capítulo trinta e dois

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| Christopher |

Flashback on

Dulce e eu acordamos cedo no dia seguinte, segunda-feira, e após almoçarmos, voltamos para Tijuana. A viagem de volta durou aproximadamente uma hora e quarenta e cinco minutos. Voltamos com o carro cheio de sacolas, Dulce comprou muitas coisas.

Dulce: como é bom chegar em casa! - Coloca algumas sacolas que carrega no tapete da sala e se joga deitando no sofá, rio pelo nariz e me sento ao lado dela colocando as outras sacolas no tapete também, ela joga as pernas por cima das minhas.

Christopher: dizem que viajar é bom , mas voltar para casa é melhor ainda... - Rio.

Dulce: sente diferença de quando está aqui e quando está na Cidade do México?

Christopher: acho que acostumei, mas sem dúvidas prefiro minha casa no Distrito Federal! Acho ela mais aconchegante, consigo relaxar mais.

Dulce: não consegue descansar em Tijuana?

Christopher: sei lá, aqui, apesar do lazer, vivo muito para o trabalho, que é o que ainda me prende aqui, não é?! Na Cidade do México tudo é mais regrado e feito com responsabilidade.

Dulce: como assim? - Ela se senta no sofá mas ainda está com as pernas por cima das minhas.

Christopher: aqui ia para muitas festas, viajava bastante para outros países e sempre no meio de muita diversão, as pessoas com que convivo aqui tem esse ritmo e estilo de vida. Apesar de ter muito trabalho, Tijuana é como uma colônia de férias para mim... - Dou de ombros.

Dulce: ia - Ela deu ênfase nessa palavra. - para muitas festas e viagens? - Pergunta curiosa.

Christopher: já tem algumas semanas que desanimei, ando preferindo ficar tranquilo em casa ou fazer coisas mais tranquilas, barzinho, restaurante... - Respondo refletindo sobre essa minha nova fase e ela assente.

Dulce: bom, vou arrumar essas sacolas em algum canto e você desce para pegar nossas malas no carro, tudo bem? - Diz se levantando e pegando as sacolas. Assinto e desço para o estacionamento do prédio.

Christopher: Dul, dentro do meu guarda-roupas, em um canto, tem uma mala vazia, coloca suas coisas nela, sem chance de viajar de avião com todas essas sacolas! - Digo quando volto para a minha cobertura e ela assente indo fazer o que eu disse.

Dulce pega uma mala que tenho sobrando e arruma suas compras dentro dela, depois a deixa em um canto do meu quarto.

Dulce: nem parece que comprei tanta coisa! - Diz rindo.

Christopher: você gosta de gastar muito? - Pergunto a abraçando pela cintura.

Dulce: não de forma fútil. Tudo que eu compro, eu uso! - Ergo as sobrancelhas e assinto fazendo bico.

Christopher: eu gosto de ser responsável com meu dinheiro. - Comento.

Dulce: mas não é você que disse que gasta como quer?

Christopher: tudo que ganho aqui em Tijuana, sim! Mas invisto aqui, também. Gasto com viagens, restaurantes, com essa cobertura, com meu carro... Não ostento, sabe? Roupas de grife que custam dez mil reais, sapatos que custam quinze mil, e que além de serem apenas peças de roupa caríssimas, acho cafona.

Dulce: seu jeito de se vestir diz muito sobre você, esses moletons, corrente... Look típico de traficante! - Faço uma careta demonstrando não ter gostado do que ela disse.

Christopher: está louca? - Me afasto dela e sento na cama tirando o par de tênis. - Eu gosto de me sentir confortável, por isso uso bastante moletons. Uma das minhas correntes carrega um crucifixo, a outra é até discreta. Posso te dizer que grandes nomes do tráfico que conheço se vestem como típicos ícones da moda, sabia? - Jogo os sapatos longe.

Dulce: calma, não precisa ficar nervoso... - Diz ficando em pé na minha frente. - É que seu jeito mais sério, a barba, moletons e corrente podem causar uma má impressão para quem não te conhece.

Christopher: eu gosto de me sentir confortável, por isso uso bastante esse tipo de roupa quando não estou trabalhando. Nada a ver o que você está falando... - Reviro os olhos e me levanto.

Dulce: está bem, me desculpa! - Diz vindo atrás de mim no banheiro. - Eu gosto do seu jeito, do seu estilo... E mesmo com esse jeito de perigoso... - Ela ri e respiro fundo irritado. - Eu fico muito excitada. - Diz mordendo o lábio e a encaro franzindo o cenho.

Christopher: não fica falando esse tipo de coisa, Dulce, eu não gosto! Não sou traficante, não sou criminoso, nem nada do tipo. Não fica falando essas bobagens! - Falo sério e irritado.

Dulce: tudo bem, eu já pedi desculpa! - Levanta as mãos. - A parte que eu disse que esse seu jeito me excita, você não vai considerar? - Agora foi a vez dela envolver os braços em minha cintura. A encaro sério e selo nossos lábios em um beijo cheio de malícia. Levanto Dulce e a deixo sentada na pia do banheiro, não demorou muito para nossas roupas estarem no chão e o fogo estar percorrendo por nossos corpos. - Você consegue fazer ainda mais gostoso quando está irritado! - Comenta no final de tudo e rio pelo nariz ofegante enquanto me recupero do orgasmo.

Christopher: você é maluca! - Nego com a cabeça e ela ri mordendo o lábio. Depois de nos recuperarmos, a ajudo descer da pia e aproveitamos para tomar um banho juntos.

Dulce: você tem que parar com essa mania de querer transar sem preservativo. - Comenta e franzo o cenho.

Christopher: dessa vez você nem me deu a chance de procurar por um, maluca!

Dulce: mas agora já está ciente! - Diz tranquila passando sabonete pelo corpo e a olho confuso.

Christopher: acho melhor você ficar quietinha, Dulce, ou terei que calar sua boca de um jeito... - Falo impaciente.

Dulce: é? Como? - Pergunta maliciosa. Seguro meu membro e bato com ele na bunda dela. - Eu vou adorar! - Vira para me olhar e morde os lábios.

Christopher: maluca! - Rio pelo nariz e ela me coloca contra o box do banheiro e sela nossos lábios.

Capítulo curto só para atualizar e dizer para não desistirem de mim (ou desistam, porque estou quase desistindo disso aqui. Hoje estou pokas idéias para los vondys 🤣). Estava sem tempo mas agora voltarei a atualizar novamente.

Nosso Plano (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora