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Marília:


Andando de um lado para o outro, eu esperava pela Almira, ela disse que assim que tudo terminasse viria me avisar, mais nada até agora.

Mordendo meu lábios inferior, avistei a mesma vindo em minha direção com passos inseguros, bom, pelo menos foi o que pareceu.

— Então, ela está melhor? Por que estava sangrando? — Perguntei preocupada já vendo Rosa vir segurando um prontuário.

— Oi Professora, está tudo bem? Eu vi a Senhora entrando no hospital com sua esposa, fiquei preocupada, ela está bem?

— Desculpa Sarah, agora não é um bom momento — Digo indo até Rosa, a qual me olhou com os olhos arregalados.

— Então, o que ela têm? — Perguntei novamente, só que dessa vez para ela.

— Hum! Bem, no momento ela está sedada, estava sentindo muita dor. Só que não sei como te contar o motivo do qual levou ela ter esse tipo de sangramento — Rosa diz coçando sua nuca nervosa, o que me deixou ainda mais preocupada.

— Por que não doutora?

— É complicado Marília, ela parecia tão feliz ao saber da gravidez, e saber que são trigêmeos, não entendo — Revirando meus olhos, suspirei frustrada.

— O que é complicado?

— Maraisa parece estar tomando remédio para aborto, pelo menos é isso que consta no exame de sangue dela, apesar de ser em baixa quantia que mostra em seu sangue, ela anda tomando.

Maraisa:

Eu sentia leves carinhos em minhas mãos, afagos no rosto de vez em quando. Mamãe estava ali, e não Marília, não sei por quanto tempo dormi, mais a dor já não mais existia.

— Olha só quem acordou, como está se sentindo? — Perguntou Mamãe acariciando meu rosto.

— Bem, apesar do cansaço — Digo tentando me senta na cama, a qual ela prontamente se levantar para me ajudar.

— Como estão os bebês? Eles estão bem? — Perguntei agora preocupada, já que o motivo pelo qual eu vim para cá foi por causa disso.

— Eles estão bem filha, mais vêm cá, deixa eu te fazer uma pergunta, se não queria filhos, por que resolveu seguir com isso em diante? — Estreitando meu olhar, mamãe suspirou parecendo irritada.

— Eu realmente não queria no começo, mais estou amando as sensações deliciosas que esses monstrinhos estão me proporcionando, mais por que a pergunta? — Perguntei para a mesma, a qual estava em pé andando um lado para o outro.

— Seus exames, deu que você está tomando remédio para aborto, por que Maraisa? Sabe como isso machucou a Marília?

— Espera, o que? Remédio para aborto? Não, não mesmo — Digo olhando para porta, da onde avistei Marília entrar com seu rosto inchado e com cara de choro.

— Então de quem são esses remédios Carla? — Vendo a mesma me mostrar um pacote de embalagem de remédio,  fiquei sem saber o que responder naquele momento.

— Isso não é meu, por que eu começaria tomar isso de uma para outra? — Perguntei olhando dentro de seus olhos.

— Não sei, me diga você, os remédios são seus, achei dentro de seu criado mudo.

— Impossível, isso não é meu — Digo e a mesma dá um breve riso, Mamãe apenas observava, parecendo não saber o que fazer.

— Me poupe Carla, não minta para mim, se não são seus, como foi parar lá? E por que em seus exames constar que anda tomando isso? — Sentindo minhas lágrimas descerem, senti uma leve dor abaixo do ventre.

— Parem vocês duas, você Marília, pra casa e você descansar, você só receberá alta amanhã e nada de ficarem brigando, isso não vai fazer bem para você e muito menos bem para os bebês.

— Como se ela estivesse fazendo algum bem para eles.

— Eu disse chega Marília, se não vai ficar aqui para cuidar dela, pode ir que eu fico e cuido eu mesma — Mamãe diz exaltada, vendo Marília jogar o remédio em cima da cama, ela saiu em seguida batendo a porta com força.

Sweet MoonOnde histórias criam vida. Descubra agora