mudar... Enfim. Nossas conversas me agradam, gosto de a ouvir falar, tenho interesse em saber tudo que ela pensa e sente, conhecer mais sobre o mundo de Dulce María, sua forma de ver as coisas, sua opinião sobre outras. Admiro também sua liberdade como mulher, não posso negar. Por mais que isso tenha me irritado nos últimos dias e eu não faço idéia do porquê...
Desperto dos meus pensamentos que insistem em manter Dulce em minha mente e percebo como pensar nela me deixa ansioso, irritado. Não estou gostando disso, eu não estou normal e preciso dar um jeito nisso.
Saio do banho e vou para o quarto me trocar, coloco um moletom e ligo a TV para escolher uma série pra assistir. Desligo meus celulares e deixo eles em cima do criado mudo ao lado da cama. Passo o resto do fim do dia na cama assistindo, na hora do jantar peço comida italiana e durmo cedo.No dia seguinte acordo por volta das sete horas, tomo café e desço para a academia do prédio. Em uma hora de treino descarrego boa parte da tensão que estou sentindo e consigo me distrair.
Quando volto para minha cobertura, a mulher que cuida da minha casa já tinha chego. Conversamos um pouco, ela me conta sobre o filho ter conseguido uma bolsa de estudos em uma escola particular do bairro em que moram e fico feliz por ela e pelo menino.
Vou para o quarto tomar um banho, me troco e vou direto para a empresa. Hoje acordei decidido e aproveitarei o máximo meu dia para voltar minha atenção as coisas que realmente me importam.Por volta das dez horas, minha mãe e eu vamos até uma cafeteria ao lado da empresa. Fazemos nossos pedidos e ficamos conversando por um tempo.
Alexandra: fala a verdade, a loja de Tijuana não está indo tão bem assim, não é mesmo? - Fico confuso com sua pergunta.
Christopher: está indo muito bem! Por que?
Alexandra: parece que você andiantou sua vinda para o Distrito Federal para desestressar, mas está ainda mais estressado aqui nos últimos dias. Não adianta disfarçar, te conheço há trinta anos e sei que algo está acontecendo! Conta pra mamãe, o que está te preocupando?
Christopher: eu só adiantei minha vinda porque acho que estava passando muito tempo em Tijuana, só isso! Não tem nada acontecendo, talvez seja só excesso de trabalho.
Alexandra: e você está nessa porque quer! A von-Uck já nos dá trabalho demais, não tinha necessidade de você ter indo para tão longe abrir uma loja. O dinheiro é seu e você investe onde quiser, sei disso, mas a partir do momento que vejo que isso não está te fazendo bem, sou obrigada a discordar.
Christopher: a loja de Tijuana não me dá tanto trabalho, mãe, pode ficar tranquila! Sabe que eu gosto de lá por conta das praias, gosto de surfar, relaxo andando de skate. Sem contar que sempre estou nos Estados Unidos.
Alexandra: esses motivos não me convencem, mas você sabe o que faz. Não queria você tão longe e se dedicando a outra empresa.
Christopher: quando estou lá consigo controlar a von-Uck muito bem, sabe disso. Não precisa se preocupar.
Alexandra: meu medo é em algum momento aparecer alguma moça grávida de você lá, além de não conhecer a realidade dela, a criança ficará longe de mim. Imagina quando você conhecer alguém e eu gostar dessa pessoa? Se ela for de Tijuana vocês vão acabar ficando por lá mesmo e vai ser ainda pior, vão ficar longe de mim. Não gosto nem de pensar! - Fala apavorada e rio.
Christopher: dona Alexandra... Pode parar! - Rio. - Não tenho e não vou ter nenhum filho perdido por Tijuana e região, e sobre conhecer alguém de lá e ter uma relação séria, tudo pode acontecer, mas fica tranquila que não quero isso tão cedo! Agora vamos falar sobre a senhora... E os namorados, mãe?
Alexandra: Christopher Alexander Luís! Olha como você fala com sua mãe! - Me repreende e rio.
Christopher: esse seu amigo que sempre tira fotos suas quando está passeando, não sei não se não é meu padrasto... - A provoco.
Alexandra: me respeita! Vivo muito bem sozinha e não preciso de ninguém ao meu lado! Você não tem amigos? Todo mundo tem amigos! Me respeita, Christopher! - Fala brava.
Christopher: mas eu não posso ter, não é? - Cruzo os braços. - Sempre quando falo que estou com uma amiga você fica preocupada e diz para eu tomar cuidado para elas não engravidarem, pensei q...
Alexandra: chega! Pode parar de graça! E essas suas amigas sabemos bem o que são... - Bufa.
Christopher: são ótimas! - Rio e ela revira os olhos.
Alexandra: paga a conta e vamos voltar para a empresa! - Assinto e nos levantamos.
Vou almoçar em casa e aproveito para olhar as mensagens no WhatsApp. Já tem um tempo que não me anima mais trocar mensagens, então abro o aplicativo poucas vezes no dia. Depois abro o Instagram e o primeiro post que aparece é uma foto publicada por Dulce há poucas horas, está em Cancun. Vejo seu stories e ela está com um grupo de amigos.
Dulce se mostra cada vez mais irresponsável, não sabia que ela iria viajar, ela não comentou nada comigo, claro, ela não tem que me falar nada, mas imagino que muito menos contou algo para os pais dela. Sei que está cansada das cobranças que tem da família mas não acho que é assim que ela vai relaxar, simplesmente deixando seu trabalho de lado e esquecendo que tem responsabilidades na empresa de sua família. Confesso que entendo o lado de seus pais. Se ela quer em plena terça-feira estar em uma praia de Cancun em uma viagem de amigos, que ao menos peça férias ou comunique seus pais que precisa de um tempo, o que sei muito bem que não fez e sei que foi viajar sem avisar ninguém. Respiro fundo e jogo o celular em qualquer canto e aproveito para tirar um cochilo após o almoço.
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Nosso Plano (Vondy)
FanfictionChristopher von Uckermann, 30 anos, Cidade do México, empresário e herdeiro de uma tradicional loja do ramo de peças para carros importados fundada por seu avô vindo da Suécia há 48 anos. Dulce María Saviñon, 30 anos, Cidade do México, advogada por...