Sweet Moon

18

Se eu amo ela? Se eu amo? Essas eram as únicas perguntas que perambulava minha mente conturbada, eu nunca parei para pensar nisso, o que eu sinto por Marília é complexo demais para ser descrito como amor.

Sim, eu sinto um carinho enorme por ela, sinto uma vontade imensurável de proteger ela, de guardar aquela monstrinha dentro de um potinho e não deixar que nenhum mal lhe aconteça.
E

stávamos no final do mês de maio, fazia três longos meses que viramos amigas. Sim, três longos meses, porque fevereiro inteiro só faltava a gente se matar.

Usando uma legging preta de cintura alta, uma camisa cropped branca regata com um logo da Walt Disney, em minha cintura uma blusa na cor rosa bebê com uma estampa do Jerry do Tom, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo antes de descer para quadra com Naiara e Bruno.

- Você está apaixonada por ela? Não é amiga? - Olhando para Naiara, a mesma tinha um sorriso nos lábios.

- Apaixonada por quem? - Perguntei me fingindo de besta, se ela falasse o nome da Marília, era só fingir a egípcia e falar que pensava que era da Carolina que ela estava falando.

- Não banque a egípcia para cima de mim, eu tenho conheço muito bem. Se eu falar Marília, você diz Carolina, se eu falar que é a Marília dirá que é besteira, que você ainda gosta de Carolina mesmo depois das coisas que ela te falou. - Revirando meus olhos, desci as escadas pulando alguns degraus, eu ainda não tinha visto Marília hoje, um aluno da outra turma que estava com ela, disse que ela pediu para ele chamar nossa turma para descer.

- Eu não estou apaixonada por Marília, sem contar que isso nem deve ser amor, eu saberia se fosse, fui apaixonada pela Carolina por longos míseros quatro anos.

- Não você não era apaixonada por ela, realmente não era mesmo, Carolina é perfeita, até eu abriria minhas pernas para aquela Deusa, claro se ela não fosse tão homofóbica.

- Eu tenho que concordar com a Naiara, se ela não fosse homofóbica, até eu abriria minhas pernas para ela. - Bruno diz e olhamos para ele que estava chupando um pirulito.

- Você ela iria de boas, ela gosta de rola mesmo. E desde quando você têm pirulito ai? - Perguntei investigando, o qual revirou os olhos e deu um para mim.

- Obrigado! - Beijando sua bochecha, pulei o último degrau e empurrei a porta que dá acesso a quadra.

Avistando Marília de longe, subi nas arquibancadas, e fui até a mesma, a qual estava concentrada em sua pasta. Parando atrás da mesma, envolvi meus braços em seu pescoço e beijei sua bochecha.

- Olá minha Shrek - Vendo a me fuzilar com aqueles belos olhos cor de mel que se encontravam vermelho-alaranjado pelo sol.

- Não sei como ainda te suporto - Deixando outro beijo em sua bochecha, me sentei ao lado de Naiara.

Marília:

O dia estava calmo, os alunos menos agitados. Maraisa não pegou tanto no meu pé, estava mais calma também. Estava sentada ao lado de Naiara com um pirulito em sua boca, e como sempre ficando vermelha por conta do sol.

- Maraisa poderia vir comigo? - Perguntei estendendo minha mão para a mesma, mesmo a contra gosto ela segurou e me acompanhou.

Dentro do vestiário, fui até meu armário, apesar do fator solar ser apenas dez, talvez sirva um pouco se eu passar bastante nela.
Enchendo minha mão com o produto, ela me olhou com aqueles belos olhos arregalados. Passando em seus ombros e braços, ela fez careta, o que me fez sorrir.

- Agora nesse lindo rostinho - Fazendo o mesmo processo, ela resmungou e me deu um tapa no braço.

- Que feio, quer apanhar também Carla? - Perguntei e a mesma sorriu.

- Pode bater o quanto quiser, principalmente se for na bunda. - Maraisa se virou de costas e tirou a blusa de sua cintura, olhando para sua enorme bunda, engoli a seco.

- Que foi? Eu disse que poderia me bater, perdeu a coragem? - Vendo-a sorrir, ela colocou sua blusa de volta na cintura e saiu do vestiário.

- Deus que menina é essa? - Saindo do vestiário após guardar o protetor solar, voltei para junto dos alunos.

De vez em nunca eu olhava para Maraisa, a qual estava rindo de algo que seus amigos falavam. Se o que ela fez no vestiário na bastasse, a forma como ela chupava aquele pirulito, que mesmo sem intenção alguma de maldade, eu pensava em outras coisas.
Eu não deveria pensar nisso, ela só têm 16 anos de idade, é minha aluna, minha amiga. É quase um bebê, Deus se você realmente existe tire de mim esses pensamentos impuros com essa garota. Mordendo meu lábio inferior, notei que Carla olhava para mim com um sorrisinho sapeca em seus lábios.

Me virando de costas, ignorei a mesma. Eu não deixaria ela fazer isso comigo, não mesmo, essa brincadeira é muito de mau gosto.

Gsuis 😳