capítulo vinte e seis

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| Christopher |

Flashback on

Tento ser o mais breve possível no que tenho que fazer e não demoro muito a voltar para casa.

Christopher: cheguei! - Digo me deitando ao lado de Dulce na cama e envolvendo um braço na cintura dela.

Dulce: oito minutos de atraso! - Me olha séria e cheia de poder.

Christopher: foi o tempo de deixar o carro no estacionamento e subir.

Dulce: eu ia te dar algo, mas devido ao atraso você não está merecendo... - Sussurra próxima de meu rosto.

Christopher: é? E o que você ia me dar? - Pergunto malicioso beijando o queixo dela.

Dulce: isso aqui... - Pega uma de minhas mãos e guia até debaixo de seu vestido a colocando em sua intimidade coberta pela calcinha de renda. Dulce está extremamente molhada, excitada. Ainda guiando minha mão, ela afasta um pouco a calcinha e faz com que eu estimule seu clitóris. Dulce fecha os olhos e se contorce em minha mão enquanto geme.

Christopher: caralho! - Sussurro baixinho. - Deixa de ser malvada e me desculpa, eu disse que viria em até uma hora e assim fiz... - Digo roçando meu nariz no dela.

Dulce: hum... Acho que você não está merecendo, mesmo... - Tira minha mão de sua intimidade e a guia até minha boca fazendo com que eu sinta seu gosto doce em meus dedos.

Christopher: tão doce quanto seu nome... Perfeita... - Começo a beijar seu colo e seu pescoço e ela morde o lábio fechando os olhos. Selo nossos lábios e volto a estimular sua intimidade molhada por dentro da calcinha, Dulce fica ofegante e puxa meu cabelo com uma das mãos e a outra coloca em minhas costas por dentro da minha camisa.

Dulce: sai! - Diz me empurrando levemente e se afastando de mim. Ela se senta na cama.

Christopher: o que houve? - Pergunto confuso e me sento na cama também.

Dulce: tira isso aí do quadril... - Aponta com a cabeça para meu quadril. Suspiro e pego a pistola a colocando na cama.

Christopher: pronto!

Dulce: por que eu acho que você está me escondendo algo? - Dou de ombros.

Christopher: pergunta o que você quiser saber! - Digo simplesmente.

Dulce: você trabalha com criptomoedas mesmo ou tentou me enrolar com essa história?

Christopher: é claro que mexo com isso! Por que eu mentiria para você? - Franzo o cenho.

Dulce: e quem são seus clientes?

Christopher: quer mesmo saber? - Ela assente. - Eu tenho um cliente só, e posso te apresentar ele hoje a noite...

Dulce: como assim? - Fica confusa.

Christopher: ele sempre faz as melhoras festas para a elite de Tijuana, hoje vai ter uma e ele me chamou...

Dulce: e você aceitou? - Ela faz uma cara de poucos amigos e eu nego.

Christopher: claro que não, não estou afim de festa! Mas se você quiser ir... - Ela morde o lábio e fica pensativa. Tão linda, sexy e complicada...

Dulce: você não está mentindo para mim? - Gruda no colarinho da minha camisa e faz com que eu incline meu corpo para frente.

Christopher: eu não estou mentindo, eu juro! Eu quero que você tenha confiança em mim, Dul... Confia como amigo ou como você quiser, mas entenda que eu não tenho a intenção de mentir para você em momento algum. Eu busco ser o mais sincero possível com você, deve ser por isso que me sinto tão a vontade ao seu lado... - Ela suspira e assente. Seguro a mão dela e deposito um beijo delicado.

Dulce: que horas é a festa?

Christopher: a partir das nove.

Dulce: nós vamos! Eu quero conhecer um pouco mais do seu mundo! - Assinto e a puxo para meus braços, ela resiste e se levanta da cama.

Christopher: não quer terminar o que estávamos fazendo?

Dulce: perdi o tesão! - Diz entrando no banheiro e suspiro. - Podemos ir passear agora? - Fala de dentro do banheiro.

Christopher: claro! - Respondo simplesmente. Me levanto e vou até o espelho, abaixo um pouco minha camisa para tentar disfarçar a leve ereção em minha calça e passo a mão no cabelo. Dulce sai do banheiro e pego a pistola na cama e a coloco em meu quadril, ela apenas observa e não diz nada.

Dulce: te espero na sala! - Assinto e ela pega sua bolsa e o celular, e sai do quarto. Vou até o banheiro jogar uma água no rosto e depois a encontro na sala. Descemos juntos para o estacionamento. - Para onde vamos? - Pergunta depois de colocar o cinto de segurança quando entramos no carro.

Christopher: pensei em te levar no El Popo Market, um mercado tradicional aqui de Tijuana. É um local bonito, bem colorido, e se vende muitas coisas para comer. Dentro dele existem algumas outras lojas que vendem outras coisas, mas em sua maioria são lojas de produtos alimentícios! - Ela apenas assente. Durante o caminho conversamos bem pouco, sinto que Dulce está brava comigo e fico mal por isso.

O passeio pelo mercado foi bem bacana, Dulce e eu comemos algumas comidas típicas mexicanas e compramos alguns temperos para levar pra casa.

Dulce: você comeu todo o meu doce! - Fala emburrada quando vamos para o estacionamento do El Popo Market.

Christopher: ow, meu deus... - Falo fazendo bico e puxo ela por uma das mãos e a abraço pela cintura. - Quer voltar lá e compramos mais? - Ela nega. - Não quer, mesmo? - Pergunto procurando por seu olhar e ela nega tentando sair dos meus braços.

Dulce: eu gostei bastante do local! - Ela comenta.

Christopher: que bom, minha linda! Vim poucas vezes aqui, não poderia deixar de te trazer porque é um ponto turístico de Tijuana! - Ela dá um meio sorriso e se solta dos meus braços. Suspiro e sigo ela até meu carro. Abro a porta para ela entrar e depois dou a volta nele fazendo o mesmo e dando partida.

Chegamos em minha cobertura e guardamos os temperos no armário. Olhei no relógio e eram cinco horas da tarde.

Dulce: vamos caminhar na praia? - Pergunta enquanto observa a vista pela enorme janela de vidro da sala.

Christopher: agora? - Ela assente. - Vou trocar de roupa! - Vou até o quarto e troco apenas a calça por uma bermuda e calço um par de chinelos. - Vamos? - Digo quando volto para a sala. Dulce assente. Como ela já estava de vestido e uma rasteirinha, não precisou se trocar.

Descemos para o estacionamento do prédio e fomos de carro até a praia mais próxima de casa. Estacionei o carro e descemos. Quando chegamos na areia, Dulce tira os sapatos e caminhamos na beira do mar de mãos dadas e conversando, o clima estava mais leve entre nós dois e agradeço mentalmente por isso. Ríamos e conversávamos sobre várias coisas.
Paro em um quiosque e compro água para nós, até que Dulce olha a hora no celular e diz que é melhor voltarmos para casa.

Dulce: em San Diego vamos aproveitar as praias, não é? - Pergunta assim que entramos no carro e assinto sorrindo.

Christopher: quer aprender a surfar?

Dulce: quero muito! Pelo menos aprender a ficar de pé em uma prancha... - Ri pelo nariz.

Christopher: vou te ensinar, então! - Sorrio.

Dulce: você surfa há muito tempo? - Assinto.

Christopher: há muito tempo! Eu gosto de esportes sobre pranchas. Surf, skate... - Comento.

Dulce: diferente!

Christopher: você acha? - Desvio a atenção do caminho e olho rapidamente para ela que assente.

Dulce: não consigo lembrar de ninguém que conheço e que tenha como hobby esses esportes. Sabe, às vezes olho para você e se fosse te julgar por aparência, não iria acreditar que você é do jeito que é.

Christopher: como assim?

Dulce: é aquilo que já conversamos, talvez quem te veja de fora te ache muito sério, metido... Você é mais fechado. Não dá para te imaginar surfando, andando de skate, todo menino... - Ela dá um meio sorriso e pego uma de suas mãos e dou um beijo delicado no dorso dela, depois entrelaço nossas mãos e assim ficamos até chegar em meu prédio.

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