06

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Maraisa:


—Você também é Professora? — Perguntei para Maiara, a qual estava sentada ao lado da Marília.

— Sim, sou Professora.

— Qual matéria? Aonde você trabalha? — Perguntei curiosa e a mesma deu um breve riso.

— Eu dou aula de História e bom, talvez você não conheça o colégio, mais dou aula na França e tenho uma escola própria minha. A qual levantei com uma amiga nossa.

— Sério? Você é francesa? Minha mãe é filha de franceses, mais nunca fomos para França, bom pelo menos eu não. — Digo e a mesma sorri, Marília parecia estar entediada com nossa conversa, mas eu pouco me importava

— Não, eu sou brasileira mesmo.

— Hmm, como é lá? É tão belo quanto nas fotos? — Perguntei curiosa e a mesma olhou para Marília, a qual bufou.

— Bom, não posso dizer que é belo, porque vai que algum dia você vá e acabe não gostando. Se quiser algum dia ir me visitar lá, ficarei muito feliz.

— Eu adoraria, o problema séria minha mãe deixar. — Digo um pouco desanimada.

—- É, quem saiba quando você completar 18 anos então. Com quantos anos você está agora?

— 16 anos ainda, infelizmente — Respondo e a mesma suspira pesadamente.

— Quando você completar 18 então, você pode ir me visitar, o que acha?

— Claro, porque não, eu realmente adoraria visitá-la na França.

— Isso se até lá você não estiver presa. — Olhando para a sem graça da Marília, ela estava encarando suas unhas.

— Você é insuportável, sabia? — Perguntei. A mesma apenas revirou os olhos.

— E você é uma mimada estúpida.

— Melhor ser uma mimada e estúpida, do que ser uma mulher velha e arrogante. — Mostrando minha língua para a mesma, Marília ficou vermelha de raiva.

— Se fosse minha filha, eu já teria lhe dado uma bela de umas palmadas garota.

— Ainda bem que não sou, porque coitada da criança que tiver você como Mãe — Respondo a mesma. Marília apenas me ignorou, o que achei ótimo. Voltando minha atenção para Maiara, a mesma balançava sua cabeça em negação.

— Ela sempre foi chata assim? — Perguntei para a mesma, a qual seu um breve riso.

— Sim, Marília sempre foi chata assim, já estou acostumada. — Vendo a mesma desferir um tapa no braço da ruiva, revirei meus olhos por tamanha agressividade.

— Credo! Eu em, se minha amiga me batesse desse jeito, eu descia o power ranger para cima dela.

— Power Ranger? Sério? Então coitada de você, porque aqueles lá mais apanha do que bate. — Marília diz me olhando com cara de deboche. — O que explica muita coisa sobre você ter quase morrido na quadra, após dar 100 volta nela toda.

— 100 voltas? E saiu viva? Se eu corresse cem voltas, eu estaria tendo um velório agora mesmo — Maiara responde me fazendo rir. Marília apenas revirou os olhos.

— Deixa de drama Maiara, quando eramos novas, você sempre me ganhava nas corridas.

— Exato. Quando eramos mais jovens, se eu corresse agora, nem 5 voltas, eu estaria caindo dura no chão.

— Nada dramática. — Digo e a mesma pisca para mim.

— Fica quieta pirralha, se não dá próxima vez faço você dar 200 voltas na quadra.

— Você só pode ser uma sociopata, uma psicopata de carteirinha mulher.

— Você ainda não me conheceu meu bem, quando conhecer melhor, verá que sou bem pior — Diz a mesma bem próxima, prestes a responder a mesma o sinal tocou indicado o termino de sua não-aula em minha sala.

Sweet MoonOnde histórias criam vida. Descubra agora