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• • Vinnie Hacker

- Mais uma! - Falei ao bater o copo no balcão, então o barman veio até mim e me serviu outra dose de whisky, então assim como eu fiz com as outras 6 doses anteriores, virei todo o líquido ardente de uma vez só e voltei a bater o copo no balcão, ma...

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- Mais uma! - Falei ao bater o copo no balcão, então o barman veio até mim e me serviu outra dose de whisky, então assim como eu fiz com as outras 6 doses anteriores, virei todo o líquido ardente de uma vez só e voltei a bater o copo no balcão, mas dessa vez o funcionário ignorou o meu pedido, então pigarriei alto, chamando a sua atenção. - Tá difícil??? -

O rapaz me olhou em silêncio por alguns segundos, até que suspirou e veio até mim, se debruçando um pouco para falar comigo.

- Qual é, irmão, você já está na sétima dose e só faz uns 40 minutos que chegou aqui, vai com calma, beber assim não vai fazer seus problemas sumirem. - Ele falou calmo encarando o meu rosto e eu arquiei as sobrancelhas com a audácia do idiota.

- Por acaso eu pedi a sua opinião? - Falei sério encarando sua íris. - Só faz a porra do seu trabalho e me serve outra bebida! -

Continuou me olhando por mais algum tempo, mas então se deu por vencido e respirou fundo, depois se afastou e pegou a garrafa de whisky atrás dele e logo encheu o meu copo novamente.

Sem desviar os meus olhos dos dele, voltei a virar tudo de uma vez só na boca como se o líquido não queimasse nem um pouco a minha garganta e em um tom provocativo, pedi mais uma dose.

- Mais uma. -

No fundo eu sabia que o cara não estava fazendo nada além de ter empatia comigo, mas nesse momento eu só precisava que ele fizesse o seu trabalho e me servisse quantas doses fossem necessárias para me fazer esquecer tudo.

- Desculpa cara, mas eu não vou mais servir você. - Falou fazendo sinal negativo com a cabeça, e incrédulo eu me levantei bruscamente do banco a qual antes me sentava e passei a mão no rosto, deixando um sorriso sem humor escapar entre os dentes.

- O que você disse? - Perguntei retoricamente focando a minha atenção nele. - Tá afim de levar umas porradas? - Cerrei os punhos sobre o balcão.

- Você pode me bater se quiser, não vai ser como se fosse a primeira vez que bate em alguém hoje. - Apontou para a minha mão que ainda estava suja com sangue seco. - Eu conheço o seu tipo, algo ruim aconteceu e você está se afogando em álcool, mas se eu deixar isso acontecer, daqui a pouco alguém vai se aproximar, te irritar e quando menos esperar tudo vai estar voando pelos ares, daí quem acaba sem trabalho sou eu. -

- Se não parar de bancar o piscicólogo, você vai acabar é sem os dentes! - Falo em tom autoritário e por milésimos o cara extremece, mas então ele se recompõe e pega a garrafa a qual estava usando para me servir.

- Te vendo a garrafa, você caí fora. -

- O que? - Franzo o cenho.

- Você quer beber, não é? Beleza, eu não me importo, tudo o que estou fazendo é garantir que você não vai sair quebrando o estabelecimento depois. - Continuo o encarando por um tempo, até que dou de ombros e reviro os olhos.

ᴍᴇᴜ ᴄᴏʟᴇɢᴀ ᴅᴇ ǫᴜᴀʀᴛᴏ. VINNIE HACKER.Onde histórias criam vida. Descubra agora