29. Ninguém me olha como você.

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Camila Cabello's point of view.

— Ir pra Nova York com você? – Lauren repete minha pergunta, com um sorriso meio desacreditada nos lábios. – Tipo, pra sua audição?

— Sim! – Exclamo, jogando algumas gotas de água nela. – Não sei porque você parece estar surpresa, achei que estivesse na cara que eu ia te convidar.

— Não! Digo, eu pensei que você iria querer passar o momento com a sua mãe e tudo mais.

— Você é minha concentração de inspiração agora, sua presença é necessária – Lauren sorri, e eu passo uma das minhas pernas na dela. – E também, com quem eu vou me divertir no camarim?

— Meu Deus, como resisto a um pedido desses? – Ela diz, dramaticamente, e eu solto uma risadinha, saindo do meu lugar para ir até ela.

— Então isso é um sim? — Pergunto, apoiando minhas mãos uma de cada lado do seu corpo enquanto aproximo meu rosto do dela, até que ficássemos a apenas alguns centímetros de distância.

— Com certeza um sim!

Eu sorrio abertamente, e Lauren junta seus lábios nos meus em seguida. Suas mãos escalam minha coluna, até que ela me fizesse sentar em seu colo. Meu torso se cola no seu, e com as minhas mãos agora livres, as levo de encontro com seu rosto.
Nossos toques não são levados para a malícia, nem mesmo quando Lauren deixa um sutil aperto na minha bunda, e quando quebramos o contato do beijo, ela não vai direto para o meu pescoço. Seus lábios beijam minha testa, e meu peito se aquece. Ficamos trocando um olhar por longos segundos, daqueles que esfregam na sua cara o quão apaixonada você está. Daqueles que te fazem perceber que você encontrou a sua pessoa, e que você não pode a deixar ir.

Sorrio pra ela, antes de sair do seu colo ir me sentar ao seu lado na banheira. Entrelaço nossos braços, e apoio minha cabeça no seu ombro, me permitindo usufruir da calmaria deste momento por alguns segundos.

— Sabe de uma coisa? – Digo, em um tom baixo, e Lauren murmura, iniciando uma carícia no meu braço. – Você me olha como ninguém nunca me olhou antes.

— Como? – Lauren pergunta, no mesmo tom.

— Amor, admiração, respeito, honestidade, paz, conforto, confiança... eu não sei – levanto um ombro. – Eles me expressam muita coisa.

— É porque meus olhos tentam passar o que sinto por você, e a verdade é que nunca senti isso por mais ninguém.

Eu quero saltar dessa banheira, abrir a janela e gritar o que ela acabou de dizer para o mundo inteiro ouvir. Quero gritar que eu amo ela, que ela é o amor da minha vida, que ela faz meus dias melhores. Que ela é o meu bem mais precioso. Quero gritar pro mundo todas as batidas aceleradas que ela faz meu coração dar. Mas, naquele momento, eu só a abraço de lado, e me aninho nela como se estivesse com medo de que ela se fosse.

— Eu te amo tanto – sussurro, quase como se fosse a voz do meu coração dizendo isso, e Lauren me aperta mais, reconfortavelmente.

— Eu te amo também – ela deixa um beijo no topo da minha cabeça, e sorrio comigo mesma. Um sorriso bobo e derretido.

— Eu estava pensando enquanto arrumavámos a casa... – digo. – Você precisa escrever aquela biografia, Laur.

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